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17 de jun. de 2013

Manifestantes tomam conta das ruas BH e tentam se aproximar do Mineirão

No primeiro jogo do Mineirão pela Copa das Confederações, entre Taiti e Nigéria, nesta segunda-feira, as ruas da capital mineira foram tomadas por manifestantes que se concentraram em dois pontos da cidade – na Praça Sete, no Hipercentro, e na Igreja São Francisco, na região da Pampulha – e tentam se aproximar do estádio. A Polícia Militar montou um esquema para isolar o Mineirão. O movimento segue de forma pacífica.
Embora uma liminar do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJ-MG) tenha proibido manifestações no estado durante a Copa das Confederações, milhares de pessoas se reuniram, no início da tarde, no quarteirão fechado da Rua Rio de Janeiro e logo em seguida tomaram a Praça Sete, interrompendo o trânsito das avenidas Afonso Pena e Amazonas. De Polícia Militar, a manifestação reuniu aproximadamente 15 mil pessoas.
Depois de se concentrarem em grande número, os manifestantes iniciaram caminhada em direção ao Mineirão. Acompanhado pela Tropa de Choque, o grupo, formado por estudantes, policiais civis em greve, entre outros, entoavam gritos e pediam o apoio da população. “Oi torcida, acabou a inércia” e “Sem violência, rumo ao Mineirão”.
Mais próximo ao Mineirão, funcionários do Estado da área da educação reuniram-se na Igreja de São Francisco com balões amarelos, cartazes e faixas. Os manifestantes aproveitaram a Copa das Confederações para reivindicar melhores salários e qualidade de trabalho para a categoria.
“É impressionante que tenha dinheiro para gastar com a Copa do Mundo e não tenha para a educação. Nós queremos igualdade, se gasta tanto dinheiro com a Copa, gaste com educação”, observou a presidente do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE), Beatriz Cerqueira.
Os servidores públicos direcionaram os protestos ao governo de Minas e também atacaram a Fifa, organizadora das copas das Confederações e do Mundo. “Da Copa eu abro mão. Quero dinheiro para saúde e educação”, gritavam em coro.
Os manifestantes tentaram se aproximar do Mineirão, mas foram contidos pela Tropa de Choque e pela Cavalaria Montada. O deputado estadual Rogério Correa (PT) acompanha a passeata e negocia com os policiais.
A Polícia Militar criou cordões de isolamento em diferentes pontos que ligam ao Mineirão para impedir que os manifestantes se aproximem do estádio, onde os torcedores chegam para acompanhar a partida entre Taiti e Nigéria.
Os manifestantes que saíram da Igreja de São Francisco conseguiram se aproximar do Mineirinho. Porém, pararam numa barreira da PM, da qual só será liberado quem tiver ingresso para o jogo. Moradores da região foram impedidos de ultrapassar o bloqueio. Vários torcedores tiveram dificuldades para passar e se atrasaram para chegar ao estádio.
O grupo que partiu da Praça Sete parou em outra barreira montada pela Polícia na Avenida Antonio Carlos, próximo ao Viaduto São Francisco. Com a aproximação dos manifestantes, o comércio da região fechou as portas.
O vice-presidente da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes), Gladson Reis, que negocia com os policiais, disse que o movimento é contra os altos investimentos e a corrupção envolvendo as Copas das Confederações e do Mundo, além de protestar contra o aumento das passagens de ônibus e da liminar da Justiça mineira que impede o direito de se manifestar.
O dirigente estudantil disse que o ato é pacífico. Um grupo de estudantes atirou, no entanto, em direção à Tropa de Choque. Porém, os policiais não reagiram e pediram que os manifestantes se afastassem.
De acordo com o assessor de comunicação da PM, coronel Alberto Luiz, os manifestantes serão liberados paulatinamente para avançar na Avenida Antônio Carlos até o perímetro de segurança estipulado pela Fifa, na Avenida Abrahão Caram, que dá acesso ao Mineirão.
Segundo o coronel, será respeitado o direito de se manifestar, embora as manifestações estejam proibidas pela Justiça de Minas. Participam do evento entre 800 e 1000 policiais militares.

Fonte: Portal UOL.

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