Foto: Isis Medeiros
Após a repercussão do escândalo envolvendo o governo Temer, as ruas do centro de Belo Horizonte foram tomadas nesta quinta-feira (18). Manifestantes exigiam a saída do presidente corrupto e ilegítimo e eleições diretas. Convocada pelas centrais sindicais e por eventos na internet, o protesto reuniu cerca de 50 mil pessoas. O tom do protesto foi o fim do governo golpista. A manifestação começou logo após o pronunciamento de Temer que não renunciaria, mas a percepção nas ruas é de que o (des)governo não tem condições de permanecer. Para aumentar a pressão, uma nova manifestação está agendada para o próximo domingo às 09 horas na Praça da Liberdade.
A Praça 7, palco de inúmeras manifestações, foi pouco a pouco sendo ocupada por estudantes, trabalhadores(as) de várias categorias e aposentados(as). Em seguida, uma multidão saiu em passeata pelo centro da capital mineira sob os gritos de "Diretas Já!" até chegar à Praça da Estação. Participaram do ato dezenas de lideranças políticas mineiras e nacionais, como a senadora pelo Paraná Gleisi Hoffmann.
O ato em Minas também teve o reforço da indignação com os senadores mineiros envolvidos nos escândalos, Aécio Neves e Zezé Perrella. Aécio Neves já vinha perdendo prestigio em seu terreno eleitoral e os grampos noticiados nesta quinta se unem à diversas denúncias de corrupção e envolvimento com tráfico que ronda a vida pública do senador, agora afastado.
A prisão da irmã de Aécio, Andrea Neves também foi bastante repercutida nos protestos mineiros. Andrea Neves tinha muita influência nos veículos de comunicação mineiros e era conhecida como a responsável por censurar os jornalistas para evitar notícias que desagradassem Aécio. Denúncias de jornalistas a época mostravam a dificuldade de furar o bloqueio e sair da pauta imposta das Minas das maravilhas, como se referiam nos bastidores. Com esse sentimento de liberdade, profissionais da imprensa lotaram o Sindicato dos Jornalistas de Minas Gerais (SJPMG) em uma festa Vai Censurar o Carcereiro!, organizada pela entidade.
O foco do protesto se manteve na saída do Michel Temer e na ilegitimidade desse governo seguir com penalizando a classe trabalhadora, com a imposição das reformas que aniquilam direitos sociais, a revelia da quadrilha que tomou de assalto o poder.
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