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8 de mar. de 2013

Marcha reúne mais de 50 mil em Brasília: centrais levam reivindicações dos trabalhadores aos Três Poderes


Cerca de 50 mil trabalhadores participaram da 7ª Marcha das Centrais Sindicais e dos Movimentos Sociais na última quarta-feira (6), em Brasília. Organizada pela CTB, UGT, CUT, CGTB, FS e NCST, a Marcha teve o propósito de pressionar o governo federal a atender uma pauta de reivindicações da classe trabalhadora.
“A pauta da classe trabalhadora continua parada no Congresso. Esta Marcha mostra que os trabalhadores do Brasil querem discutir e têm proposta para o desenvolvimento do país. Mais de 50 mil pessoas estão mostrando para o governo federal qual o rumo que a classe trabalhadora quer”, afirmou o presidente da CTB, Wagner Gomes.
Ao longo da Marcha, que percorreu pouco mais de sete quilômetros das ruas de Brasília, o tom dos discursos dos dirigentes sindicais indicava que todos estavam ali para tratar de questões amplas para o Brasil, com alcance para a classe trabalhadora e todo o conjunto da sociedade.
Para Vicente Selistre, vice-presidente da CTB, “a unidade demonstrada na Marcha é o elemento necessário para a transformar a realidade da classe trabalhadora”. Adílson Araújo, presidente da CTB-BA, destacou que a manifestação popular marcava um dia “que aumentará nossa autoestima e que será fundamental para destravar a pauta dos trabalhadores e trabalhadoras”.
Pauta
Desde junho de 2010, quando foi realizada a segunda Conferência Nacional da Classe Trabalhadora (Conclat), as centrais sindicais dispõem de um documento que reúne toda sua pauta de reivindicações ao governo federal, a chamada “Agenda da Classe Trabalhadora”. O governo federal conhece essa pauta, mas não tem se esforçado para atender tais demandas.
A última das marchas a Brasília havia sido realizada em novembro de 2009. Para a 7ª Marcha, a seguinte pauta foi elaborada:
- 40 horas semanais sem redução de salário;
- Fim do fator previdenciário;
- Reforma agrária;
- Igualdade de oportunidade entre homens e mulheres;
- Política de valorização dos aposentados;
- 10% do Produto Interno bruto (PIB) para a Educação;
- 10% do orçamento da União para a Saúde;
- Correção da tabela do Imposto de Renda;
- Ratificação da Convenção OIT/158;
- Regulamentação da Convenção da OIT/151;
- Ampliação do investimento público.
Após a realização da Marcha, representantes das centrais foram recebidos pela presidenta Dilma Rousseff e pelos presidentes do Senado, Renan Calheiros, e da Câmara dos Deputados, Henrique Alves.
Os sindicalistas levaram às três autoridades sua pauta de reivindicações, reunidas na Agenda da Classe Trabalhadora. O documento compila as principais propostas do movimento sindical organizado do país, com o intuito de alavancar o desenvolvimento, diminuir a desigualdade, impulsionar o crescimento e gerar uma maior valorização do trabalho.
Uma das principais queixas dos sindicalistas diz respeito à falta de um canal efetivo de diálogo junto à presidência da República. Em dois anos e dois meses de mandato, esta foi apenas a segunda vez que Dilma recebeu o conjunto das centrais sindicais do país. Em contrapartida, empresários e entidades patronais têm sido recebidos com frequência no Palácio do Planalto.
Para o presidente da CTB, os três encontros e a Marcha serão fundamentais para aumentar o protagonismo da classe trabalhadora no país. “Esperamos que uma nova etapa, com mais diálogo e participação da classe trabalhadora, seja iniciada a partir de hoje. Com a Marcha, demonstramos que é a partir da unidade de ação que poderemos obter avanços, evitar retrocessos e conseguirmos uma maior inserção nos poderes Legislativo e Executivo”, disse Wagner Gomes.
Fonte: Portal CTB.

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