Uma proposta de dialogo
aberto e itinerante com a população para mostrar os impactos na vida dos(as)
brasileiros(as) se forem implantadas as propostas do governo golpista de Temer.
Foi com esse objetivo que a Frente Brasil Popular em Minas foi para porta da Agência
da Previdência da rua Tupinambas, centro de Belo Horizonte. na tarde desta
terça-feira (31/05). A Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil
(CTB) e a Central Única dos Trabalhadores (CUT) promoveram uma aula sobre a
reforma da previdência pretendida pelo governo que mesmo transitório já faz um
estrago nos direitos sociais nos últimos 20 dias. Ações como esta aconteceram
em todo o país e fazem parte da reação dos movimentos populares, sindicais,
estudantis e progressistas contra o golpe.
Para explicar à população
qual o impacto da proposta de Temer, se a reforma passar, foram apresentados casos
concretos de trabalhadores que procuravam a Agência do INSS. Em uma das
situações, o trabalhador que aguardava atendimento espera sua aposentadoria
para daqui um ano e meio. Com a reforma de Temer, ele precisaria de mais 10
anos para conquistar o benefício. Para mulheres, professores(as) e
trabalhadores(as) rurais a situação se agrava ainda mais. A presidenta do Sindicato
dos Professores de Minas Gerais (Sinpro/MG), Valéria Morato, presente no aulão
mostrou que tem muito a temer se a reforma for aplicada: ao invés de dois anos
para poder entrar com pedido de aposentadoria, o seu tempo de trabalho iria
aumentar em mais 20 anos.
Beatriz Cerqueira conversa com as pessoas que aguardavam atendimento para ilustrar os riscos em cada caso
Público não é privado
O presidente O presidente da CTB-MG,
Marcelino Rocha alertou à população para o risco dessa concepção privatista que
volta a rondar o Brasil. Para ele também está no debate a privatização da previdência
que trará danos ao desenvolvimento e consequentemente às diversas políticas
sociais. “Essa discussão também atinge toda a classe trabalhadora, acabando com
a política de valorização do salário mínimo, várias categorias também sofrem e
os primeiros atingidos serão os(as) aposentados(as).”
A presidenta da CUT-MG
Beatriz Cerqueira também chamou atenção para o envolvimento de todos no debate.
Segundo ela, dois retrocessos diretos prejudicam a vida dos(as) trabalhadores(as):
o aumento do tempo de contribuição e a idade mínima para se aposentar. “Agora o
debate é ter 65 anos para se aposentar, daqui a pouco estamos trabalhando todos
de bengala. Esse governo enxerga a previdência como um consumo e não como um
direito social”.
Os ataques às conquistas dos
brasileiros não se restringe a previdência. Saúde, educação, cultura e diversos
programas sociais estão em xeque. Além do projeto “Ponte para o futuro”, criado
pelo governo golpista que claramente retira direitos da classe trabalhadora,
ministros do atual (des)governo se posicionam com propostas que ameaçam as
conquistas sociais. Em contraponto, a cada dia um protesto acontece. Na noite
de ontem (30), a Praça Sete – coração da capital – recebeu manifestação em
defesa do SUS.
Protesto em defesa do SUS na Praça Sete
Centro da capital ficou tomado por faixas
No dia 10 de junho está convocado
em todo o país um grande ato Fora Temer. Atividades promovidas pelos movimentos
sociais devem se intensificar nos próximos
dias.
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