As centrais sindicais irão
às ruas no próximo dia 12 para lutar contra o Fator Previdenciário. A
mobilização, prevista para acontecer em todas as capitais do país, parte da
necessidade de se retomar as negociações pelo fim dessa herança neoliberal do
governo de Fernando Henrique Cardoso.
No dia 21 de agosto, as
centrais sindicais foram a Brasília para tratar do tema. Na ocasião, foi decidida
a formação de um Grupo de Trabalho, formado por representantes dos ministérios
da Fazenda e da Previdência, além da secretaria geral da presidência da
República, com o intuito de encontrar uma alternativa ao Fator. O prazo estabelecido
para que uma nova reunião fosse convocada foi de 60 dias. No entanto, até agora
não houve nenhum retorno por parte do governo.
“A mobilização será a nossa
resposta. Faremos bem em ampliar as manifestações, pois estávamos concentrando essa
mobilização em Brasília”, disse o secretário de
Previdência e Aposentados da CTB, Pascoal Carneiro.
Ataques
O dirigente da CTB recorda
que o argumento do governo FHC para a criação do Fator era a necessidade de
economizar recursos. “No entanto, de 1999 a 2013, segundo dados do governo, a
economia foi de R$ 56 bilhões. Mas se pegarmos apenas dados de 2006 a 2013, somente com
desonerações e renúncias fiscais o rombo foi de R$ 126 bilhões”, argumenta.
Para Pascoal Carneiro, o
problema da Previdência Social está na política macroeconômica do governo. “Do
modo como está, esse suposto ‘rombo’ vai continuar”, diz. “A Previdência não
tem déficit. O problema é que toda a Seguridade Social sai dos cofres da Previdência,
quando deveria sair do Tesouro. Tudo sai do caixa da Previdência. Ela, no
entanto, é superavitária”, sustenta.
Prejuízos
O Fator Previdenciário é um critério utilizado
para calcular o valor das aposentadorias, considerando o tempo de contribuição,
idade e expectativa de vida. Criado em 1999 por Fernando Henrique Cardoso, o Fator
reduz de forma injusta o valor do benefício, provocando uma perda salarial que pode
superar os 40%. Vale lembrar, que nem os governos Lula e Dilma acabaram com o Fator
Previdenciário. Por isso, o movimento sindical volta às ruas para acabar com
esta injustiça social.
O Fator Previdenciário prejudica a todos
os trabalhadores e trabalhadoras, especialmente a quem começou a trabalhar muito
jovem – o que é muito comum no Brasil entre as famílias de menor renda, ou
seja, a maioria dos brasileiros e brasileiras.
Por
isso, a CTB exige o fim do Fator Previdenciário, que é nocivo aos
trabalhadores e trabalhadoras, à sociedade brasileira e ao desenvolvimento do
País. Para a CTB, acabar com o Fator é fazer justiça a quem teve que começar
a trabalhar mais cedo, é pensar no futuro dos nossos jovens e das novas gerações.
Fonte: Portal CTB.
Edição: CTB Minas.
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