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3 de mar. de 2011

Professores da rede privada decidem fazer paralisação no dia 16 de março

Fonte: Sinpro Minas


Em assembleia, no Sinpro Minas, no dia 26 de fevereiro, os professores decidiram fazer uma paralisação das atividades no dia 16 de março, quarta-feira (nos três turnos), com a realização de nova assembleia para definir os rumos da campanha reivindicatória 2011, às 9 horas, no hotel Bristol Merit (Rua Tamois, 341 – Centro – BH). Caso as negociações não avancem até o dia 15, a paralisação poderá se estender por tempo indeterminado. A decisão foi tomada diante da intransigência do Sinep/MG, que não atende as reivindicações da categoria.

Os professores reafirmaram que não aceitam nenhum direito a menos e que o momento é de avançar na melhoria das condições de salário e trabalho. “No ano passado, fizemos uma grande mobilização, porém o patronal não entendeu o recado de que não abrimos mão dos avanços em 2011”, disse Newton de Souza, diretor do Sinpro Minas.


Não houve avanços nas negociações realizadas com o Sinep/MG, que sinalizou reajuste salarial pela inflação (INPC) e manutenção das atuais conquistas, mas não apresentou proposta concreta de aumento real, equiparação dos pisos da educação infantil, regulamentação da EaD, entre outras reivindicações dos professores. O patronal também continua na mesma lógica de só negociar avanços em troca da retirada de conquistas.

Além de fazer uma análise da conjuntura, lembrando as lutas que ocorrem no norte da África com a queda de ditadores, o presidente do Sinpro Minas, Gilson Reis, falou sobre a boa situação macroeconômica do Brasil e das escolas privadas, que permite avanços na remuneração dos professores. “97% das categorias obtiveram aumento real. Todos os fatores econômicos apontam para que as nossas reivindicações sejam atendidas”, disse.

Professores da rede privada vão repetir a força e a mobilização da categoria; na foto acima, no ano passado, assembleia com paralisação das atividades

Uma professora presente na assembleia rememorou os retrocessos que a categoria vem passando nos últimos anos com as transformações das condições de trabalho dentro das escolas. “Hoje há mais alunos em sala, assumimos funções de secretaria, e as instituições estão nos exigindo tanto que nem sei como os professores estão tendo tempo de estudar e manter o estímulo para trabalhar”, desabafou.

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