Após seis horas de interrupção, o presidente do Senado, Eunício Oliveira, retomou o comando da casa e deu início à votação do famigerado projeto de reforma trabalhista, o PLC 38/2017. Apesar de toda a resistência, a matéria foi aprovada por 50 votos a favor, 26 contrários e uma abstenção. Agora estão sendo analisados as emendas e destaques ao projeto.
Se nenhuma mudança for acatada pelos senadores, meta do governo e seus aliados, o texto final vai direto à sanção de Michel Temer. E assim, num evento improvável, uma matéria com mais de 200 destaques e que altera mais de 100 dispositivos da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), legislação que norteia a relação de trabalho no país, passa a ter poder de lei em tempo recorde.
O dia todo em Brasília foi marcado por fortes protestos dentro e fora da casa parlamentar.
Logo na abertura da sessão, as senadoras da oposição obstruíram o início da votação e permaneceram seis horas na mesa presidencial, no escuro e sem som nos microfones. O ato de resistência contra o avanço da sessão foi recebido com irritação pelo presidente da casa, que ordenou o corte da eletricidade.
Do lado de fora, na entrada do plenário, lideranças do movimento sindical pressionavam exigindo autorização para acompanhar a votação da reforma, no que foram barrados pela polícia do Senado. E nos arredores do Congresso, manifestantes acampados protestavam contra o desmonte nos direitos trabalhistas.
O movimento sindical segue em vigília em Brasília. Em breve, mais informações.
Portal CTB
Nenhum comentário:
Postar um comentário