Páginas

28 de jun. de 2019

Audiência Pública na Câmara dos Vereadores de Contagem debate a situação das águas no município

Na próxima terça-feira (02/07), a Câmara Municipal de Contagem – cidade da Região Metropolitana de Belo Horizonte – realiza uma Audiência Pública para debater o impacto do Plano Diretor nas bacias hidrográficas do município. A Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil em Minas Gerais (CTB-MG) aproveita para convocar a participação de todos neste debate que é de fundamental importância para Contagem e toda a Região Metropolitana de Belo Horizonte.

A CTB-MG tem acompanhado de perto o debate sobre a questão ambiental em Contagem.

Na última quinta-feira (27/06), por exemplo, o Secretário-Geral da Central, Gelson Alves da Silva, esteve no bairro Nacional, em Contagem, e debateu com vários líderes comunitários da região o Plano Diretor do município em defesa das nascentes do Bom Jesus e Várzea das Flores.

A preocupação dos moradores é preservar um dos principais sistemas de abastecimento de Contagem e região.

A represa Várzea das Flores, por exemplo, está situada entre os municípios de Betim de Contagem e é um dos cinco mananciais que compõe o sistema que abastece a Região Metropolitana de Belo Horizonte. 

A represa é responsável pelo fornecimento de água na capital e nas cidades de Betim, Contagem, Esmeraldas, Ibirité, Lagoa Santa, Matozinhos, Pedro Leopoldo, Ribeirão das Neves, Santa Luzia, São José da Lapa e Vespasiano. Sua extensão é de 550 hectares e produz cerca de 1,4 mil litros de água por segundo/dia. 



Atenção, jornalistas.

Já está no ar, o site "Fotos Públicas - as melhores fotos gratuitas para a sua publicação"

A plataforma pode ser acessada pelos domínios fotospublicas.com ou fotospublicas.brasildefato.com.br

Nascido em 2013, o Fotos Públicas estava fora do ar desde 22 de fevereiro deste ano, por falta de financiamento. O site, que reúne imagens jornalísticas para uso gratuito, voltou desde segunda-feira (24), após uma parceria com o Jornal Brasil de Fato.

A ferramenta, criada em 2013 por um grupo de fotojornalistas e editores, concentra fotos licenciadas em Creative Commons, permitindo seu uso desde que citada fonte e autor.

“O Fotos Públicas é o único site de fotojornalismo que democratiza o acesso a fotos do Brasil e do mundo para os jornalistas. Todos os dias, ao acessar o Fotos Públicas, o público vai encontrar imagens, com agilidade, de acontecimentos mundiais”, afirma Jorge Araújo, editor do portal.
O site é muito usado por veículos da imprensa alternativa e mídias locais, que não têm acesso aos bancos de imagens das agências. “O Fotos Públicas é uma importante ferramenta de disputa de narrativa imagética e instrumento para a democratização da comunicação. Fortalecendo inclusive os veículos de mídia alternativas que podem romper com o oligopólio das grandes agências de imagens, da mídia comercial”, aponta Nina Fideles, da direção do Brasil de Fato.

Por esse motivo, surge a parceria entre as iniciativas, explica Fideles: “A gente entende a parceria com o Fotos Públicas muito urgente. Para além do trabalho do Brasil de Fato, que disputa a narrativa por meio de um jornalismo de qualidade e comprometido com o povo brasileiro, entramos nessa parceria para também disputar por meio da fotografia”.
Fonte: CTB-MG com informações do Jornal Brasil de Fato
                                          Foto: Ricardo Amanajás / Ag. Pará

27 de jun. de 2019

Trabalhadores da BHTrans e Prodabel entram com ação de dissídio coletivo contra a PBH


O prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PHS), tem o maior salário entre todos os prefeitos de capitais do Brasil. O chefe da prefeitura ganha, por mês, R$ 31 mil. Por outro lado, os trabalhadores da BHTrans e Prodabel, que estão em greve desde os dias 14 e 24 deste mês, respectivamente, tiveram que apelar para a justiça contra a PBH que, por sua vez, ameaça acabar o plano de saúde dos trabalhadores e vários direitos já consolidados na Convenção Coletiva.

“A Prefeitura de Belo Horizonte quer reduzir direitos dos servidores municipais que já estão garantidos há mais de 25 anos. Por isso, não tivemos outra alternativa a não ser a Greve. Na última semana, entramos com uma ação de dissídio coletivo contra a PBH que se recusa a negociar com os trabalhadores”, explica a delegada  do Sintappi-MG (Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Assessoramento, Pesquisas, Perícias, Informações e Congêneres de Minas Gerais, Renata Moreira Ferreira.

O objetivo dos trabalhadores é manter os direitos já conquistados e também o INPC sobre as cláusulas econômicas.

Entre as maldades do prefeito de BH, Alexandre Kalil (PHS), estão:

- Reduzir o adicional noturno dos trabalhadores de 50% para 20%.

- Reduzir o número de ticket refeição dos trabalhadores de 26 para 22.

- Acabar com o modelo atual do plano de saúde dos servidores (auto-gestão) e entregar a sua administração para uma operadora de saúde particular.

“O nosso plano de saúde é um dos itens mais bem avaliados pelos trabalhadores. A intenção do prefeito é implementar uma lógica de mercado e, com isso, prejudicar mais de 2 mil pessoas”, lembra a delegada do Sintappi, Renata Moreira, ao acrescentar que essa postura da prefeitura prejudica, além dos servidores públicos, toda a cidade que depende dos serviços prestados pela BHTrans, Prodabel e Urbel.


                                                    Foto: Trabalhadores da PBH


11 de jun. de 2019

Nota de falecimento

A Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil em Minas Gerais (CTB-MG) lamenta muito o falecimento do professor Messias Simão Telecesqui. “Messias lutou com todas as suas forças em defesa da democracia. Nos solidarizamos, neste momento, com os seus amigos e familiares. É uma perda irreparável”, afirma a presidenta da CTB-MG, Valéria Morato.
Messias Simão Telecesqui faleceu nesta manhã de terça-feira, 11 de junho, e será velado em Alfenas, na região Sul de Minas Gerais (Rua Gabriel Monteiro, 1.400) e será sepultado às 17h.
Professor de História, Messias atuou como dirigente sindical do Sindicato dos Professores de Minas Gerais (Sinpro-MG) e da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB-MG) lutando pela manutenção e conquistas de direitos de sua categoria.
Iniciou sua militância política em São Paulo, tendo se filiado ao PCdoB ainda jovem. Atuou nos últimos anos na cidade de Alfenas e região. Mesmo sabendo da complexidade das batalhas, sempre mostrou-se disposto à luta e fiel às diretrizes partidárias, resultado de sua sólida formação política e ideológica e dos seus compromissos inabaláveis com uma sociedade socialmente justa e solidária.
Foi um incansável defensor da democracia contra o estado de exceção que estamos vivendo e lutou fervorosamente contra a onda de direita e conservadora que tomou conta do país.
É preciso gritar bem alto, Messias Simão, PRESENTE ...
Messias foi guerreiro, sofreu com o golpe contra a democracia, mas não entregou os pontos, morreu lutando, em combate, e assim será lembrado, como um lutador implacável das causas do povo brasileiro e da democracia.

Vá em paz, GUERREIRO...

6 de jun. de 2019

Indústria cortou 1,1 mi de vagas e reduziu salários em 14,7% entre 2014 e 2017


A recessão vivida pelo Brasil atingiu com força a indústria nacional entre 2014 e 2017, cortando 1,1 milhão de vagas no período (12,5%) e reduzindo salários das vagas remanescentes em 14,7%, segundo dados da Pesquisa Industrial Anual, divulgada nesta quinta-feira (6) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Os dados revelam ainda que a receita da indústria brasileira caiu 7,7% entre o início oficial da recessão, em 2014, e 2017. Segundo o IBGE, 7,7 milhões de brasileiros trabalhavam na indústria em 2017, queda de 12,5% em relação a 2014. Deste total, 97,5% trabalhavam na área de transformação, e o restante na indústria extrativa.

O segmento com a maior parcela nos empregos da indústria extrativa em 2017 foi a fabricação de produtos alimentícios (23,3% do todo), seguido por confecção de artigos do vestuário e acessórios (8,2%) e ainda a fabricação de produtos de metal (6%).

Na indústria extrativa, os setores com maior fatia do emprego foram a extração de minerais metálicos (41,4% do total registrado pelo setor) e a extração de minerais não metálicos (41,1%).

No período que abrange de 2008 a 2017, os segmentos que mais fecharam postos de trabalho foram extração de carvão mineral (-38,7%), fabricação de coque, produtos derivados de petróleo e biocombustíveis (-32,9%) e fabricação de produtos de madeira (-22,4%).

Os setores que mais abriram vagas no País foram extração de petróleo e gás (441,7%), extração de minerais metálicos (44,5%) e fabricação de bebidas (28,1%). Em 2017, a receita líquida de vendas registrada pela indústria brasileira somou R$ 3,9 trilhões, 7,7% menos do que em 2014.

Fonte: Brasil Econômico

Arquivo/Agência Brasil

Racismo não dá descanso e impacta a saúde e o trabalho dos negros no Brasil

“É coisa de preto”, teria dito o jornalista William Waack minutos antes de entrar no ar em uma transmissão ao vivo. A fala repercutiu como rastilho de pólvora acesa queimando o que houvesse pelo caminho. Foi afastado de sua função de apresentador no mesmo dia e incendiou a discussão sobre o racismo velado no Brasil. Enquanto jornalistas e até o ministro do Supremo Tribuna Federal (STF) Gilmar Mendes manifestaram apoio a Waack, nas redes sociais, os internautas resgatavam a memória e os feitos de grandes personalidades negras utilizando a hashtag #Écoisadepreto. Para a psicanalista Maria Lúcia da Silva, casos como esse são positivos pois descortinam o racismo e promovem o debate acerca do tema num país onde 54% da população se declara preta ou parda.
Frases como a de Waack são repetidas em diversos contextos cotidianamente e segundo pesquisas, o estresse de lidar com a discriminação terminar por afetar a saúde dos negros. Silva alerta que para lidar com situações de racismo e preconceito, as pessoas negras demandam mais energia. “Essa situação acontece desde o nascimento, o tempo todo. O racismo não dá descanso”, ressalta.
Uma das primeiras distorções que episódios de preconceitos acarretam no organismo humano é o aumento da pressão arterial. Posteriormente esse aumento de pressão causa o endurecimento da veias que pode resultar em um ataque cardíaco ou em um acidente vascular cerebral (AVC). Mas para além disso, o racismo também impacta a saúde mental. Um estudo feito por pesquisadores da Universidade do Texas mostra que pessoas que sofreram com discriminação estavam sujeitas a desenvolver alcoolismo e depressão. Co-autora do estudo, a socióloga Trenette Clark diz que a discriminação tem efeitos semelhantes à perda do emprego ou à morte de um ente querido.
É para ajudar a reduzir os efeitos do racismo que existe o Instituto Amma Psique e Negritude, no qual trabalha Maria Lúcia. Uma das frentes do Instituto é preparar profissionais para que eles entendam melhor como os sofrimentos causados pelo racismo podem impactar nas relações sociais.
Para a psicanalista Noemi Kon, organizadora do livro O racismo e o negro no Brasil: questões para a psicanálise “obviamente que essa violência causa sofrimento psíquico”. Ela ainda acrescenta que o racismo “pode fazer com que as pessoas se sintam menos qualificadas a ocupar determinados espaços na sociedade e a estabelecer relações amorosas de qualidade, por exemplo”. A obra surgiu de um episódio de racismo vivenciado em sala de aula, apontado por Maria Lúcia Silva. Para resolver a questão, Noemi propôs um curso que tratasse do racismo nessa área e o passo seguinte foi a concepção do livro.
A psicanalista entende que os debates sobre o racismo estão ganhando mais visibilidade em um período recente. Segundo ela, esse movimento é importante para a desconstrução do mito da democracia racial. O conceito criado por Gilberto Freyre no século passado, segundo ela, prejudica ainda as pessoas que enfrentam situações de racismo e lidam com maiores dificuldades em diversos campos da vida, mas que não se manifestam sobre isso. “É um discurso ideológico que faz com que diferenças individuais sejam colocadas como responsáveis por fracassos individuais”, afirma Noemi.
O negro no mercado de trabalho

O racismo está engendrado de forma estrutural na nossa sociedade, e traz consequências práticas, uma vez que os negros possuem menos oportunidades em áreas essenciais. Um levantamento feita pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) com dados de 2016 mostra, por exemplo, que quanto mais escolarizados os negros, maior a diferença de salário em comparação com uma pessoa não negra que tenha o mesmo nível de instrução. Os profissionais negros que não completaram o ensino médio ganhavam 92% do que recebiam os não negros com esse mesmo nível de estudo. Essa diferença cai para 85% entre os que têm ensino médio completo. Quando se tratam de trabalhadores com ensino superior, os negros ganham somente 65% do que um trabalhador não negro com a mesma formação.
Os índices de desemprego também são mais altos entre pessoas negras do que no restante da população. Durante a recessão econômica, é este grupo o mais impactado. De 2015 para 2016, a taxa de desemprego total dos negros aumentou de 14,9% para 19,4%, enquanto a dos não negros passou de 12% para 15,2%.
Rodrigo Silva de 22 anos quase engordou essa estatística quando seu contrato de estágio estava próximo do fim, mas ele conseguiu outro emprego. A posição ocupada por Rodrigo na empresa, em um cargo auxiliar também é mais comum entre pessoas negras, segundo a pesquisa realizada na região metropolitana de São Paulo. Enquanto isso, nos cargos de chefia, a presença de pessoas negras é 13,6% menor. Para Maria Lúcia da Silva, isso se dá porque o racismo “dificulta a mobilidade e permanência social em caso de prestígio ou de construção de uma carreira”. Hoje ocorre maior inserção dos negros em segmentos onde tradicionalmente os rendimentos são mais baixos (construção, trabalho autônomo e doméstico) e menor incorporação em outros, que costumam pagar salários mais altos (Indústria, alguns ramos dos Serviços, setor público e o agregado que reúne empresários e profissionais universitários autônomos, entre outros). Na média, os negros receberam 67,8% do rendimento dos não negros, em 2016.
Menos acesso à educação

Há um fosso, ainda, na comparação de acesso aos estudos. Há um evidente atraso escolar dos negros, que se perpetuou desde a abolição da escravidão, no século 19. Desde então, a falta de suporte que admitisse a diferença deixou um déficit na formação deste grupo. Na década passada, houve algum ajuste pelas políticas de cotas afirmativas. Em 2005, somente 5,5% dos jovens pretos e pardos em idade universitária frequentavam a faculdade. Esse número saltou para 12,8% em 2015, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em relação à população branca, contudo, a distância ainda é enorme: 26,5% dos estudantes brancos entre 18 e 24 anos estavam na univerdade em 2015.
O analfabetismo também revela a desigualdade de condições de negros e brancos. Um levantamento feito pelo movimento Todos Pela Educação em 2016, com base na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad/IBGE), mostra que a taxa de analfabetismo é 11,2% entre os pretos; 11,1% entre os pardos; e, 5% entre os brancos.
A relação entre escravidão e desigualdade

Por ter sido o último país do ocidente a extinguir a escravidão, a relação entre o Brasil e a “instituição”, eufemismo utilizado para nomear a escravatura, ainda é intensa. Segundo o sociólogo e especialista em políticas públicas Humberto Laudares cerca de 20% da desigualdade que acontece ainda hoje em municípios brasileiros tem como fonte a escravidão.
Laudares credita esse cenário a uma falha da sociedade e do Estado brasileiro em promover igualdade de oportunidades para os cidadãos. Para efeito de comparação, os municípios que abrigaram quilombos sofrem ainda mais. “Nós testamos o efeito dos quilombos na desigualdade e encontrarmos que locais que sediaram quilombos são hoje 3% mais desiguais, são mais pobres e ainda têm um nível educacional inferior a municípios com características semelhantes”, relata. Para ele, há um caminho para reduzir o problema: “igualar as oportunidades — saúde, educação, segurança — a partir da infância”.
Fonte: El País
                                         Foto: Divulgação/Internet

Rede de supermercados da Suécia decide boicotar produtos brasileiros

Fonte: Rádio França Internacional (RFI)
Claudia Wallin, correspondente da RFI em Estocolmo - Suécia


                                   Supermercado da rede sueca Paradiset. Foto: Divulgação

A rede sueca de supermercados Paradiset anunciou nesta quarta-feira (5) um boicote a todos os produtos do Brasil, em consequência da liberação recorde de novos agrotóxicos pelo governo brasileiro. Do total de 197 agrotóxicos já autorizados neste ano pelo Ministério da Agricultura, 26% são proibidos na União Europeia, em razão dos riscos à saúde humana e ao meio ambiente.

“Precisamos parar (o presidente) Bolsonaro, ele é um maníaco”, disse à RFI o presidente do grupo Paradiset, Johannes Cullberg.
“Quando li na imprensa a notícia da liberação de tamanha quantidade de agrotóxicos pelo presidente Bolsonaro e a ministra (da Agricultura) Tereza Cristina, fiquei tão enfurecido que enviei um email a toda a minha equipe, com a ordem ‘boicote já ao Brasil’”, acrescentou Cullberg.
A Paradiset é a maior rede de produtos orgânicos da Escandinávia. Ela já retirou de suas prateleiras os seguintes produtos brasileiros: quatro diferentes tipos de melão, melancia, papaya, limão, manga, água de coco e duas marcas de café, além de uma barra de chocolate que contém 76% de cacau brasileiro em sua composição.
Apelo por apoio de outros supermercados
Presidente do grupo Paradiset, Johannes Cullberg

“Não podemos em sã consciência continuar a oferecer alimentos do Brasil a nossos consumidores, num momento em que tanto a quantidade como o ritmo da aprovação de novos agrotóxicos aumenta drasticamente no país. Decidimos portanto retirar os produtos de nossas prateleiras”, disse Johannes Cullberg em comunicado divulgado à imprensa sueca e publicado com destaque pelo Dagens Nyheter, um dos maiores jornais do país.

“Não temos carne brasileira em nossas lojas, e certamente não iremos comprar”, acrescentou Alexander Elling, assessor de comunicação da Paradiset.

Cullberg espera que sua ação possa levar outros fornecedores a aderir ao boicote. “Não podemos aceitar este tipo de atitude insana em relação ao nosso planeta, ao nosso povo e à nossa saúde”, destacou o presidente.

Glifosato

Três dos 31 agrotóxicos liberados mais recentemente no Brasil são de produtos que usam como base o glifosato, substância classificada pela OMS como potencialmente cancerígena e que é alvo de milhares de ações judiciais no Estados Unidos. Estudos recentes também comprovaram a relação entre o glifosato e o linfoma Não-Hodgkin, um tipo de câncer que tem origem nas células do sistema linfático.

Uma pesquisa da Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco) alertou que, mesmo que alguns dos efeitos de intoxicação por agrotóxicos sejam classificados como medianos ou pouco tóxicos, não se deve perder de vista os “efeitos crônicos que podem ocorrer meses, anos ou até décadas após a exposição, manifestando-se em doenças congênitas” como câncer, malformação congênita, distúrbios endócrinos, neurológicos e mentais.

Segundo o sueco Johannes Cullberg, o Brasil já teve uma das mais progressistas estratégias de alimentação do mundo, mas agora os consumidores do país estão expostos a produtos extremamente perigosos. “Isto é uma loucura”, destacou Cullberg.

Chapa 1 é eleita com 70% dos votos para a presidência do Sitramico-MG


                                       Foto: Sitramico-MG
O Sindicato dos Trabalhadores no Comércio de Minérios e Derivados de Petróleo no Estado de Minas Gerais (Sitramico-MG) elegeu, nessa quarta-feira, com 70% dos votos, a Chapa 1 (única)  para o mandato 2019-2024. A eleição foi acompanhada pelo diretor da CTB-MG, José Antônio de Lacerda (Jota).
O presidente do Sitramico-MG, Leonardo Luiz de Freitas, afirma que o objetivo da diretoria, atual e futura, é manter os direitos da categoria que, nos últimos anos, tem sofrido com várias demissões.
“A atual conjuntura é muito ruim para todos os trabalhadores. Nos últimos anos, especialmente de 2018 para cá, tenho observado várias demissões na nossa base também”, diz ele ao lembrar que a aprovação da reforma Trabalhista no governo Temer e a terceirização ilimitada pioraram a vida dos trabalhadores.
“Temer aprovou a reforma Trabalhista dizendo que a mesma iria gerar mais empregos. Isso não aconteceu. Pelo contrário, a economia está praticamente parada e o país caminha para uma grave recessão”, afirma Freitas.
O presidente do Sitramico-MG  também critica o governo Bolsonaro que, segundo ele, ameaça a soberania nacional ao tentar privatizar estatais importantes como a Petrobras. Freitas chama a atenção para o julgamento que ocorre no STF sobre a venda das estatais sem autorização do Congresso Nacional.
O julgamento, que está suspenso, analisa três ações diretas de inconstitucionalidade (ADI) que questionam a venda de ativos de empresas públicas pelo governo Jair Bolsonaro (PSL).
“Caso essa medida seja aprovada, a soberania nacional estará em risco com esse governo de extrema-direita que, além de não ter projetos para o país, ameaça privatizar várias estatais, entre elas a Petrobras. Privatizar faz mal ao Brasil”, afirma Freitas.
Conheça abaixo os integrantes da Chapa 1
DIRETORIA
EFETIVOS
Leonardo Luiz de Freitas
Giovani José da Silva
Luciana do Carmo Silva
Anivaldo Carlos dos Santos
Joelson Silva
Eduardo José de Castro
Gilberto Gaspar
SUPLENTES
Patricia Guimarães P. Flister
Ideildo Izaias Bernardino
Maria Letícia Rabelo Alves Patrus
Ednaldo André da Silva
Gilmar Candido da Silva
Altaizo Alves Cardoso
Paulo Cesar Saldanha Aires
CONSELHO FISCAL
EFETIVOS
Marcos de Souza Marques
Celino Carvalho Oliveira
João Rodrigues
SUPLENTES
João Gomes de Souza 
Sandra Marques Freire
Reinaldo Casseano de Oliveira
DELEGADOS REPRESENTANTES JUNTO A FEDERAÇÃO
EFETIVOS
Rogério Rodrigues de Abreu
José Eustáquio de Castro
SUPLENTES
Antônio Corrêa dos Santos
André Geraldo Gomes de Miranda
Fotos: Sitramico-MG




Governo pagou R$ 268,5 mil para Ratinho falar bem da reforma, diz revista

Fonte: UOL

O governo federal pagou R$ 268,5 mil ao Programa do Ratinho, no SBT, para fazer merchandising e defender a reforma da Previdência, entre fevereiro e março deste ano, segundo informações da revista "Época".

Segundo fontes ouvidas pela reportagem, o valor está dentro do cobrado por outras emissoras. Uma ação semelhante a essa no programa Domingão do Faustão, por exemplo, não custa menos de R$ 400 mil.

As ações de merchandising acontecem quando o próprio apresentador do programa conta como funciona o produto ou serviço que está sendo oferecido.

No começo de maio, foi definido que a campanha do governo para defender a reforma da Previdência teria ações de merchandising em programas da TV aberta. As iniciativas seriam veiculadas em todas as grandes emissoras abertas de alcance nacional (SBT, Record, RedeTV! e Band), com exceção da Globo.

Na época, o jornal "Meio & Mensagem" publicou que já estariam escalados para as ações os apresentadores Milton Neves e José Luiz Datena (Band), Luciana Gimenez (RedeTV), Ratinho (SBT), Rodrigo Faro, Ana Hickmann e Renata Alves (Record).

A Rede Globo ficaria de fora desta etapa da campanha por causa de regras da política comercial da emissora, que proibiriam a participação de seus apresentadores em merchandising de ações do governo.


O presidente Jair Bolsonaro é entrevistado pelo apresentador Ratinho no SBT. 
Foto: Alan Santos/PR

4 de jun. de 2019

Violência contra a mulher é tema de seminário em Varginha


O Brasil é um dos países mais violentos do mundo para as mulheres. Um estudo divulgado pelo Escritório das Nações Unidas para Crime e Drogas revela que, no país, a taxa de homicídios femininos é de quatro mulheres mortas para cada grupo de 100 mil mulheres, ou seja, 74% superior à média mundial que é de 2,3 mortes para cada 100 mil mulheres.

Para debater essa triste realidade, foi realizado na última semana, na cidade de Varginha, região Sul de Minas Gerais, o Seminário de Prevenção à Violência Doméstica. O evento aconteceu no Teatro Mestrinho do Colégio Marista e reuniu especialistas, professores, estudantes e movimentos sociais. A Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil no Estado (CTB-MG) foi representada pela professora Mônica Cardoso. Ela integra o Conselho Municipal dos Direitos das Mulheres, em Varginha, pelo Sindicato dos Professores (Sinpro-MG) e a CTB-MG.

Segundo a educadora, a iniciativa do governo Bolsonaro de flexibilizar o porte de armas no país vai agravar o quadro de violência contra as mulheres.

“Sou totalmente contra essa medida que flexibiliza o porte de armas. O índice de violência de gênero e feminicídio, que já é elevado, tende a aumentar. Dados mostram que a violência contra as mulheres se intensificou. A cada semana, morrem 33 mulheres no Brasil”, afirma Mônica Cardoso, que participou da palestra de abertura do seminário. Na ocasião, foi apresentado um projeto da Polícia Militar (PM) que oferece assistência às vítimas e orienta os agressores.

Já a professora Mônica Cardoso destacou o trabalho da Rede de Enfrentamento Contra a Violência de Gênero de Varginha, além de propor a abertura para a entrada do Coletivo Feminismo Popular de Varginha à rede. A proposta foi aprovada pelos participantes durante do seminário.

Fases da violência

A violência doméstica caracteriza-se por várias fases. São elas, aumento da tensão, ato de violência, arrependimento e comportamento carinhoso. A professora Mônica Cardoso destacou cada uma dessas fases durante palestra ministrada na Fundação Varginhense de Assistência Aos Excepcionais (FUVAE).

Veja abaixo:

Fase 1: Aumento da Tensão

Nesse primeiro momento, o agressor mostra-se tenso e irritado por coisas insignificantes, chegando a ter acessos de raiva. Ele também humilha a vítima, faz ameaças e destrói objetivos.

A mulher tenta acalmar o agressor, fica aflita e evita qualquer conduta que possa “provocá-lo”. As sensações são muitas: tristeza, angústia, ansiedade, medo e desilusão são apenas algumas.

Em geral, a vítima tende a negar que isso está acontecendo com ela, esconde que fez algo de errado para justificar o comportamento violento do agressor ou que “ele teve um dia ruim no trabalho”, por exemplo. Essa tensão pode durar dias ou anos, mas como ela aumenta cada vez mais, é muito provável que a situação levará à fase 2.

 Fase 2: Ato de Violência

Esta fase corresponde à explosão do agressor, ou seja, a falta de controle chega ao limite e leva ao ato violento. Aqui, toda a tensão acumulada na fase 1 se materializa em violência verbal, física, psicológica, moral e patrimonial.

Mesmo tendo consciência de que o agressor está fora de controle e tem um poder destrutivo grande em relação à sua vida, o sentimento da mulher é de paralisia e impossibilidade de reação. Aqui, ela sofre de uma tensão psicológica severa (insônia, perda de peso, fadiga constante, ansiedade) e sente medo, ódio, solidão, pena de si mesma, vergonha, confusão e dor.

Nesse momento, ela também pode tomar decisões, como buscar ajudar, denunciar, esconder-se na casa de amigos e parentes, pedir a separação e até mesmo suicidar-se. Geralmente, há um distanciamento do agressor.

Fase 3: Arrependimento e Comportamento Carinhoso

Também conhecida como “lua de mel”, essa fase se caracteriza pelo arrependimento do agressor, que se torna amável para conseguir a reconciliação.

Há um período relativamente calmo, em que a mulher se sente feliz por constatar os esforços e as mudanças de atitude, lembrando também os momentos bons que tiveram juntos. Como há a demonstração de remorso, ela se sente responsável por ele, o que estreita a relação de dependência entre vítima e agressor.

Um misto de medo, confusão, culpa e ilusão fazem parte dos sentimentos da mulher. Por fim, a tensão volta e, com ela, as agressões da fase 1.

Fonte: Imprensa/Sindicato
Fotos: CTB-MG







3 de jun. de 2019

Desemprego no Brasil chega a 12,5% e atinge 13,2 milhões de trabalhadores, diz IBGE

Fonte: Regiane Oliveira - Jornal El País Brasil

A taxa de desemprego no Brasil ficou em 12,5% no trimestre de fevereiro a abril, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgados na última sexta-feira. O índice subiu 0.5 ponto percentual em relação ao trimestre de novembro de 2018 a janeiro de 2019 (12,0%), mas teve uma leve queda de 0.4 ponto percentual na comparação com o mesmo período do ano anterior (12,9%).
O número de pessoas desocupadas chegou a 13,2 milhões, uma alta de 4,4% em relação ao trimestre anterior, de acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), que analisa períodos móveis (novembro, dezembro, janeiro; fevereiro, março e abril etc) e não os trimestres tradicionais. Na comparação com igual período de 2018 ficou estável, segundo o IBGE.
A população subutilizada (28,4 milhões de pessoas) – que agrega desempregados, subocupados por insuficiência de horas (trabalham menos do que gostariam) e força de trabalho potencial (não buscam emprego, mas estão disponíveis) – bateu o recorde da série histórica iniciada em 2012, com alta de 3,9% (mais 1.063 mil pessoas) frente ao trimestre anterior e 3,7% (mais 1.001 mil pessoas) na comparação com igual trimestre de 2018.
O respiro nos indicadores ficou com a geração de empregos com carteira assinada, que, após quatro anos em queda, subiu 1,5% em relação ao mesmo período de 2018, com a geração de 480 mil postos de trabalho, totalizando 33,1 milhões de pessoas empregadas no setor privado. Em relação ao trimestre anterior, no entanto, este indicador ficou estável.
Parte da recuperação é atribuída aos setores de educação e saúde, e também a postos de trabalho de baixo nível educacional na mineração, na construção e no transporte. “O aumento reflete o início de um quadro favorável. É a primeira vez que a categoria carteira de trabalho respira desde o início da crise em 2014”, explica em nota Cimar Azeredo, coordenador de Trabalho e Rendimento do IBGE.
O número de empregados sem carteira assinada (11,2 milhões de pessoas) ficou estável frente ao trimestre terminado em janeiro de 2019 e subiu 3,4% (mais 368 mil pessoas) em relação ao mesmo período de 2018.
Desalento
O número de pessoas desalentadas, aquelas que desistiram de procurar emprego, chegou a 4,9 milhões, um aumentou 4,3% (mais 202 mil pessoas) em relação ao trimestre anterior e 4,2% (mais 199 mil pessoas) frente ao mesmo trimestre de 2018. Já o número de trabalhadores por conta própria (23,9 milhões) ficou estável frente ao trimestre anterior e cresceu 4,1% (mais 939 mil pessoas) frente ao mesmo período de 2018.
Dados do IBGE mostram que os trabalhadores não tiveram aumento no rendimento médio real de 2.295 reais na comparação com períodos anteriores.
Desempregados aguardam em fila para participar de um processo de seleção em São Paulo, em 29 de março. Foto: Amanda Perobelli - Reuters