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25 de mai. de 2012

Greve dos servidores administrativos de escolas de Ibirité completa dez dias; sindicato denuncia prefeitura ao Ministério Público

Os servidores administrativos de escolas municipais de Ibirité, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), completou dez dias nesta sexta-feira, 25. Em assembleia na última quarta-feira, 23, os trabalhadores decidiram permanecer de braços cruzados por tempo indeterminado. A paralisação conta com a adesão de 80% da categoria.
Os trabalhadores reivindicam redução da jornada de trabalho para 30 horas semanais e 22% de reajuste salarial para serventes, cantineiras, secretários escolares e auxiliares de secretaria, biblioteca e administrativos. Atualmente, a jornada é de 37 horas semanais.
Os servidores também exigem a retomada imediata das negociações, rompidas pela prefeitura, e o fim das perseguições contra os trabalhadores que aderiram ao movimento. Segundo denúncias, trabalhadores estariam sofrendo ameaças de demissão ou substituição, cortes do abono e retirada de pontos na avaliação de desempenho. Para o governo municipal, a greve é “ilegal”.
“Esta greve foi deflagrada porque a prefeitura tem se recusado a negociar com seriedade. Além disso, antes que a categoria decidisse pela paralisação, todas as exigências da lei 7783/89 foram cumpridas. Não há como argumentar que a greve é ilegal”, afirma o diretor do Sind-UTE/Ibirité e da CTB Minas Rafael Calado.
Para Calado, “ilegal é a pressão, os boatos, a truculência e as ameaças que estão sendo feitas”. “Tais práticas atentam contra o exercício do direito de greve, garantido por lei, e já foram denunciadas ao Ministério Público do Trabalho”, informou.
Após a assembleia da última quarta-feira, que contou com a participação da presidente estadual do Sind-UTE, Beatriz Cerqueira, a categoria voltou a percorrer as principais ruas da cidade.

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