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22 de out. de 2012

Campanha Salarial: Metalúrgicos de Betim e Região recusam proposta dos patrões e aprovam "estado de greve"


Em assembleia realizada no domingo (21), os metalúrgicos de Betim e Região recusaram a última proposta feita pelos patrões e votaram pelo “estado de greve” na categoria, o que significa que, a qualquer momento, já a partir desta segunda-feira (22), algumas empresas podem ter sua produção paralisada.
A assembleia também autorizou o Sindicato a negociar em separado com empresas do setor automotivo, como a Fiat Automóveis e indústrias de autopeças, caso a negociação unificada termine sem consenso.
Os metalúrgicos de Minas Gerais reivindicam reajuste salarial de 12% - percentual que inclui aumento real e reposição da inflação; valorização do piso salarial; abono equivalente a um salário nominal; redução da jornada de trabalho de 44 horas para 40 horas semanais, sem diminuição nos salários.
A proposta recusada pelos trabalhadores prevê reajuste de 6,5% nas empresas com até 50 empregados, sendo 6,5% sobre os salários de setembro 2011 e outros 0,5% em janeiro de 2013. Nas empresas com mais de 50 trabalhadores, a proposta patronal é de pagar um reajuste de 7% (6,5% sobre os salários de setembro de 2011 e 0,5% em janeiro de 2013). Para o piso salarial, a proposta patronal é de reajuste de 7%.
“Os metalúrgicos não aceitam esta proposta e exigem a valorização do seu empenho e trabalho nas fábricas”, afirmou o presidente do Sindicato, João Alves de Almeida.
Durante a assembleia, aos gritos de “trabalhador unido jamais será vencido”, os metalúrgicos prestaram uma homenagem ao operário Vander Lúcio de Araújo, que morreu no 15 deste mês, vítima de acidente de trabalho na metalúrgica Nemak, em Betim.
A assembleia no clube contou com a presença dos deputados federais Assis Melo (RS) e Jô Moraes (MG), ambos do PCdoB.
Fonte: Sindicato dos Metalúrgicos de Betim e Região. 


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