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26 de jul. de 2017

CTB publica nota técnica sobre os impactos da crise na indústria e o desemprego no Brasil



A CTB (Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil) lança nota técnica e avalia os impactos da crise na indústria e o avanço do desemprego. No documento, que foi produzido pelo pesquisador e cientista social, Ronaldo Carmona, também indica caminhos para a retomada do crescimento, com o fortalecimento do parque produtivo nacional, com geração de emprego e distribuição da renda.
"Aos trabalhadores e trabalhadoras interessa enormemente retomar a indústria nacional como vértice de nosso desenvolvimento. Para tanto, estabelecer alianças com esse compromisso será fundamental para percorrer um caminho virtuoso que dê conta dos desafios impostos ao país nesta etapa", defende o estudo.
De acordo com a nota, as "transformações na base produtiva apresentam questões de fundo para os trabalhadores, tais como, (a) alterações no próprio perfil da classe operária, que passa a necessitar de maior nível de escolarização e renda relativamente mais elevada, com efeitos sobre sua própria identidade e sentimento de pertencimento à classe; (b) efeitos extraordinários sobre a produtividade do trabalho, derivando numa expressa diminuição quantitativa do proletariado industrial e sua sofisticação".
Ao comentar a iniciativa de elaborar uma nota técnica sobre o tema, o presidente da CTB, Adilson Araújo, destacou que "diante das amargas estatísticas, da avalanche de perdas de direitos, do desemprego alarmante e do sucateamento do parque produtivo nacional, a Central não só empenha esforços em entender essa realidade como também investirá pesado numa campanha nacional em defesa da indústria nacional, do emprego e da retomada do crescimento econômico, com geração de emprego e distribuição de renda".
Ele destaca que a proposta é unificar amplos setores - sociais, políticos e do mundo do trabalho - em torno de uma nova agenda política e econômica, que denuncie o desmonte do Estado Nacional, a ofensiva contra a classe trabalhadora e o projeto entreguista liderado pela gestão de Michel Temer.

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