Ao completar, neste ano, 35 anos de muita luta e conquistas,
o Sindicato dos Auxiliares de Administração Escolar de Minas Gerais (SAAE-MG), que
representa trabalhadores, em torno de cinco mil escolas em 286 municípios de
Minas Gerais, fez uma alegre e bonita festa no dia 8 de março, no Hotel Sol, onde três quartos da plateia era
formada por mulheres. Neste dia também é comemorado o dia internacional da
mulher e, por isso, a homenageada foi Margarida Maria Alves, sindicalista e trabalhadora rural da
cidade de Lagoa Grande, na Paraíba, assassinada em agosto de 1983, a mando dos usineiros locais.
MARGARIDAS E ROSAS
O livro, em sua segunda edição, atualizado e ampliado foi
lançado com o título de “As Margaridas – Uma Coletânea Sobre os Direitos da
Mulher” ressaltando uma fala de Margarida Alves
“É melhor morrer na luta que
morrer de fome”, referenciando a luta de todas trabalhadoras e trabalhadores
brasileiros. Entre rosas que enfeitavam o salão e o livro que também registra a
história do SAAEMG, e a dupla comemoração do aniversário do Sindicato dos Auxiliares de Administração
Escolar de Minas Gerais e o dia internacional da mulher, a festa teve brilho
especial com a apresentação das Meninas de Sinhá, grupo de
música e dança, formado por senhoras do bairro Alto Vera Cruz, em 1996,
que deram um espetáculo de alegria, simpatia ,
canto, dança e poesia. Na ocasião
a presidenta do Sindicato, Rogerlan
Augusta de Morais fez um discurso mostrando a realidade atual da mulher
brasileiros, com dados assustadores sobre sua condição ainda de vítimas de
violência, principalmente ocorrida dentro da própria família, ou seja, o inimigo está dentro de casa. Disse ainda que
dados de pesquisa do mapa da violência
contra mulher mostra que 13 mulheres são assassinadas por dia, em média, no
Brasil, ou seja uma a cada duas horas, e que as mais desprotegidas são as mais
pobres e negras. Apesar desses dados lamentáveis, o dia da comemoração internacional destinado a elas é importante
para dar mais visibilidade e aquecer a luta . Durante as falas de várias
companheiras uma voz foi convergente
para a mobilização atual contra a tentativa de golpe que está sendo engendrado,
para tirar uma mulher da presidência do nosso país. A fala de Renata Adriana
Rosa, da União Brasileira de Mulheres ao dizer que “mulher é como água, quando junta fica
forte”, foi aplaudida e comemorada. Foi uma noite memorável.
Foto e texto: Vera Godoy
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