Cerca de 50 mil
trabalhadores participaram da 7ª Marcha das Centrais Sindicais e dos Movimentos
Sociais na última quarta-feira (6), em Brasília. Organizada pela CTB, UGT, CUT,
CGTB, FS e NCST, a Marcha teve o propósito de pressionar o governo federal a
atender uma pauta de reivindicações da classe trabalhadora.
“A pauta da classe
trabalhadora continua parada no Congresso. Esta Marcha mostra que os
trabalhadores do Brasil querem discutir e têm proposta para o desenvolvimento
do país. Mais de 50 mil pessoas estão mostrando para o governo federal qual o
rumo que a classe trabalhadora quer”, afirmou o presidente da CTB, Wagner Gomes.
Ao longo da Marcha, que
percorreu pouco mais de sete quilômetros das ruas de Brasília, o tom dos
discursos dos dirigentes sindicais indicava que todos estavam ali para tratar
de questões amplas para o Brasil, com alcance para a classe trabalhadora e todo
o conjunto da sociedade.
Para Vicente Selistre,
vice-presidente da CTB, “a unidade demonstrada na Marcha é o elemento
necessário para a transformar a realidade da classe trabalhadora”. Adílson
Araújo, presidente da CTB-BA, destacou que a manifestação popular marcava um
dia “que aumentará nossa autoestima e que será fundamental para destravar a
pauta dos trabalhadores e trabalhadoras”.
Pauta
Desde junho de 2010, quando
foi realizada a segunda Conferência Nacional da Classe Trabalhadora (Conclat),
as centrais sindicais dispõem de um documento que reúne toda sua pauta de
reivindicações ao governo federal, a chamada “Agenda da Classe Trabalhadora”. O
governo federal conhece essa pauta, mas não tem se esforçado para atender tais
demandas.
A última das marchas a
Brasília havia sido realizada em novembro de 2009. Para a 7ª Marcha, a seguinte
pauta foi elaborada:
- 40 horas semanais sem
redução de salário;
- Fim do fator previdenciário;
- Reforma agrária;
- Igualdade de oportunidade entre homens e mulheres;
- Política de valorização dos aposentados;
- 10% do Produto Interno bruto (PIB) para a Educação;
- 10% do orçamento da União para a Saúde;
- Correção da tabela do Imposto de Renda;
- Ratificação da Convenção OIT/158;
- Regulamentação da Convenção da OIT/151;
- Ampliação do investimento público.
- Fim do fator previdenciário;
- Reforma agrária;
- Igualdade de oportunidade entre homens e mulheres;
- Política de valorização dos aposentados;
- 10% do Produto Interno bruto (PIB) para a Educação;
- 10% do orçamento da União para a Saúde;
- Correção da tabela do Imposto de Renda;
- Ratificação da Convenção OIT/158;
- Regulamentação da Convenção da OIT/151;
- Ampliação do investimento público.
Após a realização da Marcha,
representantes das centrais foram recebidos pela presidenta Dilma Rousseff e
pelos presidentes do Senado, Renan Calheiros, e da Câmara dos Deputados,
Henrique Alves.
Os sindicalistas levaram às
três autoridades sua pauta de reivindicações, reunidas na Agenda da Classe
Trabalhadora. O documento compila as principais propostas do movimento sindical
organizado do país, com o intuito de alavancar o desenvolvimento, diminuir a
desigualdade, impulsionar o crescimento e gerar uma maior valorização do
trabalho.
Uma das principais queixas
dos sindicalistas diz respeito à falta de um canal efetivo de diálogo junto à
presidência da República. Em dois anos e dois meses de mandato, esta foi apenas
a segunda vez que Dilma recebeu o conjunto das centrais sindicais do país. Em
contrapartida, empresários e entidades patronais têm sido recebidos com
frequência no Palácio do Planalto.
Para o presidente da CTB, os
três encontros e a Marcha serão fundamentais para aumentar o protagonismo da
classe trabalhadora no país. “Esperamos que uma nova etapa, com mais diálogo e
participação da classe trabalhadora, seja iniciada a partir de hoje. Com a
Marcha, demonstramos que é a partir da unidade de ação que poderemos obter
avanços, evitar retrocessos e conseguirmos uma maior inserção nos poderes
Legislativo e Executivo”, disse Wagner Gomes.
Fonte: Portal CTB.
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