Em
assembleia dos trabalhadores da indústria de fogos de artifício de Santo
Antonio do Monte, Lagoa da Prata e Itapecerica, no centro oeste de Minas
Gerais, realizada ontem 24 de maio 2014, foi rejeitada a proposta patronal. A
proposta apresentada pelos patrões foi de 7,8% de reajuste, piso salarial de R$
820.00,BANCO DE HORAS e sem mencionar nada sobre a PLR e outras dezenas de
itens da pauta dos trabalhadores. Os trabalhadores mantiveram as
reivindicações iniciais de 12% de reajuste, piso salarial de R$850,00, uma
cesta básica por mês, negociação da Participação dos Lucros e Resultados (PLR),
sem banco de horas e as demais clausulas da convenção coletiva do trabalho. Sem
nova proposta, a categoria poderá entrar em greve.
Está
agendada para o dia 06 de maio às 10 horas uma reunião entre o Sindicato e os
representantes patronais com a mediação do Ministério do Trabalho. A indústria
vai bem, queremos e merecemos uma parte do lucro!
Depoimento emocionado revela desumanidade, covardia, preconceito
e ignorância de patrão
Antes
de iniciar a assembleia, a trabalhadora Elci Maria de Oliveira, fez uma grave
denúncia de assédio moral e descumprimento das leis trabalhistas por parte da
empresa de fogos MAIS na qual trabalha. Elci, que estava afastada do trabalho
para tratamento de câncer, foi impedida pela empresa de retornar às atividades
após a liberação médica. Argumentando que os outros funcionários se sentiriam
“constrangidos” com a presença da trabalhadora, a direção da empresa chegou a
oferecer “acordo” para que ela não retornasse às suas atividades. Depois
da agressão psicológica sofrida, ferida em sua dignidade, Elci resolveu
registrar boletim de ocorrência na policia.
A
CTB-Minas levará este caso aos tribunais. Jamais aceitaremos atitudes
desumanas, indignas e ilegais como essa. Trabalhador merece respeito.
Não se trata apenas de direitos trabalhistas,
é também um atentado aos direitos humanos e deve ser denunciado amplamente.
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