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3 de dez. de 2014

UBM repudia agressão sofrida pela senadora Vanessa Grazziotin

vanenssa-grazziotin
 
A União Brasileira de Mulheres manifesta seu veemente repúdio à violência de gênero sofrida pela senadora da República Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM). Ontem (2), durante uma sessão em que congressistas debatiam a nova meta de superávit primário, Vanessa foi insultada de maneira vil pela claque reacionária que, das galerias, mostrou sua falta de politização e seu excesso de machismo.
É emblemático que em plena vigência da campanha dos 16 Dias de Ativismo Pelo Fim da Violência Contra as Mulheres uma mulher, que possui mandato popular, seja agredida desta maneira. Os gritos de “vagabunda” dirigidos à parlamentar calaram fundo nas mulheres brasileiras. Calaram porque sabemos como ainda é um desafio para as mulheres ocuparem os espaços públicos de poder e decisão, contrariando todo o sistema patriarcal que estrutura nossa sociedade.
 
A agressão covarde durante o discurso de Vanessa não foi apenas discordância à sua posição política progressista na matéria em questão, mas o ódio de quem não admite que mulheres exerçam o poder político em igualdade com os homens. É o ódio de quem não aceita que o Brasil está mudando, se tornando mais justo e com oportunidades para todas e todos.
 
É lamentável e inadmissível que uma parlamentar seja alvo desse tipo de injúria de baixíssimo nível, com clara conotação moral sexual e que só é dirigida às mulheres. Divergências políticas e debates fazem parte da democracia. Desqualificação e machismo, não!
 
A UBM manifesta sua solidariedade à senadora Vanessa e reafirma sua luta pela Reforma Política democrática com paridade de gênero e fim do financiamento das campanhas por empresas, pois, só assim, mais mulheres ocuparão os espaços de poder e nosso Parlamento deixará de ser um ambiente tão masculino e tão machista, onde uma mulher é submetida à aguda violência moral, impetrada a plenos pulmões e sem nenhum constrangimento por quem deveria estar lá para assistir à sessão.
 
Por isso exigimos a punição dos agressores, que podem ser facilmente identificados pelas câmeras de segurança e que não devem ter mais direito a adentrar as dependências do Congresso, além de responderem criminalmente pelo que fizeram. Violência contra a mulher é crime e lugar de agressor machista não é nas galerias do Congresso, é na cadeia!

União Brasileira de Mulheres

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