A Feira Estadual da Agricultura Familiar de Minas Gerais (Agriminas) já beneficiou
centenas de pessoas ao longo das suas 13 edições.
Uma delas é o senhor Artur Ferreira Lima, de 48 anos. Morador
do município de Campina Verde, no Triângulo Mineiro, ele participa da feira
desde a sua primeira edição. No início, Lima lembra que começou vendendo cerca
de 500 pacotes de farinha de mandioca. Passados 13 anos, hoje ele comercializa cerca
de cinco a seis mil pacotes por mês. Os produtos, farinha de mandioca biju e
várias outras temperadas, são vendidos para uma rede de supermercados e vários
sacolões.
“A feira é uma vitrine para nós
que somos pequenos produtores rurais”, resume ele.
Já a dona Maria Marlene Soares
Nunes, de 58 anos, da cidade de Coração de Jesus, no Norte de Minas, participa
pela segunda vez da Agriminas. Ela também espera comercializar todos os seus
produtos. Ao lado da filha e da sobrinha, ele mostra, com orgulho, várias
guloseimas como doce de leite com morango, geleias, requeijão, queijo, pé de
moleque, rapadura e doce de umbu.
“Todos são produtos naturais e
sem conservantes”, lembra ela.
A feira também é uma oportunidade
de negócios para a Comunidade Quilombola de Pontinhas, localizada na cidade de
Paraopeba, cidade distante 100 km de Belo Horizonte. Lá, com o apoio da
Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), por meio do Projeto Pequi, os
moradores passaram a produzir vários produtos a partir da fruta do pequi.
“O projeto começou em 2012 como
uma alternativa a falta de atividade econômica no Quilombo. A partir daí, fizemos estudos ecológicos e várias oficinas com os moradores
para ensiná-los a produzir o óleo e a polpa. Hoje em dia comercializamos
vários produtos com a marca Pontinha do Sabor”, conta Fernanda Stefani Oliveira
dos Santos, de 24 anos.
Na sua barraca na Agriminas, o
visitante vai encontrar polpa do pequi em conserva, creme de pequi, creme de
pequi com pimenta, doce cremoso de pequi, doce de pequi em tablete, óleo de
pequi, castanha de pequi torrada e farofa de pequi.
Fetaemg
A 13ª Agriminas é organizada pela
Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado de Minas Gerais (Fetaemg).
Este ano, a feira conta com mais de 600 expositores de todas as regiões de
Minas, além agricultores convidados dos Estados do Rio Grande do Sul e Espírito
Santo. A expectativa da organização é receber 100 mil visitantes entre
consumidores, agricultores, técnicos e lideranças rurais. A movimentação
econômica deve girar em torno de R$ 8 milhões em negócios.
A Agriminas começou quarta-feira
(7/08) ocorre até domingo (11/08) no Expominas, em Belo Horizonte. A entrada é
gratuita para crianças até 10 anos e idosos acima de 60 anos. Para os demais
públicos, a entrada é R$ 8 (inteira) e R$ 4 (meia). No sábado, das 8h às 22h. No
domingo, último dia. De 8h às 18h.
Fotos: Anderson Pereira
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