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1 de jun. de 2015

BH para no Dia Nacional de Lutas contra a terceirização




As Centrais Sindicais, sindicatos e trabalhadores protagonizaram mais uma vez uma série de protestos para dizer não à terceirização desenfreada no Brasil. Em Belo Horizonte, a chuva que caiu logo cedo não impediu as manifestações que começaram por volta das 04 horas. Os trabalhadores e trabalhadores conseguiram parar a BR 381, principal via de ligação para outros Estados. Essa sexta-feira, marcado pelo Dia Nacional de Lutas, teve ao longo do dia uma série de manifestações e paralisações que deram força e unidade à classe trabalhadora para lutar contra as pautas que retiram direitos trabalhistas no Congresso.  

Ao mesmo tempo que ocorriam os protestos na BR381, próximo à Cidade Industrial em Contagem, estações do transporte público da capital foram paralisadas. Os servidores públicos de Belo Horizonte também aderiram aos protestos e incorporaram a agenda de greve o tema da terceirização, com paralisações na área da saúde e educação. Os trabalhadores dos Correios fizeram grande protesto na BR 262, o Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) parou a Avenida Afonso Pena e os manifestantes ocuparam o Ministério da Fazenda.



 

Na parte da tarde, os trabalhadores e sindicalistas seguiram para a Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), onde acontecia audiência pública conjunta entre o Senado e o legislativo mineiro para debater o projeto que pretende ampliar a terceirização. A audiência, que teve a participação da CTB-Minas, foi liderada por Paulo Paim que é relator na Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa do Senado do Projeto de Lei da Câmara (PLC) 30/15, que dispõe sobre a matéria.

O senador começou por Minas Gerais uma cruzada que vai percorrer todos os 27 Estados em um esforço concentrado para obter adesão da sociedade contra a proposta de terceirzação, que considera um “retrocesso ao tempo da escravidão”.
 



Atualmente, o Brasil conta com cerca de 45 milhões de celetistas (trabalhadores sob a égide da CLT) contra 12,5 milhões de terceirizados, segundo informou o senador Paulo Paim. Esses últimos, muitas vezes, não contam com a proteção dos direitos trabalhistas, como férias e 13º salário, vivendo sob condições de trabalho precarizadas. Além disso, segundo sindicatos e outras entidades de defesa dos trabalhadores, estão mais sujeitos a acidentes de trabalho e mortes. 



“Portanto, se depender de mim, o PLC 30/15 será rejeitado na íntegra, porque é inteiramente nefasto”, afirmou Paim, manifestando a sua disposição de percorrer todos o País “para esclarecer sobre os prejuízos que o projeto traz para os trabalhadores”. Durante a audiência público o senador Paulo Paim recebeu o título de Cidadão Honorário de Minas Gerais.  






Para dar sequência a jornada de protesto, os manifestantes se reuniram mais uma vez na Praça Afonso Arinos às 16 horas e seguiram em grande passeata até a Praça Sete. O ato só terminou por volta das 19 horas. 




 

A Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) destaca que a unidade foi fundamental para o sucesso das manifestações em BH e compreende a importância da luta para a vitória dos trabalhadores. 



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