Os
servidores administrativos de escolas municipais de Ibirité, na Região
Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), completou dez dias nesta sexta-feira,
25. Em assembleia na última quarta-feira, 23, os trabalhadores decidiram
permanecer de braços cruzados por tempo indeterminado. A paralisação conta com
a adesão de 80% da categoria.
Os
trabalhadores reivindicam redução da jornada de trabalho para 30 horas semanais
e 22% de reajuste salarial para serventes, cantineiras, secretários escolares e
auxiliares de secretaria, biblioteca e administrativos. Atualmente, a jornada é
de 37 horas semanais.
Os
servidores também exigem a retomada imediata das negociações, rompidas pela
prefeitura, e o fim das perseguições contra os trabalhadores que aderiram ao
movimento. Segundo denúncias, trabalhadores estariam sofrendo ameaças de
demissão ou substituição, cortes do abono e retirada de pontos na avaliação de
desempenho. Para o governo municipal, a greve é “ilegal”.
“Esta
greve foi deflagrada porque a prefeitura tem se recusado a negociar com
seriedade. Além disso, antes que a categoria decidisse pela paralisação, todas
as exigências da lei 7783/89 foram cumpridas. Não há como argumentar que a
greve é ilegal”, afirma o diretor do Sind-UTE/Ibirité e da CTB Minas Rafael
Calado.
Para
Calado, “ilegal é a pressão, os boatos, a truculência e as ameaças que estão
sendo feitas”. “Tais práticas atentam contra o exercício do direito de greve,
garantido por lei, e já foram denunciadas ao Ministério Público do Trabalho”, informou.
Após
a assembleia da última quarta-feira, que contou com a participação da presidente
estadual do Sind-UTE, Beatriz Cerqueira, a categoria voltou a percorrer as principais
ruas da cidade.
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