A União Brasileira de
Mulheres (UBM) comemora, no dia 5 de agosto, 25 anos de luta. Para marcar a
data, haverá homenagem no Senado Federal, atos comemorativos nos estados e
jantar nacional para as ubmistas. Além disso, uma logomarca foi feita
especialmente para as comemorações.
No Senado, em Brasília, será
realizada uma sessão solene no dia 12 de agosto, às 10h, em reconhecimento ao histórico
emancipacionista da UBM. A solenidade foi solicitada pela senadora Vanessa
Grazziotin (PCdoB-AM) e pela deputada federal Jô Moraes (PCdoB-MG).
Segundo a coordenadora nacional da UBM, Elza Maria Campos, o objetivo da
homenagem é marcar a data com uma reflexão sobre o caminho percorrido ao longo
de mais de duas décadas e relembrar desafios superados e conquistas consignadas
em leis.
“Muita coisa ainda precisa se tornar realidade na vida das mulheres, em
especial para aquelas que moram mais distantes do alcance do Estado e das
políticas públicas. A efetivação de políticas públicas que possibilitem o atendimento
às mulheres em situação de violência, o atendimento na rede de saúde, o acesso
à educação, à reforma agrária, à reforma urbana, o direito à comunicação e a
luta por um novo projeto nacional de desenvolvimento que garanta o avanço da
igualdade social e das liberdades políticas, a aprovação de uma reforma
política que coloque a perspectiva real de empoderamento das mulheres,
ampliando sua participação e avanços na conquista dos espaços de poder e
decisão, dentre outros, ainda demandam muita luta”, elenca Elza Maria.
Nestes 25 anos, a UBM foi uma grande protagonista em momentos importantes na
história do feminismo e da política brasileira. Levantando a bandeira da
entidade, mulheres de todo o País vêm escrevendo capítulos marcados por
conquistas que culminaram com avanços nas políticas de gênero.
“Estas conquistas estão
consignadas na eleição do primeiro presidente operário e de uma mulher de
esquerda para o comando do principal posto da República. Podemos dizer que, nos
últimos dez anos, a mulher brasileira obteve avanços em sua busca por
igualdade, que devem ser creditados à persistência de luta das mulheres, de
seus movimentos feministas. A inserção das mulheres nas várias instâncias de
poder ainda se mostra tímida. Mas, a luta das mulheres galgou algumas
conquistas nos últimos dez anos, como a criação, no governo Lula, da Secretaria
de Políticas para as Mulheres (SPM), a Lei Maria da Penha, o Programa Nacional
de enfrentamento à Violência contra a Mulher, coordenado pela SPM, a PEC das(os)
empregadas(os) domésticas (os), que, a nosso ver, deverá proteger e ampliar o
trabalho das trabalhadoras domésticas em um país cujas relações sociais e
culturais remontam ao período colonial e da herança do trabalho escravo”, enfatiza
Elza.
Comemorações
Para marcar as festividades dos 25 anos da UBM, a entidade também organiza,
para o dia 26 de agosto, um jantar nacional para todas as ubmistas, em São
Paulo. Alem disso, serão realizadas atividades nos estados durante todo o mês
de agosto, como atos públicos, sessões solenes nas assembléias legislativas e câmaras
municipais, participações em debates em rádios e TVs, panfletagens nas ruas,
dentre outros.
Trajetória de vitórias
A UBM nasceu em 1988, num vitorioso e vigoroso congresso realizado em Salvador
(BA), que contou com a participação de 1.200 mulheres. Estas deixaram na
memória para os dias atuais a necessidade de prosseguir a luta por um país de
mulheres e homens livres.
O histórico construído ao
longo desses anos não é apenas em defesa das mulheres, mas de solidariedade às
grandes lutas da sociedade contemporânea tais como a redemocratização o país, a
defesa intransigente dos direitos dos afrodescendentes, trabalhadores rurais,
das lésbicas, gays, bissexuais, travestis, transexuais e transgêneros, idosos, indígenas,
dentre outras muitas bandeiras.
“O resultado dessa atuação é
um reconhecimento, em nível nacional, de que a UBM é uma das maiores entidades
ligadas à defesa dos direitos das mulheres no nosso país”, finaliza Elza.
Fonte: UBM.
Nenhum comentário:
Postar um comentário