O Brasil assistiu
nos últimos dias um confronto político de duas concepções. Em resposta aos
conservadores que tentam implementar o golpe no país, trabalhadores e
trabalhadoras foram às ruas na última sexta-feira (13) para defender a
democracia. Em Minas Gerais, como em todos os Estados brasileiros, as ruas
foram ocupadas em um bonito ato. Pelas falas, faixas e cartazes foi possível
confrontar as diferentes bandeiras de cada manifestação. Enquanto a mobilização
golpista do domingo pedia intervenção militar, o rompimento com a democracia e
o incentivo ao ódio, a manifestação de esquerda reafirmou as conquistas
democráticas e defendeu o patrimônio brasileiro. A atividade na Região
Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH) começou cedo, às 05 horas os
manifestantes já se organizavam na BR-381 para saírem em passeata até a
refinaria Gabriel Passos (Regap) da Petrobras, em Betim, em defesa da empresa
estatal. À tarde, a Marcha em defesa do Brasil tomou conta do centro da
capital para dialogar com o povo mineiro sobre o que está em jogo no país.
As mobilizações
deste dia 13 foram convocadas pela CTB, CUT, MAB, MST e movimento estudantil. Em
Betim, o ato começou com passeata até a portaria da refinaria.
À tarde, a Marcha em defesa do Brasil tomou
conta do centro da capital para dialogar com o povo mineiro sobre o que está em
jogo no país.
No centro de BH,
cerca de 10 mil pessoas fizeram marcha em defesa da democracia e contra o golpe
da direita. A concentração foi na Praça Afonso Arinos, símbolo da luta pela
democracia na capital e onde tem o monumento da Torre de Petróleo, inaugurado
durante a campanha o "Petróleo é nosso". A Marcha seguiu em caminhada
até a Praça Sete.
O presidente da
CTB-Minas, Marcelino Rocha, reafirmou a importância dos movimentos sociais e
sindicais combativos impedirem o retrocesso político no Brasil. “Estamos nas
ruas a favor do povo brasileiro, em defesa da soberania nacional e contra
qualquer tipo de golpe à nação brasileira.” Marcelino defendeu também o emprego
e criticou a retirada de direitos. “Ajuste fiscal não pode ser feito com
retirada de direitos dos trabalhadores” afirmou o presidente da CTB-Minas.
Nessa semana, as centrais sindicais estarão em Brasília para tentar barrar as
medidas provisórias que tiram direitos dos trabalhadores e impedir a tramitação
do projeto de lei que abre caminho para a terceirização. Os participantes
também defenderam a reforma política.
A Marcha contou com
apoio de políticos de esquerda. Estavam presentes a deputada federal Jô Moraes
(PCdoB), o deputado federal Padre João (PT), o deputado estadual, Rogério
Correia (PT), os vereadores de BH, Arnaldo Godoy (PT) e Gilson Reis (PCdoB) e a
senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM).
“Esse é o verdadeiro
ato de luta contra a corrupção e em defesa do Brasil. A gente que está aqui
hoje sabe o quanto custou a liberdade, foi exatamente lutando contra aqueles
que querem fazer o golpe que conseguimos o direito de expressão e livre
manifestação no Brasil” afirmou a senadora Vanessa durante o ato.
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