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2 de mai. de 2011

Centrais e Movimentos Sociais mineiros reafirmam compromisso com agenda unitária



As atividades pelo Dia Internacional do Trabalhador foram estendidas em Belo Horizonte até esta segunda-feira (02/05). Uma grande passeata, seguida de ato público, tomaram as ruas centrais da cidade. Os militantes partiram da Assembleia Legislativa, passando pela Praça da Liberdade, até a Praça Sete. A manifestação também encerrou a jornada de lutas e o 3º Encontro dos Movimentos Populares, Sindicais e Estudantis de Minas Gerais, que aconteceram ao longo dos últimos sete dias. A agenda foi de clara oposição ao modelo “choque de gestão”, liderado pelo governador Antonio Augusto Anastasia (PSDB).



A CTB Minas e sindicatos filiados participaram deste belo ato, que literalmente parou o centro da cidade. Estiveram presentes cerca de 2.500 pessoas, representando aproximadamente 90 organizações urbanas e rurais. “A lição fundamental é que os Movimentos Sociais e sindicais alcançam novo patamar de unidade”, avalia Gelson Alves, Secretário de comunicação da CTB Minas. Ele acredita que, ao ampliar representação unitária, as entidades fortalecem não apenas sua agenda, como também a potência política.


José Antônio de Lacerda, o Jota, vice-presidente da CTB Minas, destaca que esse novo estágio de unidade caracteriza-se pela soma de representações legítimas dos trabalhadores e de outros segmentos da sociedade. Esse seria um passo fundamental para a concretizar a Agenda da Classe Trabalhadora. “Só com unidade ampla poderemos pressionar o governo, negociar com o executivo e parlamento”, explica Jota.

Diretores Romney Mesquista, Gelson Alves, Celina Arêas e Marcelino da Rocha 

Unidade também contra o projeto do governo tucano

Nesta a segunda-feira, os trabalhadores conseguiram ser recebidos pelo governador mineiro. Sílvio Neto, da coordenação estadual do MST, avalia que a jornada já tem saldo positivo. Anastasia prometeu um canal direto para dialogar e negociar questões relativas à agenda social e popular. Um dos objetivos imediatos seria suspender pelo menos 13 processos de despejo de movimentos de luta pela terra e moradia urbana.  Mas a palavra do tucano não é satisfatória. O líder do MST informa que não haverá tréguas. “Compromissos no papel são insuficientes. Vamos nos manter mobilizados, até que os compromissos assumidos se concretizem nos assentamentos e acampamentos”, promete.


Durante o fim de semana, as organizações deliberaram quatro eixos de ação: “Mundo do Trabalho”, “Questão Agrária”, “Redução de Tarifas Públicas” e “Modelo de Mineração e Exploração dos Bens Naturais”. No que diz respeito à Agenda da Classe Trabalhadora, é consenso lutar pela redução constitucional da jornada de trabalho, fim do fator previdenciário e a instituição do salário mínimo estadual. A CTB Minas e sindicatos filiados defendem que essa articulação unitária aconteça por meio da Coordenação dos Movimentos Sociais (CMS).


Redação: Verônica Pimenta – Jornalista da CTB Minas

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