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30 de abr. de 2012

1º DE MAIO: "Dia de refletir e lutar por um País e um mundo melhor para todos os trabalhadores"


A CTB Minas promoverá nesta terça-feira, 1º de maio, Dia do Trabalhador, um grande ato público em Betim, cidade operária da Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH). A atividade, que será realizada em parceria com a Prefeitura de Betim, Sindicato dos Metalúrgicos de Betim e o Sindicato dos Professores de Minas Gerais (Sinpro Minas), abrirá a 24ª edição do Betim Rural, uma das festividades mais tradicionais da região.
Para mobilizar os trabalhadores para a festa, na tarde da sexta-feira, 27, dirigentes da CTB Minas e militantes do Movimento Sindical realizaram um ato na Praça Sete, palco das principais manifestações políticas, sociais e culturais da capital mineira.
Durante a mobilização, foi feita distribuição do mais recente número do jornal da CTB Minas, que nesta edição aborda, além do Dia do Trabalhador, temas como o “Grito de Alerta em defesa da produção e do emprego”; e a campanha em prol da unicidade sindical promovida pela CTB.
Presente no ato, o presidente da CTB Minas, Gilson Reis, lamentou o fato de nem sempre os trabalhadores darem a devida atenção ao 1º de Maio. Para ele, o Dia do Trabalhador deve servir para reflexão e compreensão. “Muitas vezes, damos mais valor a outras datas comemorativas, e nos esquecemos desse dia tão importante. O Dia do Trabalhador não é somente um dia de festa, mas também de luta dos trabalhadores de todos os povos”, disse.
Crise capitalista
Segundo Gilson Reis, mesmo vivendo uma boa fase desde o governo Lula e agora com a presidenta Dilma, os trabalhadores ainda têm muito a conquistar. “Se no Brasil a situação dos trabalhadores melhorou um pouco no último período, o mesmo não podemos dizer dos trabalhadores da Grécia, Itália, Espanha e Estados Unidos, que estão perdendo seus empregos e direitos, devido à crise do sistema capitalista, que tem desempregado milhões de trabalhadores em todo o mundo”, avaliou.
Mas é possível se avançar nas conquistas, acredita o presidente da CTB Minas. Para Gilson Reis, é preciso melhorar os salários pagos aos trabalhadores brasileiros, que ainda é muito baixo; melhorar as condições de trabalho; acabar com as demissões imotivadas e a informalidade no mercado de trabalho; regulamentar profissões que ainda aguardam por reconhecimento; e respeitar os aposentados, que durante anos a fio deram sua contribuição e não têm recebido o devido respeito.
“Com organização e empenho da classe trabalhadora e de suas entidades representativas, temos todas as condições de continuar avançando rumo a um País digno, solidário, desenvolvido e que distribua renda com os trabalhadores. Que este dia de luta sirva para os trabalhadores de todos os povos questionarem, pensarem e lutarem por um País e um mundo melhor”, disse Gilson Reis.
Massacre
Diretor de Política Educacional da CTB Minas, Rafael Calado acrescentou que os avanços obtidos pelo País nos últimos anos se devem aos esforços dos trabalhadores brasileiros. “Quem por direito movimenta a economia do País e todo o setor produtivo somos nós trabalhadores. Sem os trabalhadores, nada acontece, nada se cria, nada se produz, seja na cidade ou no campo. Portanto, devemos nos esforçar também para defender nossos direitos”, afirmou.
As más condições enfrentadas pelos jovens trabalhadores em particular foram atacadas pelo diretor Romney Mesquita, do Coletivo de Juventude da CTB Minas. Segundo ele, os trabalhadores jovens estão sendo massacrados pelo capitalismo. “Estamos perto de uma senzala dos tempos modernos, que são os call centers”, disse se referindo ao grupo de jovens operadores de telemarkenting que acompanhavam o ato na Praça Sete. “Hoje, temos muitos operadores de telemarketing usando remédios com tarja preta, porque trabalham sob pressão o tempo todo dentro dos call centers”, denunciou.
“Por isso, convoco a todos os trabalhadores, jovens, homens, mulheres, informais e aposentados para se juntarem à CTB. Vamos, juntos, fazermos a transformação do movimento de trabalhadores do Brasil porque quem mobiliza esse País e faz o Brasil crescer somos nós”, conclamou Romney mesquita.
Legado
O 1º de Maio é lembrado em todo mundo graças à luta dos trabalhadores que um dia lutaram contra o capital para reduzir a jornada abusiva de trabalho, que submetia, inclusive, crianças e jovens a 12, 15, 20 horas de trabalho ao dia. “Se hoje temos a jornada de 8 horas, foi por causa daqueles mártires de Chicago, que morreram para fazer com que a redução da jornada de trabalho fosse uma realidade para os trabalhadores”, lembrou o vice-presidente da CTB Minas, José Antônio de Lacerda, o Jota.
Além de lutar, juntamente com as centrais, pela criação de mais empregos; redução da jornada de trabalho de 44 horas para 40 horas semanais e melhoria das condições de trabalho; os trabalhadores devem colocar na ordem do dia a questão do Fator Previdenciário; e a aprovação da Convenção 158 da OIT, que proíbe a demissão imotivada, enumerou Jota.
“Também é preciso, de fato, lutarmos para que os trabalhadores tenham voz nesse País. Somente com uma sociedade socialista, onde os trabalhadores sejam os donos dos meios de produção, faremos fazer valer as leis e os nossos direitos”, finalizou.
A comemoração do Dia do Trabalhador em Betim terá entrada gratuita e programação direcionada para as famílias, com área de lazer, praça de alimentação, feira de artesanato e apresentações culturais. Os portões da Arena Betim, localizada na será na Avenida Edmeia Matos Lazarotti, 320, ao lado do Centro Administrativo da Prefeitura, serão abertos a partir das 16 horas.

27 de abr. de 2012

Sindicato dos Servidores Municipais de Governador Valadares prepara grande festa para o dia 1º de maio


O Sindicato dos Servidores Municipais de Governador Valadares (Sinsem-GV), no Vale do Rio Doce, promete realizar uma grande festa em homenagem aos trabalhadores e trabalhadoras no dia 1º de maio.
Segundo a direção do Sinsem-GV, a festa, que contará com a participação de outras entidades do Movimento Sindical local, terá show musical, apresentação da Banda dos Servidores, premiação do Torneio de Futsal organizado pela entidade, atividades de lazer para as crianças e sorteio de brindes.
Os servidores associados ao Sinsem-GV poderão apanhar o cupom para os sorteios na sede da entidade. Os demais trabalhadores devem procurar o seu sindicato.
A festa, que terá início às 8h, será na Praça dos Pioneiros, em Governador Valadares.

25 de abr. de 2012

Betim Rural terá festa em homenagem ao trabalhador no dia 1º de maio


Uma parceria entre a Prefeitura de Betim, a CTB Minas, o Sindicato dos Metalúrgicos de Betim e o Sindicato dos Professores de Minas Gerais (Sinpro Minas) está incorporando as comemorações do Dia do Trabalhador, 1º de maio, na programação da 24ª edição do Betim Rural, uma das festas mais tradicionais e populares da cidade.
Outra grande novidade desta edição do Betim Rural é que os shows dos grandes nomes da música sertaneja e o rodeio irão acontecer em um novo espaço, a Arena Betim.
A área, de 30 mil metros quadrados, vai abrigar palcos, camarotes, arena de rodeio e praça de alimentação. O estilo sertanejo universitário vai marcar presença nos grandes shows e a expectativa é de que mais de 35 mil pessoas passem pela Arena Betim durante os seis dias do evento. 
Em comemoração ao Dia do Trabalhador, o primeiro dia de festa terá entrada gratuita, com uma programação direcionada para as famílias, com área de lazer, praça de alimentação, feira de artesanato e apresentações culturais. Os portões serão abertos às 16h.
No Palco Betim, os shows locais vão começar às 18h, com Dinart e a dupla Vinícius e Henrique. Já no Palco Betim Arena Show, a dupla Alex e Alex dará seguimento à festa. 
Rodeio
A abertura do rodeio vai acontecer no dia 3 de maio, a partir das 20h. Neste ano, o rodeio traz uma nova estrutura, que será montada na Arena Betim, localizada na Avenida Edmeia Matos Lazarotti, 320, ao lado do Centro Administrativo da Prefeitura, na área central da cidade. 
Exposição
A exposição agropecuária e as competições serão realizadas todos os dias, a partir de 10h, no Parque de Exposições David Gonçalves Lara (Rua do Rosário, 1840, bairro Angola).
Haverá torneio leiteiro, provas funcionais, exposição do cavalo Mangalarga Marchador e prova de marcha para Mangalarga e Muares.
Programação
- 01/05 – terça: Festa do Trabalhador, a partir das 16h, com entrada gratuita.
- 02/05 – quarta: Missa, a partir das 19h, na Arena Betim, presidida pelo bispo auxiliar da Arquidiocese de BH, Dom Luiz Gonzaga, com entrada gratuita. 
- 03/05 – quinta: final do concurso Garoto e Garota Betim Rural e show de Eduardo Costa na Arena Betim. 
- 04/05 – sexta: show da dupla Fernando e Sorocaba na Arena Betim. 
- 05/05 – sábado: show da dupla Victor e Leo na Arena Betim. 
- 06/05 – domingo: programação durante todo o dia no Parque de Exposições, com rua de lazer, atividades para as crianças e final das competições agropecuárias. Na Arena Betim, show de Michel Telo, às 22h.

24 de abr. de 2012

1º DE MAIO: CTB Minas convoca sindicatos, trabalhadores e trabalhadoras para ato em Betim


A CTB Minas convoca a todos os sindicais filiados, trabalhadores e trabalhadoras para o ato público em homenagem ao Dia do Trabalhador, 1º de maio, em Betim. O ato, seguido de show da dupla Alan e Alex, fará parte do 24º Betim Rural, que será realizado na Arena Betim (Avenida Edmeia Matos Lazarotti, 320, próximo ao Centro Administrativo da Prefeitura).
No dia 1º, a entrada é gratuita e os portões serão abertos às 16h, com programação especial para os trabalhadores e familiares, apresentações culturais, área de lazer, praça de alimentação e feira de artesanato.
Historicamente, o 1º de maio, é um dia que lembra a luta pela melhoria das condições de trabalho, salário e de vida dos trabalhadores. É uma data importante para a classe trabalhadora que, mais do que nunca, deve ser evidenciada.
Num mundo em crise, onde o ajuste do capitalismo tem sido feito às custas dos trabalhadores, com regressão das condições de trabalho conquistadas ao longo do século 20, o Dia do Trabalhador deve servir para reflexão sobre a necessidade de uma luta mais coesa e unitária do movimento sindical para enfrentar o sistema capitalista, que hoje não consegue mais dar aos trabalhadores e à humanidade nenhum avanço possível. 
Para a CTB Minas, o dia 1º de Maio ter que ser com espírito de luta, unicidade, construção de perspectivas para a classe trabalhadora do Brasil e do mundo e por uma nova ordem econômica, social e política. Nesta data, a CTB reafirma seu compromisso e luta intransigente em defesa do emprego, salário e pela valorização do trabalho.

19 de abr. de 2012

Mais 96 servidores públicos municipais de Governador Valadares são selecionados para serem contemplados com a casa própria


O Sindicato dos Servidores Municipais de Governador Valadares (Sinsem/GV)  selecionou mais 96 trabalhadores de baixa renda para serem contemplados com a casa própria. A seleção foi realizada no último dia 16, em reunião ordinária na sede da entidade.
Os servidores selecionados farão jus a um apartamento no Residencial Vila do Sol I, seguindo as normas do programa habitacional “Minha casa, minha vida”, do governo Federal, em parceria com a Prefeitura de Valadares, Caixa Econômica Federa, Associação Nova Terra e o sindicato.
Segundo o Sinsem/GV, com a retomada do programa habitacional no município, em 2009, o sindicato conquistou 128 apartamentos no Condomínio Atalaia, cinco casas no Residencial Figueira e 14 apartamentos no Residencial Valadares, tornando realidade o sonho da casa própria para servidores de baixa renda, fato inédito no Brasil.
Mas a luta para realizar o sonho da casa própria ao maior número de servidores possível não para por aí. A direção do sindicato informa que está buscando mais moradias para os funcionários municipais de todas as faixas salariais que ainda não têm casa própria.
“Este é apenas o início de um projeto vitorioso e sem precedentes no funcionalismo municipal valadarense. Certamente, esta conquista ficará para sempre nos corações de cada servidor que conquistou sua casa e na belíssima história do Sinsem/GV”, disse o presidente do sindicato e coordenador do Núcleo dos Servidores Sem Casa, José Carlos Maia.
Para conquistar a casa própria, o servidor tem de se cadastrar junto ao núcleo e participar das reuniões mensais, que são realizadas sempre na terceira segunda-feira de cada mês.

18 de abr. de 2012

Seminário em Betim debaterá efeitos da desindustrialização


O processo de desindustrialização em curso no País tem atingido em cheio a produção nacional, reduzindo os investimentos no setor industrial e colocando em risco os empregos.
Para debater os efeitos negativos da desindustrialização na economia de Betim e nacional, a Federação Interestadual dos Metalúrgicos e Metalúrgicas do Brasil (FIT Metal) realizará o seminário “A valorização do trabalho na nova política industrial brasileira”.
O debate, que conta com apoio da CTB Minas e do Sindicato dos Metalúrgicos de Betim, será na próxima sexta-feira, 20, às 9h, no auditório da Prefeitura de Betim (Rua Pará de Minas, 640, bairro Brasileia).
Aberto ao público, que deverá fazer credenciamento a partir das 8 horas, o seminário colocará em debate temas como a conjuntura nacional, perspectivas do setor automotivo, preocupações e anseios dos trabalhadores, história e importância da indústria no País, impactos da desindustrialização em Betim, além das iniciativas do setor empresarial mineiro para enfrentar o processo de desindustrialização.
O debate contará com participação de representantes da FIT Metal, CTB Minas, Sindicato dos Metalúrgicos de Betim, Fiat Automóveis, Secretaria de Desenvolvimento Econômico de Betim e Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg), além de outras entidades do movimento social organizado. Mais informações podem ser obtidas por meio do telefone (31) 3539-6502. 

PROGRAMAÇÃO
Manhã
- 8h às 9h: Credenciamento.
- 9h: Abertura.
Palestras
- Tema: Conjuntura.
Palestrante: Nivaldo Santana, vice-presidente da CTB.
- Tema: O setor automotivo.
Palestrante: Adauto Duarte, diretor de Relações Industriais da Fiat Automóveis.
- Tema: As perspectivas e preocupações dos trabalhadores.
Palestrante: Marcelino da Rocha, presidente da FIT Metal.
Debate
- 12h30: Almoço.
Tarde
- 14h30: Abertura.
Palestras
- Tema: A história e a importância da indústria no Brasil.
Palestrante: Gilson Reis, presidente da CTB Minas.
- Tema: Os impactos da desindustrialização em Betim.
Palestrante: Cleanto Pedrosa, secretário de Desenvolvimento Econômico de Betim.
- Tema: As iniciativas da Fiemg frente ao processo de desindustrialização.
 Palestrante: Osmani de Abreu, presidente do Conselho de Relações do Trabalho da Fiemg.
- 17h30: Encerramento. 

17 de abr. de 2012

CTB Minas atenderá em sua nova sede a partir de 20/4


A CTB Minas comunica que, a partir da próxima sexta-feira, 20, passará a funcionar em sua nova sede, na Rua Pouso Alegre, 920, no bairro Floresta, em Belo Horizonte. O novo CEP é 31015-184. Os telefones continuam os mesmos: (31) 3271-6673 e 3272-588.
CTB – Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil 

13 de abr. de 2012

Grito de alerta em defesa da produção e do emprego: Minas cobra valorização do trabalho e medidas econômicas para o desenvolvimento do País

                                Manifestação em frente ao Banco Central, em Belo Horizonte
Cerca de 2 mil pessoas participaram do Grito de Alerta em Defesa da Produção e do Emprego em Belo Horizonte, na tarde da quinta-feira, 12. A manifestação, realizada em frente à sede do Banco Central, reuniu sindicalistas, trabalhadores, estudantes e empresários.
Estiveram presentes dirigentes da CTB Minas, Força Sindical, NCST, Federação Interestadual dos Metalúrgicos e Metalúrgicas do Brasil (Fitmetal), Sindicato dos Metalúrgicos de Betim, União da Juventude Socialista (UJS), União Nacional dos Estudantes (UNE), Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), Federação das Indústrias de Minas Gerais (Fiemg), Associação Mineira dos Municípios (AMM), entre outras.
Presente no ato, o presidente da CTB Minas, Gilson Reis, cobrou a redução drástica dos juros e um novo projeto de desenvolvimento para o País, com valorização do trabalho e distribuição de renda. “Não é mais possível que o Brasil continue sendo campeão mundial em juros, pois isso não alimenta a produção, o emprego e a renda, mas tão somente o capital financeiro”, criticou. Segundo ele, é preciso somar forças para impedir que o País seja destruído pelo grande capital financeiro internacional.
Para o presidente da Abimaq, Luiz Aubert Neto, o Brasil está vivendo um momento histórico. “Pela primeira vez, trabalhadores, estudantes e empresários estão juntos. O que está em jogo neste momento é a definição do país queremos, se um Brasil potência ou colônia. Na sua opinião, a taxa de juros brasileira é um “câncer” que precisa ser extirpado da economia de forma que a indústria brasileira possa se tornar competitiva.
Já o presidente da Fitmetal, Marcelino da Rocha, disse que o Brasil precisa caminhar no sentido do desenvolvimento, e não viver de medidas paliativas que não solucionam os problemas enfrentados pelos trabalhadores e empresários. “Precisamos lutar conjuntamente com todas as forças para combatermos as altas taxas de juros e garantirmos mais produção e melhores salários para os trabalhadores”.
A defesa da produção e do emprego é uma luta pelo futuro da Nação, considerou o presidente João Alves, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Betim, a maior entidade representativa da categoria em Minas. “A nossa economia ainda tem um viés neoliberal. Por isso, é preciso conscientizar a população que esta luta é de todos. Somente seremos um País desenvolvido a partir do momento em que tivermos uma indústria forte e competitiva, com trabalho para todos e salários dignos”, afirmou.
Debate
Após o ato público, os manifestantes seguiram em passeata até a Assembleia Legislativa de Minas Gerais, localizada próximo ao Banco Central, onde participaram de um debate sobre a desindustrialização promovido pelo Legislativo mineiro a pedido do deputado estadual Celinho do Sinttrocel (PCdoB), parlamentar oriundo do movimento sindical.
Segundo o deputado, o objetivo do encontro foi debater com firmeza a questão da desindustrialização e levantar sugestões e propostas para se enfrentar o capital estrangeiro, “que tem prejudicando consideravelmente as empresas e os trabalhadores de Minas e do Brasil”.
“Este é um problema nacional. Não podemos mais conviver com uma situação como esta. Nas empresas de Minas e do País, estamos tendo um grande número de demissões. Além disso, o PIB mineiro e nacional reduziu significativamente, em função do desaquecimento da economia decorrente do processo de desindustrialização. Portanto, precisamos construir propostas urgentes para mudar este quadro em favor dos trabalhadores e das indústrias”, enfatizou.
                                Gilson Reis no debate sobre a desindustrialização 

Confira a cobertura fotográfica da passeata e do debate no Facebook e no Orkut da CTB Minas.

Texto e fotos: Eliezer Dias – CTB Minas

11 de abr. de 2012

Assembleia Legislativa de Minas Gerais promove debate sobre o processo de desindustrialização


A geração de riquezas e a criação de empregos no Brasil serão discutidas nesta quinta-feira, 12, na Assembleia Legislativa de Minas Gerais, durante o Ciclo de Debates “Em defesa da produção e do Emprego – Contra a Desindustrialização”.
O encontro acontece a partir das 14h30, no Plenário da ALMG, e vai contar com a participação de empresários do setor industrial e trabalhadores das centrais sindicais. O requerimento para o debate é do deputado Celinho do Sinttrocel (PCdoB).
O ciclo de debates é parte das ações do movimento nacional “Grito de Alerta”, que discute o processo de desindustrialização nacional e pede providências para garantir a competitividade da indústria e, consequentemente, do emprego e da produção nacionais.
O movimento mobiliza empresários e sindicalistas em defesa da indústria. Às 13 horas, haverá uma passeata simbólica do prédio do Banco Central, em Belo Horizonte, até a Assembleia Legislativa.
A desindustrialização é um fenômeno caracterizado por um longo período de queda da participação da indústria na formação do Produto Interno Bruto (PIB) e no índice geral de empregos.
O dado mais emblemático desse processo no Brasil é que, em 2011, a participação da indústria no PIB foi de apenas 14,6%, segundo o IBGE. O patamar é o mais baixo desde 1956, quando esse segmento, que transforma matéria prima em bens de consumo ou itens usados por outras indústrias, respondeu por 13,8% das riquezas produzidas no País.
Alguns setores específicos têm sido mais impactados pela desindustrialização. É o caso da indústria têxtil, importante para a economia mineira. O setor teve retração de 9,2% em 2011 em função da entrada cada vez maior de tecidos chineses no País.
Para o deputado Celinho do Sinttrocel, é preocupante observar que a produção de um país como o Brasil passa por um período de desaceleração industrial. “O reflexo dessa desaceleração pode ser visto no chamado processo de desindustrialização que atinge a economia nacional, que apresentou uma queda de 15% na indústria nos últimos 30 anos”, ponderou o parlamentar.
Na opinião dele, para que ocorra uma reversão deste quadro é necessário aplicar algumas medidas emergenciais como o controle de remessas de lucro, a quarentena para o capital especulativo, o controle de importações e uma política industrial de substituições de importações.
O evento tem o apoio da Fiemg, das Centrais e Entidades Sindicais e do Grito de Alerta em Defesa da Produção e do Emprego e conta com a parceria de diversas entidades.
Desindustrialização no Brasil começou na década de 80
Segundo estudo realizado pela consultoria da ALMG, a economia brasileira teria se caracterizado por quadro de desindustrialização já nas décadas de 1980 e 1990, marcado tanto pela redução da participação relativa do emprego industrial no emprego total quanto pela queda da participação da indústria no valor adicionado total da economia. Uma das causas apontadas para esse cenário teria sido o baixo investimento realizado na economia brasileira.
Ainda de acordo com o estudo, outro argumento que tende a reforçar a tese do processo de desindustrialização em curso no País diz respeito à observação dos saldos da balança comercial brasileira para as décadas de 1990 e 2000. Se por um lado a balança comercial de “commodities”  apresentou superávit crescente nestas décadas, o saldo da balança de manufaturados retrocedeu para um déficit de 10 bilhões de dólares.
Em última instância, o conjunto desses fatores aponta que o processo de desindustrialização que parece estar em curso no País encontra suas causas na apreciação da taxa real de câmbio resultante da valorização dos preços das “commodities” e dos recursos naturais no mercado internacional.
A questão cambial, com a valorização do Real, é reconhecida por especialistas como uma das causas da desindustrialização. Outros fatores apontados são a alta carga tributária, que torna os produtos brasileiros pouco competitivos; as taxas elevadas de juros e os gargalos de infraestrutura (estradas e portos ruins e poucas ferrovidas), além do alto custo da energia elétrica.

Programação do Ciclo de Debates
12 abril de 2012
14h30 – Abertura
- Dinis Pinheiro, presidente da Assembleia Legislativa de Minas Gerais.
- Antonio Anastásia, governador do Estado de Minas Gerais. 
- Cláudio Costa, presidente do Tribunal de Justiça de Minas Gerais.
- Antônio Carlos Andrada, presidente do Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais.
- Alceu José Torres Marques, procurador-geral de Justiça do Estado de Minas Gerais.
- Andréa Abritta Garzon Tonet, defensora pública-geral do Estado de Minas Gerais.
- Olavo Machado Junior, presidente Federação das Industrias de Minas Gerais (Fiemg).
- Ângelo José Roncalli de Freitas, presidente da Associação Mineira de Municípios (AMM).
- José Calixto Ramos, presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Indústria (CNTI).

15h – Palestras
- Deputado Celinho do Sinttrocel, vice-presidente da Comissão de Transporte, Comunicação e Obras Públicas e autor do requerimento para o Ciclo de Debates.
- Gilson Reis, presidente do Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) Minas.
- Dorothea Werneck, secretária de Estado de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais (a confirmar).
- Clélio Campolina Diniz, reitor da Universidade Federal de Minas Gerais (a confirmar).
- Luiz Aubert Neto, presidente da Associação Brasileira de Máquinas e Equipamentos (Abimaq).

9 de abr. de 2012

Minas Gerais será o próximo Estado a receber o "Grito de Alerta" em defesa da produção e do emprego


A Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) convoca seus dirigentes e militantes em Minas Gerais para o “Grito de Alerta” em favor da produção e do emprego.
A manifestação, organizada pelas centrais sindicais e por diversas entidades empresariais, para protestar contra a desindustrialização que está afetando o Brasil, será nesta quinta-feira, 12.

Programação
- 13h: Concentração em frente ao Banco Central e ato contra os juros.
- 13h30: Caminhada do Banco Central até a Praça da Assembleia (Praça Carlos Chagas).
- 14h30 - Ciclo de Debates e Palestras: “Em favor da produção e do emprego e contra a desindustrialização”, no Plenário Juscelino Kubistchek da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (Rua Rodrigues Caldas, 30, bairro Lourdes).

Centrais e empresários mobilizam 90 mil em SP contra a desindustrialização

A cidade de São Paulo assistiu no dia 4 a uma manifestação histórica. Mais de 90 mil trabalhadores acompanharam o chamado Grito de Alerta, ato convocado pelas centrais sindicais e por parte do empresariado nacional, realizado em frente à Assembleia Legislativa, contra o processo de desindustrialização vivido no País.
Ao longo de três horas, representantes de dezenas de entidades deram um recado claro à sociedade: a crise que assola a indústria nacional é grave e o governo não tem agido com a firmeza necessária para enfrentar essa questão.
Para o presidente da CTB, Wagner Gomes, o ato coroou o pacto celebrado entre as centrais sindicais e o setor produtivo do País, enviando um recado claro para a presidenta Dilma Rousseff: “Um país sem indústria forte está condenado a ser um país pequeno”, disse.
O dirigente da CTB também reafirmou que as medidas anunciadas pelo governo federal um dia antes, em Brasília, são insuficientes para enfrentar o atual cenário. Para ele, a indústria nacional só conseguirá retomar a força de décadas passadas quando o País alterar sua política macroeconômica.
“Presidenta Dilma, é preciso baixar os juros e mexer no câmbio, sob o risco de nos tornarmos uma nação que vive apenas de exportação de soja e café”, cobrou. “Uma indústria forte é fundamental para o emprego e a valorização do trabalho. Mas esta batalha não termina hoje. Ela só acabará quando o governo tiver coragem de dizer aos bancos: ‘vocês já ganharam muito e agora precisam produzir para ajudar o Brasil’”, afirmou.
As medidas anunciadas no dia 3 pelo governo federal, no sentido de tentar frear a desindustrialização, foram tema recorrente ao longo do ato. “Vamos continuar cobrando mudanças”, disse Arthur Henrique, presidente da CUT. “Queremos participar da construção do nosso país”, destacou Ricardo Patah, presidente da UGT, adiantando que certamente o Grito de Alerta terá desdobramento. “A proposta do governo é muito pequena. Temos que continuar na luta”, sustentou Ubiraci Dantas, presidente da CGTB.
A união com o empresariado também foi um tema recorrente nas falas dos sindicalistas. “Estamos todos no mesmo barco, em defesa da economia do nosso país”, afirmou José Calixto, presidente da NCST. “Esta unidade não nos envergonha, pois estamos ao lado dos empresários que defendem o Brasil”, destacou Paulo Pereira da Silva, presidente da FS.
O presidente da União Nacional dos Estudantes, Daniel Iliescu, trouxe o ponto de vista dos estudantes para o ato. “Estamos aqui para defender e ressaltar a importância de um projeto nacional de desenvolvimento para o país, para que sua juventude e toda sua população tenham melhores condições de vida. O Brasil não pode se tornar a sexta economia mundial com apenas 15% de seu PIB ligado à indústria”, protestou.
Os empresários, por sua vez, fizeram questão de ressaltar a mobilização dos trabalhadores presentes ao ato, destacando a necessidade de unir os dois setores neste momento de crise da indústria. “Este é um dia histórico. Não tem sentido o Brasil exportar metade de seu algodão, justamente no ano de sua maior colheita, para depois importar 50% de seus produtos têxteis”, pontuou Alfredo Bonduki, presidente do Sindtêxtil de São Paulo.
“Essa situação é inadmissível. Precisamos de condições mais justas para concorrer com os produtos de outros países”, destacou Aguinaldo Diniz, presidente da Abit, lembrando que a indústria têxtil é a segunda maior geradora de empregos do país.
Paulo Skaf, presidente da Fiesp, destacou que o ato é um movimento da sociedade do século 21, organizado e com a participação de cidadãos que buscam soluções para um problema concreto do país. “As medidas anunciadas pelo governo foram boas, mas ela está combatendo os efeitos da desindustrialização, não sua causa. E a principal causa é a falta de competitividade do Brasil. Temos que combater essa causa”, afirmou. 

Próximos atos

Após os atos realizados em Porto Alegre e São Paulo, agora o Grito de Alerta percorrerá outras cidades brasileiras. Nesta semana, será a vez de Belo Horizonte, no dia 12, e Manaus, 13. Também estão previstos atos em Salvador (a definir), Recife (a definir) e Brasília (10 de maio). Além disso, as comemorações do 1º de Maio Unificado deste ano terão como mote principal a questão da desindustrialização.

Fernando Damasceno – Portal CTB
Fotos: CTB e Joca Duarte

Pacote do governo não resolve o drama da desindustrialização, avalia Wagner Gomes


O movimento sindical brasileiro acolheu com espírito crítico o pacote econômico contra a desindustrialização anunciado nesta terça-feira, 3, pelo governo Dilma. Ele contém uma ou outra medida positiva, mas peca pela timidez ao manter a política macroeconômica (juros altos, câmbio flutuante e superávit primário), coloca em risco o financiamento da Previdência e não contempla as contrapartidas sociais reclamadas pelas centrais aos benefícios concedidos ao empresariado.
O pacote prevê a desoneração da folha de pagamento para 15 ramos de atividade, com a extinção da contribuição previdenciária patronal (20% dos salários) e sua substituição por um imposto sobre o faturamento, com alíquota entre 1 e 2%. Estabelece, ainda, entre outras coisas, a redução dos juros cobrados pelo BNDES no Programa de Sustentação dos Investimentos (PSI), cotas de importações para o setor automotivo e prioridade para a indústria nacional nas compras governamentais.
De acordo com estimativas da equipe econômica, a desoneração da folha resultará numa renúncia fiscal de R$ 7,5 bilhões e o conjunto de medidas de estímulos à indústria deve somar R$ 60,4 bilhões. Os representantes dos trabalhadores, que não foram consultados previamente sobre o conteúdo das medidas, alimentaram em vão a expectativa do anúncio de contrapartidas sociais como a garantia do emprego nos ramos beneficiados.
A iniciativa, embutida no plano “Brasil Maior”, reflete a preocupação do governo com o processo de desindustrialização em curso no país, o que não deixa de ser positivo. Porém, é amplamente dominante a sensação de que o pacote tem caráter paliativo e está longe de significar uma solução efetiva e duradoura para o problema.
Já não é segredo para ninguém que a lenta agonia da nossa indústria decorre principalmente da orientação macroeconômica de viés neoliberal, uma herança maldita do tucano FHC. O câmbio flutuante e os juros altos se aliam ao tsunami monetário provocado pelas políticas econômicas dos EUA e UE para manter o real sobrevalorizado, encarecendo as exportações, barateando importações e reduzindo a competitividade das empresas brasileiras.
Mais uma vez, ficou claro que o governo não pretende promover mudanças neste terreno. O Brasil também carece de uma política industrial consistente, reforma tributária (para desonerar o trabalho e a produção) e maiores investimentos em infraestrutura, o que pode ser viabilizado com a redução do superávit primário e a destinação da poupança hoje canalizada para o pagamento de juros a esta outra finalidade.
A desoneração da folha coloca em risco o financiamento da Previdência e pode abrir caminho a uma maior privatização do setor. O governo garante que o Tesouro vai reservar os recursos provenientes do novo imposto sobre faturamento para o INSS e cobrir a renúncia fiscal de R$ 7,5 bilhões, mas não está muito claro se isto será mesmo feito e como. É também inaceitável que os estímulos bancados pelo erário não sejam condicionados à contrapartida do emprego, o que serviria para reduzir a alta e escandalosa rotatividade da mão de obra no país.
A CTB conclama os trabalhadores e trabalhadoras a intensificar a mobilização em torno do “Grito de Alerta” por mudanças imediatas na política econômica e participar em massa do 1º de Maio unificado, em defesa de suas bandeiras históricas, como a redução da jornada de trabalho e a reforma agrária, e da agenda da 2ª Conclat por um Novo Projeto Nacional de Desenvolvimento com Valorização do Trabalho e Soberania. Sem luta não haverá mudanças.

* Wagner Gomes é presidente nacional da CTB

2 de abr. de 2012

CTB Minas convoca para o “ato contra a desindustrialização e pela geração de emprego e renda” dia 12/4 em BH


A CTB Minas, em parceria com as  centrais sindicais, movimento sindical, movimentos sociais e federações, convoca toda a classe trabalhadora, sindicatos, associações e federações para o grande ato contra a desindustrialização e pela geração de emprego e renda, no dia 12 de abril, às 14h, na Assembleia Legislativa de Minas Gerais, em Belo Horizonte.
O ato contra a desindustrialização e pela geração de emprego e renda faz parte do calendário de atividades do movimento “Grito de Alerta em Defesa da Produção e do Emprego”, construído pelo Fórum das Centrais Sindicais com o apoio do setor industrial.
Também compõem o movimento estudantes, entidades, sindicatos e federações, como Federação Interestadual dos Metalúrgicos e Metalúrgicas do Brasil (Fitmetal), Sicetel, Sinafer, Simefre, Sinditextil, Abine, Abimaq, Abiquim, Abipeças, Sicetel, LABR, Fiemg, Abifa, Abiplast.
O movimento Grito de Alerta nasceu do Pacto pelo Desenvolvimento com Geração de Emprego e Renda, construído unitariamente pelas centrais sindicais, preocupadas com a eliminação dos postos de trabalho na indústria nacional, a perda de participação da indústria no PIB brasileiro no ano passado e o crescimento das importações de produtos acabados ao passo que as commodities ganham peso na balança comercial.
Dados do IBGE revelam que o Brasil fechou 2011 com um saldo bem abaixo das primeiras projeções do governo, que era de 3 milhões de novos postos de trabalho na indústria. Só em novembro, o IBGE registrou queda de 0,1% se comparado com o mês anterior.
Para a CTB, é imperativo que o setor produtivo brasileiro deixe de ser penalizado pela alta taxa de juros, pela sobrevalorização cambial e pela entrada de mercadorias livres de taxas em nossos portos.
Daí a importância da união de todos os setores da sociedade nesta luta contra a desindustrialização, que precisa de uma solução emergencial. Pois, da forma como está, não há a menor condição de a indústria brasileira competir com os produtos estrangeiros.
Além de Belo Horizonte, estão sendo realizados atos nas principais capitais do País. Na capital paulista, o ato será na próxima quarta-feira, 4, a partir das 10h, na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp), onde são esperados mais de 100 mil trabalhadores.
No último dia 26 de março, foi a vez de Porto Alegre receber o ato, que contou com a participação de cerca de 10 mil trabalhadores, empresários e estudantes, que iniciaram uma caminhada até o Palácio Piratini, onde os sindicalistas entregaram ao governador do estado, Tarso Genro, o documento chamado “Medidas emergenciais para retomada da indústria nacional”, com as propostas para estancar a desindustrialização do país. Já em Santa Catarina, o ato foi realizado no dia 28 de março.
O calendário de atividades também prevê manifestações em Curitiba (3 de abril),  Manaus (13 de abril), Fortaleza, Salvador, Brasília (10 de maio), entre outras.
Assim sendo, a CTB Minas reforça a importância da participação de todas as entidades e seus filiados, em grande número, para o sucesso do ato em Belo Horizonte.

1 de abr. de 2012

Trabalhador que não contribuiu também poderá se aposentar, diz Previdência Social


O trabalhador que teve vínculo empregatício, mas não recolheu as contribuições mensais à Previdência Social, deve ter o seu tempo de serviço reconhecido normalmente, para efeito de aposentadoria, segundo entendimento do presidente do Conselho de Recursos da Previdência Social (CRPS), Manuel Rodrigues.
O presidente disse que para o reconhecimento do direito basta que o empregado apresente, quando for se aposentar, a Carteira Profissional, com a anotação do contrato de trabalho, com a data de entrada e de saída do emprego.
Outra prova importante que justifica o tempo de serviço do trabalhador para ser beneficiário da Previdência Social é a apresentação da Relação Anual de Informações Sociais (Rais) que todo ano os empregadores têm que encaminhar ao Ministério do Trabalho e Emprego.
Como a Rais só passou a existir a partir de 1976 e os dados são informados pelas Delegacias Regionais do Trabalho e inseridos no Cadastro Nacional de Informações Sociais, quem trabalhou antes disso só terá como prova a Carteira Profissional.
Em reunião na semana passada no CNPS, Manuel Dantas destacou que “há uma cultura do trabalhador brasileiro de recorrer à Justiça quando tem qualquer problema com o Instituto Nacional do Seguro Social”.
Ele disse que a Previdência Social é o foro apropriado para resolver as questões com o INSS. Segundo ele, recorrer ao Judiciário envolve demora nas soluções e alto custo para a União. De todos os precatórios pagos anualmente pelo governo, 85% envolvem ganhos de causa dos trabalhadores contra a Previdência Social.
O presidente do CNPS disse que vai lutar para melhorar a estrutura da área de recursos da Previdência, para agilizar a solução para o estoque de recursos que estão em tramitação. “Os trabalhadores pensam logo de saída em ir para a Justiça, porque não estão bem informados sobre as possibilidades de solução, no âmbito administrativo da Previdência Social”.
Dantas disse que conta com o apoio do ministro Garibaldi Alves Filho para ampliar a estrutura do conselho de recursos. Ele lembrou que existem no país mais de 6 milhões de empregados domésticas que não têm carteira assinada.
“Quando chegar a idade de aposentadoria, não terão como provar que trabalharam”. Por isso chama a atenção para a importância de as donas de casa assinarem as carteiras de seus empregados domésticas, para que no futuro tenham proteção previdenciária.
Fonte: Agência Brasil.