A Superintendência Regional
do Trabalho e Emprego em Minas Gerais (SRTE/MG) realizará, nos dias 18 e 19, o
seminário “Combate ao tráfico de pessoas e ao trabalho escravo contemporâneo”. O
evento, que será na Escola Superior Dom Helder Câmera (Rua Álvares Maciel, 628,
Santa Efigênia, em Belo Horizonte) é organizado em parceria com os Ministérios
Público do Trabalho e Federal, Polícia Rodoviária Federal e o governo estadual.
Voltado para agentes públicos, operadores de direito, entidades sindicais,
organizações governamentais e da sociedade civil, o seminário visa fortalecer o
debate sobre as modernas formas de submissão de trabalhadores ao trabalho
análogo ao de escravo.
No decorrer dos dois dias, os participantes assistirão a uma série de palestras
proferidas por especialistas e autoridades na área. Na quinta-feira, 18, serão
abordados os seguintes assuntos: Políticas de erradicação do trabalho análogo à
escravidão; conceitos e legislação sobre trabalho degradante e jornada
exaustiva; tráfico de pessoas e trabalho escravo contemporâneo; e apresentação
de casos envolvendo trabalho degradante e jornada exaustiva.
Na sexta-feira, 19, as
discussões irão tratar da jornada exaustiva como hipótese de trabalho análogo
ao de escravo, conceituação de trabalho escravo contemporâneo e abordagem penal,
tráfico de pessoas e políticas de enfrentamento.
Para enriquecer os debates, os auditores fiscais da SRTE/MG irão apresentar
quatro casos envolvendo trabalho degradante e jornada excessiva. Integra ainda
a programação do seminário ato alusivo à criação da Comissão Estadual para a
Erradicação do Trabalho Escravo (Coetrae/MG) e o lançamento, pelo Ministério do
Trabalho e Emprego, de uma publicação elaborada pelos Auditores Fiscais da
SRTE/MG sobre trabalho escravo contemporâneo e tráfico de pessoas. As
inscrições, gratuitas e limitadas, podem ser realizadas por meio do site www.sedese.mg.gov.br.
Estatísticas
Dados do Ministério do
Trabalho e Emprego (MTE) revelam que em 2012 foram realizadas em todo o Brasil
135 operações de combate ao trabalho escravo. Ao todo foram resgatados 2.560
trabalhadores e pagos R$ 8,6 milhões em indenizações. Em Minas Gerais, no mesmo
período, foram resgatados 179 e pagos R$ 472,9 mil em indenizações. Em 2013, já
são 79 trabalhadores resgatados em todo o Estado.
Programação
Dia 18 de abril
- 9h: Credenciamento;
- 9h30: Abertura;
- 10h: Ato alusivo ao
lançamento da Coetrae/MG;
- 11h: Palestra do secretário
nacional de Promoção e Defesa dos Direitos Humanos, Gabriel dos Santos Rocha,
representante da Secretaria Especial de Direitos Humanos da presidência da
República. Tema: política nacional de erradicação do trabalho análogo ao de
escravo e trabalho análogo ao de escravo em suas múltiplas dimensões;
- 12h30: Intervalo para almoço;
- 14h: Palestra da subprocuradora
Geral da República, Rachel Dodge, representante do Ministério Público Federal.
Tema: abordagem conceitual e repercussões penais das hipóteses de trabalho
degradante e jornada exaustiva;
- 15h20: Apresentação, por auditores-fiscais
do Trabalho da Superintendência Regional do Trabalho e Emprego/MG, de dois
casos envolvendo trabalho degradante e jornada exaustiva;
- 16h: Café;
- 16h30: Palestra do coordenador
nacional do Programa de Combate ao Trabalho Forçado e Tráfico de Pessoas, Luiz
Machado, representante do Escritório da Organização Internacional do Trabalho
no Brasil. Tema: tráfico de pessoas e trabalho escravo contemporâneo;
- 17h30: Lançamento por
representante da Secretaria da Inspeção do Trabalho do MTE, de publicação
elaborada por Auditores Fiscais de Minas Gerais, contendo reflexões sobre
tráfico de pessoas e trabalho escravo contemporâneo, especialmente trabalho
degradante e jornada exaustiva.
- 18h: Coquetel.
Dia
19 de abril
- 9h: Palestra pelo Juiz do Trabalho do TRT 2ª Região, Doutor José Antônio
Ribeiro de Oliveira Silva. Tema: Jornada exaustiva como uma hipótese de
trabalho análogo ao de escravo;
- 10h30: Palestra pela procuradora Adriana Augusta de Moura Souza, membro do
Ministério Público do Trabalho. Tema: abordagem conceitual do trabalho escravo
contemporâneo;
- 11h30: Apresentação de dois casos, por Auditores-Fiscais do trabalho da
Superintendência Regional do Trabalho e Emprego/MG, envolvendo trabalho
degradante e jornada exaustiva;
- 12h30: Intervalo para almoço;
- 14h: Palestra da gerente do Programa de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas
de Minas Gerais, Flávia Gotelip. Tema: tráfico de pessoas para fins de
exploração laboral e política nacional de enfrentamento ao tráfico de pessoas;
- 15h: Palestra do juiz federal
Carlos Henrique Borlido Haddad. Tema: trabalho escravo contemporâneo, especialmente
a hipótese de trabalho degradante;
- 16h30: Café;
- 17h: Palestra do delegado Dennis Cali, representante da Polícia Federal, Divisão
Direitos Humanos. Tema: análise conceitual e abordagem penal do trabalho
escravo contemporâneo.
Fonte: MTE.
Nenhum comentário:
Postar um comentário