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16 de jun. de 2010

Trabalhadores na educação pública de Minas fazem nova paralisação

Os trabalhadores da Educação Pública de Minas Gerais prometem paralisar mais uma vez as atividades nessa quinta-feira, 17 de junho. De acordo com o Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação (Sind-UTE), continua o estado de alerta, apesar de suspensa a greve no dia 25 de maio. Foram 48 dias de mobilização.

Os trabalhadores vão parar as atividades para uma assembleia, a partir das 14h, no Pátio da Assembleia Legislativa, em Belo Horizonte. O Sind-UTE vai colocar em votação a proposta de vencimentos apresentada pelo governador, o tucano Antônio Augusto Anastasia.


Todas as vantagens, chamadas popularmente como “penduricalhos” seriam reunidas numa única parcela de pagamento, chamada de subsídio. Segundo a Agência Minas, os professores da educação básica teriam o salário inicial de R$ 1.320, para 24 horas semanais. Os que optassem pela jornada de 30 horas, receberiam R$ 1.650. O salário máximo, para os trabalhadores com Doutorado, seria de R$ 1.932 e R$ 2.415, respectivamente.

Os subsídios iniciais coincidiriam com o piso nacional do professor, uma reivindicação do movimento grevista. Mas o Sind-UTE destacou, por meio de nota, que o plano do governo “ilude a categoria” e esconde a perda de direitos. O “novo” sistema implicaria no aumento da jornada de professores para 30 horas compulsórias, acabando com vantagens e gratificações conquistadas ao longo da vida funcional.



“Na verdade o movimento colocou em pauta que a propaganda sobre a educação mineira é uma farsa, e agora eles vêm com o discurso de que estão preocupados com a educação”, avaliou Rafael Calado, diretor de Política Educacional da CTB Minas e do Sind-UTE em Ibirité. Anastasia teria elaborado uma estratégia, tentando reverter o desgaste na própria imagem. O sindicalista também acredita que a contraproposta do governador põe em risco benefícios e o plano de carreiras, oferecendo tratamento diferenciado às diferentes categorias.

Uma comissão paritária havia sido anunciada após a suspensão da greve, no dia 25 de maio. A rigor, o grupo deveria chegar ao consenso. O Sind-UTE desaprovou o fato de Anastasia divulgar o “novo” sistema de remuneração antes do fim dos trabalhos, que estava previsto para 15 de junho. Tudo leva a crer que, independente da aprovação pelos trabalhadores, a proposta do governo será enviada à apreciação do legislativo na próxima segunda-feira, dia 21 de junho.

Redação: Verônica Pimenta/Jornalista CTB Minas
Fotos: Sind-UTE

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