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16 de jan. de 2017

CTB organiza chapa histórica nas eleições do Sindicato dos Metalúrgicos de Betim



Sindicato dos Metalúrgicos de Betim e Região é uma das mais tradicionais agremiações sindicais do Brasil, tendo sido até mesmo fechado pela ditadura por sua combatividade em defesa dos trabalhadores. Em 2017, ele será palco de uma grande disputa eleitoral, em que a histórica chapa “Garra Metalúrgica”, a Chapa 1, defenderá mais uma vez a linha do sindicalismo classista e aguerrido. A CTB trabalha com os diretores da chapa através da representação do presidente da CTB-Minas, Marcelino Rocha, e do Secretário Nacional de Previdência, Pascoal Carneiro.
A eleição da nova direção será realizada nos dias 1, 2 e 3 de fevereiro.
“A proposta principal [da Chapa 1] é a de manter as conquistas que nós tivemos, justamente neste momento tão difícil para os metalúrgicos. Betim é um polo de desenvolvimento da indústria automotiva no Brasil, e foi muito atingida pelas consequências do golpe no ano passado", explicou o atual presidente do Sindicato e candidato a reeleição, João Alves. "Agora o que nós temos que fazer é enfrentar o desemprego de frente, tentando negociar com o poder público e com as montadoras medidas que favoreçam o crescimento econômico”, continuou.
Para o dirigente, a estratégia de resistência metalúrgica deve conjugar duas frentes: a negociação minuciosa com os empresariado e um esforço constante de conscientização da categoria.
Ele conta que, apesar de ter reparado em um afastamento da categoria das discussões sindicais por conta da crise, as propostas feitas pela chapa têm encontrado boa recepção entre os trabalhadores. “A construção da sede própria do sindicato, que nós vamos entregar agora no dia 22 de janeiro, deu uma identificação à categoria, especialmente entre os associados aposentados”, complementa.
Para Marcelino Rocha, o processo de formação da chapa acertou em cheio ao fazer a mescla entre antigos companheiros da luta sindical e novos trabalhadores, mantendo o processo de formação permanente. A “Garra Metalúrgica” existe em Betim desde 1987, e desde o princípio mantém a mentalidade classista. Daí surge a grande necessidade de trazer novos quadros.
“É um grupo histórico para nós, do sindicalismo classista, e por isso o envolvimento da CTB é completo. Nós inclusive destacamos o companheiro Pascoal para ajudar na coordenação da campanha, porque compreendemos a importância dos Metalúrgicos de Betim”, lembrou Marcelino. Mesmo tendo vencido as duas últimas eleições, o presidente da CTB-MG enxerga uma responsabilidade redobrada de manter esta gestão durante a crise brasileira, pelas tentativas cada vez mais ferozes do governo Temer em atacar os direitos trabalhistas.
Boatos e mentiras da oposição
A chapa concorrente, organizada pela Central Única dos Trabalhadores, tentou recentemente ganhar parte dos trabalhadores com uma mentira, já desmascarada, que envolvia um empréstimo junto à Caixa Econômica Federal para a construção da nova sede. O boato foi espalhado com tanta rapidez que foi necessário que o presidente do Sindicato fosse à Superintendência da CEF para emitir uma certidão desmentindo a história. Isso, conta João Alves, deixou o clima mais tenso.
“A sede foi construída com a contribuição dos trabalhadores, mais nada. Tudo bem fazer críticas, mas não dá inventar assim”, desabafou. “Nós seguimos o estatuto do sindicato à risca!”.
Pascoal disse que, apesar do caso, o ruído foi contido em tempo. “Estamos confiantes. A eleição está tranquila, a chapa está muito unida, estamos indo direto nas fábricas e fazendo campanha na rua, encontramos muito apoio - especialmente dos aposentados da categoria. A previsão é muito positiva”, explica o secretário da Previdência da CTB.
Ele reafirmou seu compromisso com a disputa. “Eu estou aqui como representante da Executiva Nacional da CTB, o envolvimento da Central é total. Estamos dando apoio político e de organização, pois este é um sindicato fundador da CTB, é de fundamental importância. São companheiros combativos, defensores dos direitos dos trabalhadores metalúrgicos”, disse. O dirigente vai acompanhar o processo de perto, até que seja confirmada a nova direção do Sindicato.
Portal CTB

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