Mais participação na política, nos próprios
sindicatos e nas centrais; a universalização
das creches; formação; luta pela representação; combater ao preconceito à
ascensão da mulher no meio sindical; assumir as bandeiras de luta das Centrais
Sindicais. Essas foram algumas das resoluções do 2o Encontro das
Mulheres Trabalhadoras, organizado pela CTB-Minas, que aconteceu na
quinta-feira (27/03) no Sindicato dos Vigilantes.
Com muitos
dados e contextualização da situação da mulher na sociedade, e em especial, no
mundo do trabalho, as debatedoras
reafirmaram bandeiras que fazem parte da luta das trabalhadoras e trabalhadores
como: diminuição da jornada de trabalho, criação de creches públicas para
garantir às mães trabalhadoras a permanência no trabalho, o cuidado especifico
com a saúde da mulher, o empoderamento das mulheres através da formação e
participação efetiva nos espaços de decisão política .
A engenheira de
segurança do trabalho e coordenadora do Fórum Sindical e Popular de Saúde e
Segurança do Trabalhador, Marta de Freitas, apresentou dados que envolvem a questão do trabalho para
as mulheres brasileiras. Segundo dados do IBGE, as mulheres estão crescendo nas
estatísticas e em 2013 chegam a quase 50% no mercado de trabalho. Em 2009 eram
35,5% e em 2012 já havia passado para 42,2%. Mas . para Marta o que chama a
atenção são outros dados, principalmente em relação aos baixos salários e as
condições de trabalho.
Participação da mulher
Para promover
uma mudança neste cenário , Marta aponta a participação da mulher nos espaços
de discussão e negociação que tenham representação de trabalhadores, como as
CIPAS, Comissão de PLR, Comissão de Negociação de ACT/CCT e direção sindical.
Nesta mesma
linha de argumentação, a secretária nacional de promoção da Igualdade Racial da
CTB, Mônica Custódio, representando a
secretária de mulher da CTB Nacional
afirmou que a CTB está trazendo
para si esse debate na sociedade. Mônica,
representante da secretária de Mulher da CTB Nacional Ivânia
Pereira indaga: “ Como é possível um país em que 50% da sua população é feminina apenas 9% de mulheres com representação no parlamento?”
A Secretária
Nacional de Formação da CTB, Celina Arêas, lembrou que este tipo de inciativa é
também uma contribuição para formação da classe trabalhadora e a importância do
empoderamento da mulher. “Para que nosso slogan seja uma realidade “ tome partido, eu preciso de conhecimento, se
não eu não tenho vontade de falar, eu me calo. Temos que ter propósito
individual e coletivo e temos que começar pelo movimento sindical. Quais
sindicatos garantem creches nas atividades sindicais para a participação das
mulheres?” questionou Celina.
Presenças e datas importantes
Durante o encontro foram lembradas algumas
atividades importantes do calendário de lutas para este ano. O presidente da
CTB-Minas, Marcelino Rocha, que participou da Mesa de Abertura do Encontro das
Mulheres, convocou as mulheres lutarem
por mais espaços de poder, “não como uma dádiva, mas como conquista”. Marcelino
aproveitou a oportunidade para falar da importância da participação de todas e
todos na 8ª Marcha das Centrais que acontece no dia 9 de abril em São Paulo. A
CTB-Minas levará uma caravana para o grande ato.
O vereador de
Belo Horizonte Gilson Reis (PCdoB) marcou presença no evento, parabenizou a CTB
pela iniciativa que contribui na busca de conquistas na luta pela emancipação
da mulher. Gilson lembrou o lançamento da sexta edição da Revista Elas por
Elas, organizada pelo Sinpro-Minas, na sede do sindicato no dia 04 de abril.
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