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3 de jul. de 2013

CTB é contra a PLP 200/2012: não à mudança no FGTS!

Representantes do patronato estão pressionando o Congresso a votar e aprovar o Projeto de Lei Complementar (PLP) 200/2012, que extingue a contribuição adicional de 10% incidente sobre os depósitos do FGTS decorrentes de demissões sem justa causa.
A Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) é contra a iniciativa, que, de resto, é desaprovada pelo conjunto do movimento sindical brasileiro e vem na contramão das demandas das ruas, cujo atendimento requer a ampliação dos gastos públicos, de forma que não vivemos um momento propício a desonerações, renúncia fiscal ou redução de impostos.
Os empresários argumentam que o adicional foi introduzido em 2001 para cobrir prejuízos do FGTS provocados pelos planos Verão e Collor e hoje já não faria mais sentido.
Não é esta a opinião dos representantes da classe trabalhadora. O adicional incide exclusivamente sobre demissões imotivadas e o adicional sobre a indenização devida nesses casos funciona como um desestímulo, o que vai ao encontro da Constituição, que determina a coibição das dispensas sem justa causa.
A rotatividade da mão de obra no Brasil já é um escândalo e sem o adicional certamente seria ainda maior, já que as empresas teriam um incentivo a mais (ou um desestímulo a menos) para demitir.
As centrais sindicais propõem a destinação dos recursos arrecadados através do adicional de 10% para um fundo de proteção do emprego durante as crises cíclicas de produção.
Ademais, o grito agudo das ruas por serviços públicos gratuitos e de qualidade (de transporte, saúde, educação, moradia, segurança) sugere a necessidade de ampliar os gastos e investimentos públicos. Não é hora para redução de impostos.
Wagner Gomes, presidente da CTB. 


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