Pesquisa realizada pela
Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (Seade) e pelo Departamento
Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), com base em
dados referentes a 2011, mostra que os trabalhadores negros são maioria em
setores como construção civil e serviços domésticos, que pagam menos, exigem
menor qualificação profissional e têm relações trabalhistas mais precárias. Já
em setores como serviços, indústria e comércio, os não negros predominam.
O resultado é que o
rendimento médio por hora dos trabalhadores negros (R$ 6,28) representa apenas
61% do rendimento dos não negros (R$ 10,30).
Os números da Seade e do
Dieese, da Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED), retratam a situação do
trabalho na região metropolitana de São Paulo e mostram que, mesmo com a redução
das desigualdades ao longo das últimas décadas, ainda existem diferenças
significativas nas condições de trabalho vivenciadas por negros (pretos e
pardos) e não negros (brancos e amarelos).
O estudo analisou cinco
setores econômicos: serviços, indústria, comércio, construção civil e serviços
domésticos. De acordo com o levantamento, 8,4% dos trabalhadores negros estão
na construção civil, enquanto a parcela de não negros empregados neste setor é
de 4,9%. Serviços domésticos empregam 10,1% dos negros, ante 5,4% de não
negros.
No setor de serviços está a
maior parcela de trabalhadores não negros (54,6%), enquanto a dos negros chega
a 48,8%. Na indústria, estão empregados 18,4% dos não negros e 17,2% de negros.
No comércio, as vagas estão com 16,2% dos não negros e 15% de negros.
Em 2011, na Grande São
Paulo, os negros representavam cerca de 34% tanto da População em Idade Ativa
(PIA) e da População Economicamente Ativa (PEA).
Fonte: Portal CTB.
Nenhum comentário:
Postar um comentário