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31 de mai. de 2016

Na porta do INSS-BH, aulão leva debate sobre os riscos à previdência no governo golpista



Uma proposta de dialogo aberto e itinerante com a população para mostrar os impactos na vida dos(as) brasileiros(as) se forem implantadas as propostas do governo golpista de Temer. Foi com esse objetivo que a Frente Brasil Popular em Minas foi para porta da Agência da Previdência da rua Tupinambas, centro de Belo Horizonte. na tarde desta terça-feira (31/05). A Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) e a Central Única dos Trabalhadores (CUT) promoveram uma aula sobre a reforma da previdência pretendida pelo governo que mesmo transitório já faz um estrago nos direitos sociais nos últimos 20 dias. Ações como esta aconteceram em todo o país e fazem parte da reação dos movimentos populares, sindicais, estudantis e progressistas contra o golpe.

Para explicar à população qual o impacto da proposta de Temer, se a reforma passar, foram apresentados casos concretos de trabalhadores que procuravam a Agência do INSS. Em uma das situações, o trabalhador que aguardava atendimento espera sua aposentadoria para daqui um ano e meio. Com a reforma de Temer, ele precisaria de mais 10 anos para conquistar o benefício. Para mulheres, professores(as) e trabalhadores(as) rurais a situação se agrava ainda mais. A presidenta do Sindicato dos Professores de Minas Gerais (Sinpro/MG), Valéria Morato, presente no aulão mostrou que tem muito a temer se a reforma for aplicada: ao invés de dois anos para poder entrar com pedido de aposentadoria, o seu tempo de trabalho iria aumentar em mais 20 anos.

Beatriz Cerqueira conversa com as pessoas que aguardavam atendimento para ilustrar os riscos em cada caso


Público não é privado  


O presidente O presidente da CTB-MG, Marcelino Rocha alertou à população para o risco dessa concepção privatista que volta a rondar o Brasil. Para ele também está no debate a privatização da previdência que trará danos ao desenvolvimento e consequentemente às diversas políticas sociais. “Essa discussão também atinge toda a classe trabalhadora, acabando com a política de valorização do salário mínimo, várias categorias também sofrem e os primeiros atingidos serão os(as) aposentados(as).”



A presidenta da CUT-MG Beatriz Cerqueira também chamou atenção para o envolvimento de todos no debate. Segundo ela, dois retrocessos diretos prejudicam a vida dos(as) trabalhadores(as): o aumento do tempo de contribuição e a idade mínima para se aposentar. “Agora o debate é ter 65 anos para se aposentar, daqui a pouco estamos trabalhando todos de bengala. Esse governo enxerga a previdência como um consumo e não como um direito social”.  




Os ataques às conquistas dos brasileiros não se restringe a previdência. Saúde, educação, cultura e diversos programas sociais estão em xeque. Além do projeto “Ponte para o futuro”, criado pelo governo golpista que claramente retira direitos da classe trabalhadora, ministros do atual (des)governo se posicionam com propostas que ameaçam as conquistas sociais. Em contraponto, a cada dia um protesto acontece. Na noite de ontem (30), a Praça Sete – coração da capital – recebeu manifestação em defesa do SUS.       



Protesto em defesa do SUS na Praça Sete

Centro da capital ficou tomado por faixas 



No dia 10 de junho está convocado em todo o país um grande ato Fora Temer. Atividades promovidas pelos movimentos sociais devem se intensificar  nos próximos dias.  

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