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21 de dez. de 2018

Assim como há 50 anos, a vida dos trabalhadores será mais difícil a partir de 2019


“Os trabalhadores e o movimento sindical terão mais dificuldades com o governo Bolsonaro. A extinção do Ministério do Trabalho, a “Reforma” Trabalhista e a provável “Reforma” da Previdência apontam para esse caminho”. A avaliação é do Diretor do Departamento de Aposentados da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil em Minas Gerais (CTB-MG), Carlos Magno Machado, de 73 anos.

Para superar esse contexto político, ele afirma que o movimento sindical precisa “voltar às bases”. “Precisamos discutir as necessidades cotidianas dos trabalhadores. Esse será o principal desafio nos próximos anos”, acredita Magno, que lutou contra o golpe militar de 1964.

Preso em 1974 pelos militares, ele ainda guarda na memória as torturas e provocações que sofreu naquela época. “Após o Ato Institucional número 5, o AI-5, eles me perguntaram: Você ainda acredita que haverá abertura política?”, recorda ele.

O Ato Institucional número 5, ou simplesmente AI-5, foi emitido pelos militares no dia 13 de dezembro de 1968. O decreto foi o pior de todos, pois fechou o Congresso Nacional, interveio em sindicatos, promoveu prisões, torturas e mortes.

Na última semana, o Brasil lembrou os 50 anos do AI-5. Ao comparar aquele período com os tempos atuais, Carlos Magno afirma que o país vive hoje um regime protofascista. “Estamos num estágio inicial do fascismo”, explica ele.

Quem também se lembra daquele triste período da história brasileira é o dirigente sindical Gildásio Cosenza, de 71 anos.  Em 1968, Gildásio, então com 19 anos, era apenas um estudante de agronomia  quando foi preso com outros jovens por participar do 30º Congresso Nacional dos Estudantes, em Ibiúna, interior de São Paulo.

“Uma vez em liberdade, passei a fazer um trabalho de ´formiguinha´ na porta das fábricas. Distribuía panfletos e jornais, mas tive de viver clandestinamente para não ser preso de novo”, conta Gildásio que vê semelhanças na forma de atuação das elites daquela época com o discurso propagado hoje pela extrema-direita.

“A manipulação é a mesma. Eles sempre buscam criminalizar as lutas dos trabalhadores. Derrubaram João Goulart em 1964, acusaram Juscelino Kubitschek de corrupção e levaram Getúlio Vargas ao suicídio. Hoje o alvo é o Lula”.

Já o secretário da CTB-MG, Gelson Alves da Silva, destaca que o golpe de 64 e o AI-5 foram resultados de um processo histórico.

“Assim como agora, o golpe não foi feito da noite para o dia. No passado, o golpe veio pela força. Hoje veio pelo voto. Isso o torna (o golpe) mais perigoso e agressivo, pois no momento tem apreço de uma grande parcela da população que foi levada a votar no governo que se apresenta como reacionário e é apoiado pela elite entreguista das riquezas do nosso país”, diz ele.

Comissão da Verdade

Para saber mais sobre as perseguições que os trabalhadores sofreram no período da Ditadura Militar, a Comissão da Verdade em Minas Gerais (COVEMG) disponibiliza um rico acervo na internet. O endereço é www.comissaodaverdade.mg.gov.br

Fonte: Imprensa CTB-MG
                                 
                                          Fotos: Anderson Pereira
                                           
             Gildásio Cosenza foi preso e torturado pela Ditadura Militar
        
     Segundo Carlos Magno, os trabalhadores terão mais dificuldades com o governo Bolsonaro

20 de dez. de 2018

Seguro-desemprego pode ser solicitado pela internet

Os trabalhadores brasileiros já podem solicitar o seguro-desemprego pela internet desde quarta-feira (19), às 18h, pelo portal Emprega Brasil.
Clique aqui e acesse o portal
O chamado seguro-desemprego 100% web permite que o benefício seja concedido sem a necessidade de comparecimento a um posto de atendimento.
Pelo portal, o trabalhador pode consultar também oportunidades de trabalho e cursos de qualificação profissional que estejam sendo ofertados próximos ao local onde reside.
O trabalhador que quiser o benefício deve acessar o portal Emprega Brasil e seguir o passo a passo informado. Deve informar os dados pessoais e responder um breve questionário sobre a vida laboral e previdenciária.
O sistema irá checar se as informações necessárias constam nas bases de dados do governo. Caso não haja necessidade de complementação, o benefício será concedido em 30 dias, mesmo prazo necessário caso o trabalhador vá diretamente a uma agência. Caso contrário, será necessário o comparecimento a postos de atendimento.
O Ministério do Trabalho estima que um em cada quatro trabalhadores desempregados possa receber o seguro apenas com o acesso on-line.
Segundo a pasta, há atualmente 600 mil requerimentos mensais do benefício. A estimativa é que com a possibilidade de pedido pela internet esse número cresça. De acordo com os últimos dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o país tem 12,5 milhões de desempregados.
Podem receber o seguro-desemprego trabalhadores que foram dispensados de trabalhos formais, com carteira de trabalho assinada. Atualmente existem cinco modalidades para pagamento do seguro-desemprego. Pelo seguro-desemprego formal, os trabalhadores recebem entre R$ 954 e 1.677,74. Há ainda as modalidades pescador artesanal, empregado doméstico, trabalhador resgatado e bolsa de qualificação profissional.
Fonte: Empresa Brasil de Comunicação (EBC)
Edição: Lílian Beraldo

CTB-MG apoia Dia Estadual de Manifestações Contra Atrasos nos Salários proposto pela FESERP-MG


A Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil em Minas Gerais (CTB-MG) manifesta apoio à campanha “21 de Dezembro, Dia Estadual de Manifestações Contra Atrasos no Pagamento de Salários e do décimo-terceiro” proposta pela Federação dos Sindicatos dos Servidores Públicos Municipais de Minas Gerais (FESERP-MG). A adesão veio através de Gelson Alves da Silva, secretário-geral da CTB Minas.
 
“É uma excelente causa essa da FESERP-MG e merece apoio. Todos nós aqui em Minas estamos diante desse problema e a solidariedade e a união de forças são fundamentais”, diz o sindicalista, que calcula que 50% dos sindicatos filiados à CTB no Estado estão vendo essa realidade do não pagamento dos direitos em suas cidades.

Gelson Silva credita essa situação em grande parte ao Governo Federal, de Michel Temer (MDB), responsável pela chamada “PEC da Morte” (a Proposta de Emenda Constitucional 241, que congelou os investimentos por 20 anos). “Soma-se a isso falta de dinheiro nas prefeituras e o inchaço da máquina pública com a contratação excessiva de comissionados”, afirma.

Em nome da CTB-MINAS, Gelson Silva está convidando A FESERP-MG e sindicatos filiados para um grande encontro para discutir exclusivamente a questão do servidor público. O evento está marcado para o dia 10 de janeiro de 2019, a partir das 10h, na sede da Central (Rua Tupinambás, 179/12º andar, centro de Belo Horizonte).



                                            Foto: Gelson Silva
Fonte: Imprensa Sindicato


18 de dez. de 2018

A reinvenção dos sindicatos

Crise do sindicalismo ou crise econômica? O mundo todo passa por conflitos que afetam a economia e os sindicatos. No momento em que o capital abarca consumidores de todos os níveis do estrato social e estratifica as formas de trabalho, os sindicatos enfrentam o desafio de renovar-se diante dos revés do contexto social e econômico.
Nesta entrevista à revista Carta Capital  o  professor da Escola de Ciências do Trabalho do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos, Fausto Augusto Júnior, não antevê uma crise de decomposição dos sindicatos em função da reforma trabalhista, em especial com o fim do imposto sindical compulsório.
"O que está acontecendo, cada vez mais, é que as novas formas de contratação vão exigir novas formas de organização do trabalho. Como esse espaço vai ser ocupado é o grande desafio dessas organizações. Espaços políticos não ficam vazios", afirma.
Carta Capital: Em que medida o fim do imposto compulsório interfere na sobrevivência dos sindicatos?

Fausto Augusto Júnior: O efeito ocorre em dois tipos de sindicato. Primeiro naqueles de alta rotatividade, pois mesmo que ele tenha uma política de fazer campanhas consistentes de filiação, elas são muito limitadas, porque o tempo todo tem gente entrando em saindo.
No Brasil, não conseguimos construir uma relação na qual o sindicato tenha uma relação mais permanente com a categoria. Como o imposto é descontado em folha, quando esse sujeito não está na empresa não tem como fazer o recolhimento.
Também afeta as organizações que enxergam na filiação uma coisa relevante. Existem muitos sindicatos cartoriais, que existiam porque o imposta existia. Esses certamente tendem a desaparecer.
CC: A possibilidade de a empresa negociar individualmente com o trabalhador, sobrepondo o acordo coletivo, é um fator que dificulta a relação do sindicato com o trabalhador?

FAJ: No começo da implementação da reforma teve uma forte queda das negociações coletiva. Agora, há um movimento de retorno das negociações.
A principal quebra entre trabalhador e sindicato é o fim da homologação pelo sindicato das demissões. Agora o trabalhador tem de confiar nas contas das empresas, e a gente sabe que existem muitos erros, intencionais ou não.
Bem ou mal, a homologação era um momento no qual o sujeito tinha uma relação com sindicato, com assessoria, o advogado que acompanha os trâmites. Era o sindicato apoiando num momento muito difícil, da demissão.
CC: Esses braços sustentados pelos sindicatos tendem a sofrer mais perda de receita?

FAJ: As federações tendem a sofrer menos, pois fazem as negociações estaduais, na grande maioria dos casos. Quem puxa boa parte das negociações com os patrões são as centrais. Como a taxa negocial é algo que deve se consolidar, as confederações não terão tantos problemas.
As centrais e confederações são organizações políticas, então vai depender do engajamento dos sindicatos para baixo. É claro que as centrais têm diferenças. Há aquelas com grandes bases de filiação. A gente precisa lembrar que até 2006 não existia a contribuição compulsória para esses locais.
CC: O modelo de contribuição brasileiro segue alguma tendência internacional?

FAJ: O nosso modelo é único. Muita gente diz que nos Estados Unidos a contribuição é voluntária, mas não é verdade. Lá, a federação vai ao local de trabalho e discute com todos se naquela empresa vai ter sindicato. Nos EUA, o sindicato é por empresa.
Quando os trabalhadores decidem que aquela empresa vai ter, o sindicato é formado e passa a receber a contribuição. Todos naquela empresa vão pagar, inclusive aqueles que votaram contra. Esse modelo de representação totalmente liberal não é uma realidade como dizem.
CC: As novas formas de organização do trabalho, como por exemplo os motoristas da Uber, que conseguem o serviço por meio de uma plataforma digital, também não impõem limitações à atuação dos sindicatos?

FAJ: O modelo da Uber é um muito maior. No Brasil é o que chama atenção, mais que em outros países onde, por exemplo, a Amazon abriu seus negócios para outras áreas, é essa possibilidade de usar trabalhadores individuais por meio de plataformas digitais, ligando indivíduos que querem oferecer serviços com outros que querem comprar esses serviços. Essa realidade pulveriza o entendimento de sindicato. O modelo de representação política que eles irão escolher é um desafio para as organizações de representação dos trabalhadores.
As novas formas de contratação vão exigir novas formas de organização do trabalho. Se a nossa legislação vai dar conta ou não, é uma outra questão.
CC: De que maneira os sindicatos se financiavam antes da reforma trabalhista?

FAJ: Os sindicatos tinham três fontes de financiamento. O imposto sindical, que não foi totalmente extinto, as taxas associativas e a taxa negocial, um percentual estipulado na convenção coletiva, com o conjunto de trabalhadores contribuindo para a entidade em razão do acordo.
CC: Como são custeadas as federações, confederações e centrais a partir dessa estrutura?

FAJ: Os próprios sindicatos definem a melhor maneira de fazer os repasses. De modo geral, 70% do arrecadado ficam com os sindicatos e 30% vão para centrais, confederação e federação.
A exceção são os sindicatos do setor público. Historicamente eles não tinham imposto sindical. Eram proibidos de receber a contribuição, então se formaram como associações a partir de 1988, caso da Apeosp. Em meados de 2000, as associações foram autorizadas a receber o imposto compulsório, mas a maioria ainda sobrevive de filiação.
CC: Por que as associações conseguem sobreviver da filiação enquanto para os sindicatos é uma dificuldade?

FAJ: A diferença do setor público para o privado é que no público o funcionário tem estabilidade, então a filiação é feita uma única vez. No setor privado, categorias como a dos comerciários, que tem rotatividade muito alta, precisam fazer e refazer as filiações o tempo todo. É um drama.
Fonte: Carta Capital 

13 de dez. de 2018

Em benefício do patrão, Bolsonaro promete piorar ainda mais reforma

Em reunião nesta quarta-feira (12) com deputados do DEM, o presidente eleito Jair Bolsonaro defendeu mais mudanças nas leis trabalhistas e avisou que reforma tem se aproximar cada vez mais da "informalidade".
As declarações constam em vídeo publicado no Facebook do deputado federal Francisco Floriano (DEM-RJ), que transmitiu parte do encontro ao vivo.
Eleito com discurso de liberal na economia, sob a tutela de Paulo Guedes, que será ministro da Economia, Bolsonaro promete fazer reformas estruturantes a partir de 2019, entre elas, uma nova revisão da lei trabalhista.
Em seus discursos, ele tem dito de forma genérica que pretende fazer novas flexibilizações porque o empresário é desestimulado no Brasil devido ao ‘excesso’ de direitos dos trabalhadores.
"No que for possível, sei que está engessado o artigo sétimo [da Constituição], mas tem que se aproximar da informalidade", disse Bolsonaro. Ele ainda voltou a frisar que é muito difícil ser empresário. "Ser patrão no Brasil é um tormento", afirmou.
Ministério Público do Trabalho
Bolsonaro também mirou o Ministério Público do Trabalho. E disse ainda que, se tiver clima, vai "resolver o problema".
"O Ministério Público do Trabalho, por favor, se tiver clima, a gente resolve esse problema. Não dá mais para continuar quem produz sendo vítima de uma minoria, mas uma minoria atuante", disse.
O presidente eleito criticou o órgão por não ter hierarquia, comparando com a estrutura militar: "cada um faz o que bem entende". 
Portal CTB - Com informações da Folha de São Paulo

12 de dez. de 2018

Reunião das centrais sindicais na próxima terça-feira (18/12), às 9h30, na sede da CTB-MG




Na próxima terça-feira (18/12), às 9h30, na sede da CTB-MG (Rua Tupinambás, 179, 12º andar, centro), haverá reunião com os representantes de todas as centrais sindicais e sindicatos de servidores públicos.

Pauta única

·        *  Garantia dos direitos e conquistas
·         * Tentar reunião com equipe de transição do governo de Minas

CTB: 11 anos de luta e resistência

A Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) comemora hoje 11 anos de existência. Nesse período, foram várias lutas em defesa de um novo projeto nacional de desenvolvimento, fundado na soberania e valorização do trabalho. Nossas bandeiras são muitas, entre elas o pleno emprego, melhores salários, ampliação da democracia e o fim de todo e qualquer tipo de discriminação. Nesse atual contexto político e econômico do país, com a ascensão da extrema-direita na figura de Jair Bolsonaro, a existência da CTB é mais importante ainda, seja no campo ou na cidade. Por isso, parabéns à CTB e a todos(as) os(as) trabalhadores(as) que fazem parte dessa história que está apenas começando. Que possamos, nos próximos anos, juntos, continuar a nossa luta para ampliar e elevar a consciência da classe trabalhadora.


11 de dez. de 2018

Servidores públicos da cidade de Formoso voltam ao trabalho após 41 dias de greve


                                   Foto: Sindiburi

Após 41 dias de greve, os servidores públicos da cidade de Formoso, localizado na região Noroeste de Minas, decidiram voltar ao trabalho nessa segunda-feira (10). A decisão foi aprovada durante assembleia realizada pelo sindicato da categoria (SINDIBURI) e veio após a assinatura de um Termo de Audiência assinado entre o sindicato e a administração municipal. No documento, a prefeitura se compromete a depositar os salários dos meses de julho e agosto até a próxima sexta-feira (14/12).

O presidente do SINDIBURI, Erni Prado Fonseca, explica que o atraso no pagamento dos salários é resultado da má gestão municipal.

“A atual administração contratou um número excessivo de cabos eleitorais. Além do mais, gastou muito dinheiro com festas e contratação de shows artísticos”, diz ele.

Ainda de acordo com o Termo de Audiência assinado entre o sindicato e a prefeitura, os pagamentos seguintes também serão quitados. Leia abaixo:

I) Os pagamentos dos meses de JULHO e AGOSTO serão integralmente quitados até no máximo dia 14/12/2018;

II) Os pagamentos seguintes serão quitados  usando 62,5% de todos os repasses ao município; como exemplo, para cada 1000 reais 625 serão destinados para pagamentos dos servidores;

III) NÃO HAVERÁ CORTE DE PONTO dos servidores grevistas;

IV) O município prestará contas ao SINDIBURI de todos os repasses, via ofício.

Recesso de fim de ano na CTB-MG

A Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil, seção Minas Gerais (CTB-MG), informa que estará em recesso entre os dias 17 de dezembro e 06 de janeiro. As atividades serão retomadas a partir do dia 07/01.


Servidores públicos de Juiz de Fora podem iniciar greve no próximo dia 21 deste mês

O presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Juiz de Fora (SINSERPU-JF), Amarildo Romanazzi, informa que os trabalhadores vão paralisar suas atividades no próximo dia 21 de dezembro, caso o pagamento do décimo-terceiro salário não seja efetuado até o dia anterior – ou seja, 20 de dezembro. “Isso foi deliberado na última assembleia dos servidores, no dia 29 de novembro, e agora aproveitamos para comunicar a possível paralisação aos membros e frequentadores do poder Legislativo e ao mesmo tempo é um pedido aos vereadores que intercedam para que isso, o não pagamento, não passe de uma possibilidade”, disse Amarildo Romanazzi.

O presidente do SINSERPU-JF também protesta contra o processo de sucateamento da Guarda Municipal. Para o sindicalista é preciso, antes de mais nada, efetivar novos integrantes à corporação. “Há gente insuficiente e uma grande sobrecarga de trabalho. A Prefeitura tem a oportunidade de amenizar isso, fazendo efetivação de novos profissionais”, argumentou Amarildo Romanazzi.

Fonte: Imprensa Sindicato

7 de dez. de 2018

O servidor não pode pagar o pato! Nota de apoio e solidariedade aos servidores públicos de Minas Gerais


A Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil – Minas Gerais manifesta, através da presente nota, total solidariedade e apoio à luta dos Servidores Públicos de Minas Gerais.

Salientamos que atividade do Servidor Público é muito importante para a qualidade dos serviços prestados à população. Os Servidores Públicos mesmo desvalorizados pela grande maioria dos governantes se esforçam para atender bem a população, dando o melhor de si e trabalhando com dedicação e respeito pela população.

Neste sentido, ao manifestar nosso apoio a luta dos trabalhadores e trabalhadoras do serviço público de Minas Gerais, exigimos que os gestores trabalhem com seriedade e façam corretamente escolhas de prioridades, garantindo salários em dia e pagamento do 13º salário dentro do prazo legal.

Mais do que isso exigimos respeito aos servidores, garantia da estabilidade, plano de carreira, contra a terceirização e defesa intransigente do concurso público.

Temos total clareza que contra corrupção, somente concurso público!

A CTB Minas, através de sua Coordenação de Servidores conclama todas as demais Centrais e Federações de Servidores para continuidade da luta em defesa dos servidores e contra precarização das políticas sociais e dos serviços oferecidos à população.

Convidamos TODAS as Centrais e Federações de Servidores de Minas Gerais para Reunião Emergencial a ser realizada no dia 12 de dezembro de 2018, quarta-feira, às 9h, na sede da CTB Minas, localizada na Rua Tupinambás, 179, 12º andar - Centro – Belo Horizonte/MG, com o firme propósito de unificar a luta dos servidores mineiros.

Os(as) servidores(as) públicos e a população não podem ser prejudicados, seja pelo poder municipal ou estadual. Nossa união é fundamental. Vamos reagir e pressionar!

COORDENACAO SERVIDORES PÚBLICOS
CTB - Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil - Seção Minas Gerais.
Nosso Portal: www.ctb.org.br


5 de dez. de 2018

Após 17 dias de greve dos trabalhadores da educação, prefeitura de Divinópolis se compromete a pagar os salários atrasados


Após 17 dias de greve dos trabalhadores da educação, a prefeitura de Divinópolis se comprometeu a pagar os salários atrasados referentes aos meses de setembro e outubro, bem como dos meses de novembro, dezembro e o 13º salário. Essa decisão veio após a assinatura de um termo de conciliação entre a prefeitura e o Sindicato dos Trabalhadores em Educação Municipal de Divinópolis (Sintemmd).

Diante dessa garantia, os trabalhadores, 1.910 profissionais entre professores(as), secretários(as) e auxiliares, voltam ao trabalho nesta quinta-feira (06/12).

Segundo o presidente do Sintemmd, Rodrigo Rodrigues Ferreira, essa foi uma importante vitória da categoria.

“Tivemos a participação de 100% dos trabalhadores no movimento grevista. Graças a essa união, conseguimos essa garantia da prefeitura. Dessa maneira, por meio da justiça, teremos os salários regularizados aos poucos. Nós não admitiremos qualquer encaminhamento diferente do acordo firmado no Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG)”, avisa o presidente do Sintemmd.

O calendário de reposição das aulas será elaborado pelos órgãos que constituem o sistema municipal de ensino e o sindicato.

Outra conquista do sindicato foi manter todos os direitos dos professores contratados protegidos durante a greve.

O acordo também garante que o salário remanescente de outubro será pago 50% nos dias 12 e 24 de dezembro e no primeiro dia útil de janeiro de 2019. Os 50% restantes serão pagos nos dias 12 e 22 de janeiro. O salário de novembro e o décimo terceiro serão pagos no mês de dezembro. Já os salários subsequentes serão pagos juntamente com os demais servidores do executivo.

É importante ressaltar que antes deste acordo, os(as) trabalhadores(as) não tinham nenhuma previsão de pagamento.

Entenda o caso

Alegando a falta de repasse do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb), a prefeitura de Divinópolis atrasou o pagamento dos trabalhadores desde o mês de setembro.
Diante disso, o Sintemmd oficializou em outubro, junto à Secretaria Municipal da Fazenda, um pedido de explicação das movimentações financeiras da cidade.

A batalha entre a prefeitura e o sindicato da categoria teve mais um capítulo quando o Sintemmd entrou com uma ação de dissídio coletivo para receber os salários atrasados.

Nesse período, a Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil em Minas Gerais (CTB-MG) manifestou todo o seu apoio aos professores(as) e alunos(as) da rede municipal de Divinópolis. “Eles não podem ser prejudicados, seja pelo poder municipal ou estadual”, afirmou a CTB-MG.

Salário mínimo pode crescer menos nos próximos anos

O Secretário do Tesouro do governo de Jair Bolsonaro, Mansueto Almeida, disse ao jornal “O Estado de S.Paulo” que considera o salário mínimo “caro demais”. “Se ele continuar crescendo, a gente tem que ver como financiar isso”, afirmou Almeida.
Essa declaração revela que o atual governo pode interromper a política de valorização do salário mínimo (SM) em vigor desde 2007.
A partir daquele ano, o SM passou a ser reajustado por um índice equivalente à inflação somada ao crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de dois anos antes.
Desde então, o SM aumentou em 77% somente com ganhos reais, de acordo com o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). Se não fosse essa política de valorização, fruto de um acordo com as centrais sindicais, o salário seria 56,6% menor se comparado ao valor de R$ 954.
De acordo com economistas, nos últimos anos, o SM contribuiu para tirar mais de 36 milhões de pessoas da pobreza, gerou renda e fez a economia crescer.
Segundo o Dieese, “a regra de reajuste do salário mínimo também traz benefícios para os empregadores.
“Ela (a regra de reajuste ) dá previsibilidade aos agentes econômicos, principalmente para os empregadores. É uma política coerente. O aumento real segue o crescimento da economia”, explica Clemente Ganz Lúcio, diretor do Dieese.
Mesmo com essa política, que significou ganhos para os trabalhadores e também para a economia do país, o valor do atual SM ainda está longe do ideal.
Segundo o Dieese, o SM necessário para atender às necessidades de uma família de quatro pessoas (dois adultos e duas crianças) deveria ser de R$ 3.800.
Como se vê, ainda falta muito para alcançar um valor justo.
Caso o atual governo leve adiante essa intenção de frear o reajuste do SM, o(a) trabalhador(a) será ainda mais penalizado. A desigualdade social no Brasil também aumentará.  Atualmente cerca de 50 milhões de brasileiros e brasileiras recebem salário mínimo no país. 
Em tempo: O anúncio do fim do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) pela equipe de Bolsonaro também foi mais um duro golpe contra os(as) trabalhadores(as). De acordo com especialistas, a sua extinção significa a "institucionalização e descriminalização do trabalho análogo à escravidão e o fim das listas sujas de empresas que submetem seus empregados a condições degradantes”.
Anderson Pereira - Jornalista

4 de dez. de 2018

Convocação Urgente - Reunião ampliada da coordenação dos servidores da CTB-MG dia 06 de dezembro, às 13h, na sede da central

Prezado (a) Dirigente,

Como sabem, dezenas de municípios mineiros estão com salários atrasados e/ou em parcelamentos. Muitos falam em não pagamento do 13º salário, agravando ainda mais a nossa situação. Há também alguns sindicatos em greve ou em manifestações.

Diante disso, convocamos V.Sa. para Reunião EMERGENCIAL Ampliada da Coordenação dos Servidores Públicos Municipais da CTB-Minas, a ser realizada no dia 06 de DEZEMBRO de 2018, quinta-feira, de 13h às 17h, na sede da CTB-Minas, localizada na Rua Tupinambás, 179, 12º andar - Centro – Belo Horizonte/MG.

Pauta:

 - Conjuntura / Informes / Discussão e ações sobre salários atrasados/parcelados. Pagamento 13º salário/

- Planejamento 2019

A união é fundamental. Vamos reagir e pressionar!

COORDENAÇÃO SERVIDORES PÚBLICOS

CTB - Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil - Seção Minas Gerais.
Endereço: Rua Tupinambás, 179, 12° andar, Centro - Belo Horizonte - MG
Fone: (31) 3421-4371/ (31) 3271-6673

Nosso Portal: www.ctb.org.br
Nosso Blog: www.ctbminas.blogspot.com

3 de dez. de 2018

Ministro de Bolsonaro anuncia o fim do Ministério do Trabalho

O coordenador da equipe de transição e futuro chefe da Casa Civil de Bolsonaro, Onyx Lorenroni, afirmou nesta segunda-feira (3) que o futuro governo vai mesmo acabar com o Ministério do Trabalho, cuja estrutura seria incorporada pelas pastas da Justiça, da Cidadania e da Economia. A decisão, se efetivada, será um duro golpe contra a classe trabalhadora brasileira, que ficará ainda mais exposta e vulnerável à exploração capitalista e a condições desumanas e degradantes de trabalho.
Criada em 1930 por Getúlio Vargas o Ministério do Trabalho é uma das pastas mais antigas do período republicano e tem entre suas atribuições a fiscalização das condições de trabalho, da saúde e segurança do trabalhador, coibição do trabalho escravo e do trabalho infantil, seguro desemprego, políticas públicas de emprego, FGTS, unicidade sindical, entre outras.
Baita retrocesso
Sua extinção significa carta branca para que empresários e fazendeiros possam impor trabalho análogo ao escravo, explorar impunemente o trabalho infantil. “Vai na contramão da Constituição e de  um Brasil democrático e justo, é um baita retrocesso”, ressaltou o presidente da CTB, Adilson Araújo, para quem “o Ministério do Trabalho desempenha importante papel na promoção do emprego e do desenvolvimento nacional e na progressiva humanização das relações sociais de produção, hoje submetidas a condições cada vez mais degradantes”.
Na opinião do presidente da CTB, “a extinção significará a descriminalização e institucionalização do trabalho análogo à escravidão e o fim das listas sujas de empresas que submetem seus empregados a condições degradantes. Está ficando óbvio que o governo de extrema direita vai redobrar a ofensiva contra a classe trabalhadora, ampliar a retirada de direitos e fechar os canais de diálogo e denúncia, já bastante fragilizados por Michel Temer.”
“A CTB condena a decisão e conclama as centrais sindicais e o povo brasileiro a cerrar fileiras na luta em defesa do Ministério do Trabalho, das aposentadorias e dos direitos sociais ameaçados pelo futuro governo, bem como da democracia e da soberania nacional”, acrescentou.

Fonte: CTB