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11 de fev. de 2014

Minas Gerais é o terceiro na lista suja de trabalho escravo

Foto: Jornal Hoje em Dia

O trabalho escravo é crime, com pena prevista de dois a oito anos de prisão mais multa, mas a escravidão está longe de ter sido apagada da história recente do Brasil. Minas Gerais é o terceiro estado com mais casos de trabalho escravo segundo a “lista suja” da escravidão divulgada pelo Ministério do Trabalho.

A chamada “lista suja” foi criada há 10 anos pelo governo federal e de lá para cá, os exploradores da mão de obra sem nenhum pagamento vem sendo fichados. Esta lista, que causa incômodo para algumas entidades patronais, sobretudo na bancada ruralista no Congresso, precisa dar um passo a mais na história do Brasil: prender os criminosos. Até hoje, ninguém cumpriu pena. 
   
Minas Gerais amargar essa triste colocação no mapa da escravidão no Brasil aponta para as responsabilidades dos órgãos públicos estaduais. O governo de Minas não tem nenhuma política de combate ao trabalho escravo. Na própria Cemig, uma empresa estatal, convive sequencialmente com denúncias de trabalhadores terceirizados submetidos a condições de trabalho análogas à escravidão.    

O Norte de Minas é a região com maior parte das autuações. Só nesta região, pelo menos 9 empregadores mantêm ou mantiveram quase 150 pessoas em condições de trabalho escravo. A maior parte dessas pessoas trabalha com extração de carvão vegetal e de madeira. Esses dados foram publicados neste domingo (09/02) no jornal Hoje em Dia.

Na região metropolitana de Belo Horizonte, os líderes escravagistas estão entre as construtoras, empresas metalúrgicas e fábricas de roupas.

As construtoras respondem por 66% das autuações feitas no País. As fazendas e confecções aparecem em segundo lugar.

A CTB Minas lamenta a posição do Estado no ranking divulgado pelo Ministério do Trabalho e condena a ausência do governo mineiro na implementação de políticas públicas que combatam o trabalho escravo.

Com informações do jornal Hoje em Dia

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