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7 de mai. de 2013

Sem proposta da PBH, servidores municipais mantêm greve


Servidores municipais de Belo Horizonte decidiram manter a greve em assembleia realizada na tarde desta segunda-feira (6), na Praça da Estação, no Centro da Capital. Após o encontro, aproximadamente 2 mil trabalhadores, de diversos setores, seguiram em direção à prefeitura, na Avenida Afonso Pena.
De acordo com o Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Belo Horizonte (Sindibel), como a prefeitura não negociou a pauta de reivindicações, a tendência é manter a paralisação, que teve início no dia 30 de abril.
Segundo o secretário-geral do Sindicato, Israel Arimar, os trabalhadores esperam que a prefeitura altere a proposta de 6,2 % de reajuste no vencimento base de todos os servidores, apresentada no dia 25 de abril.
“Esse reajuste só terá validade efetiva a partir de janeiro de 2014, o que significa que eles fizeram 0% de reajuste para o ano vigente. Nossa intenção é promover o diálogo para que o prefeito repense um pouco essa proposta, pois o movimento está se ampliando cada vez mais”, explica.
Ainda segundo o secretário, 80% dos trabalhadores da área de cultura aderiram à greve nesta segunda-feira e, agora, a paralisação atinge, em média, 70% dos servidores municipais, incluindo áreas da administração, educação, saúde e cultura. “No Hospital Odilon Behrens, por exemplo, apenas 30% dos servidores estão trabalhando. Os que estão lá hoje são apenas funcionários contratados”, afirma.
Passeata
A manifestação foi encerrada por volta de 17h30. O grupo de mais de 2 mil servidores saiu da Praça da Estação em direção à Rua da Bahia. Em seguida, passaram pela Avenida Amazonas até a Praça Sete e seguiram em direção à Avenida Afonso Pena, até a sede da prefeitura.
Segundo Israel Arimar, enquanto alguns trabalhadores ainda circulavam pela Praça Sete, já havia parte dos protestantes chegando próximo à prefeitura, formando mais de quatro quarteirões de passeata.
“Fizemos todo o protesto ocupando apenas uma faixa da via, obedecendo a liminar da prefeitura. Mas o que percebemos que essa proposta é um ‘tiro no pé’, pois o movimento foi ainda mais prolongado já que o tempo de travessia é muito maior”, explicou.
Em nota divulgada no dia 30 de abril, a prefeitura informou que o Tribunal de Justiça de Minas Gerais emitiu liminar determinando que os sindicatos, por ocasião de manifestações e passeatas, ocupem somente um terço das vias arteriais de BH sob pena de multa diária de R$ 100 mil.
Segundo os trabalhadores, a expectativa é de que a prefeitura chame as entidades para restabelecer a negociação. Nesta quarta-feira, os protestos prosseguem na Praça Sete, a partir das 9h, quando os servidores vão distribuir informes à população explicando o motivo da greve. Na quinta-feira, no mesmo horário, os trabalhadores se reúnem em nova assembleia, na Praça da Estação.
Fonte: Estado de Minas.

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