Uma grande manifestação na área
central de Belo Horizonte marcou o Dia de Luta contra a Terceirização em Minas
Gerais na última terça-feira (6). Organizada pela CTB, juntamente com a CUT,
Nova Central e Conlutas, a manifestação contou com a participação de cerca de 2
mil pessoas, entre militantes dos movimentos sindical e sociais, além de trabalhadores
e trabalhadoras.
A concentração teve início ao
meio-dia, na Praça Sete, tradicional ponto de manifestações da capital mineira,
no coração da cidade. Por volta das 14h, os sindicalistas e trabalhadores
seguiram em passeata até a sede da Federação das Indústrias de Minas Gerais
(Fiemg), passando pela Prefeitura Municipal e Tribunal Regional do trabalho (TRT).
Na sede da Fiemg, parte do
grupo de manifestantes ocupou pacificamente a entrada do prédio por alguns
instantes. Com o trânsito impedido, foi realizado um ato público no local
contra a postura da entidade, que tem defendido abertamente a terceirização.
Mabel
Em seu
discurso, o presidente da CTB Minas, Marcelino da Rocha, criticou o deputado-empresário
Sandro Mabel, autor do projeto o Projeto
de Lei 4.330, que permite a prática sem limites da
terceirização de serviços nas empresas e órgãos públicos.
“Esse
projeto não interessa aos trabalhadores, mas apenas ao empresariado. Se for aprovado como está, será a volta da
escravidão, pois acaba com a proibição da terceirização na atividade-fim”, criticou.
Segundo Marcelino, a terceirização
precariza as condições de trabalho, fragiliza o vínculo de trabalho, dispersa a
organização dos trabalhadores e baixa profundamente os níveis de efetividade
dos direitos dos trabalhadores, seja no setor público ou privado.
Além disso, se o projeto for
aprovado, caso a empresa terceirizada não honrar com seus compromissos
trabalhistas, a tomadora da mão de obra não terá que arcar com qualquer
responsabilidade. “Isso significa uma verdadeira tragédia na relação de
trabalho no Brasil”, alerta o dirigente da CTB.
Fonte: CTB Minas.
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