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29 de jun. de 2010

CTB Minas está solidária aos trabalhadores da rede pública de educação

Foi votado nessa segunda-feira, em 2º turno, o Projeto de Lei (PL) 4.689/10, de iniciativa do governador Antonio Augusto Anastasia (PSDB). A nova lei modifica as carreiras e a remuneração dos servidores da rede estadual de educação. Houve veto às emendas articuladas pelos trabalhadores com integrantes da oposição. As exceções foram a inclusão de mecanismos de data-base e o adiantamento do novo sistema salarial para janeiro de 2011, conforme reivindicava o Sind-UTE, Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais.

Esse episódio deve ser avaliado acima de critérios maniqueístas. Os trabalhadores fizeram um bravo movimento, capaz de construir a unidade. Sua justa reivindicação pelo piso nacional dos professores desmascarou a propaganda na educação, há oito anos veiculada pelo governo Aécio Neves/Antonio Augusto Anastasia. A costumeira blindagem midiática não resistiu à greve de 48 dias. Nesse ponto, o movimento foi extremamente vitorioso. Pela primeira vez em oito anos, quebrou-se o silêncio quanto às críticas ao governo.

Ao fim de 48 dias, a greve foi suspensa, como parte de um acordo que previa a negociação. O PL deveria ser, portanto, fruto de um acordo, o que não ocorreu. Os servidores mais uma vez não fugiram à luta, e passaram ao movimento de resistência. Nem mesmo a estratégia de deixar as votações em plenário para as madrugadas os desmotivou.

O trâmite na Assembleia Legislativa deixou claro o golpe por parte do governo, o que incluiu o desrespeito de Anastasia à sua própria palavra. Os trabalhadores estão conscientes de que o arranjo do PL não atende às suas demandas. O episódio da votação mostra que Minas Gerais ainda precisa avançar muito. Precisamos eleger um governador que represente legitimamente a classe trabalhadora. Também é urgente mudar a correlação de forças na Assembleia Legislativa.

Solidariamente;

Diretoria da CTB Minas Gerais.





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