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21 de ago. de 2013

“Congresso é o coroamento de nossa central”, diz Wagner Gomes

Avançar nas mudanças com valorização do trabalho. Esse é o tema do 3º Congresso Nacional da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), que será realizado entre esta quinta-feira (22) e sábado (24), no Palácio de Convenções do Anhembi, em São Paulo (SP).
“O tema do nosso congresso é focado no que mais acreditamos para fortalecer a base dos trabalhadores, que deve ser a unidade da luta sindical”, declarou ao Portal Vermelho o presidente da entidade, Wagner Gomes.
“O nosso terceiro congresso é o coroamento de uma proposta sindical que foi aceita amplamente pelos dirigentes quando propomos a criação da central. Portanto, é uma data na qual a gente vai comemorar o crescimento da CTB e avaliar nossas ações, além de preparar uma agenda de luta para os próximos anos”, completou.
Cerca de 1,5 mil delegados de todo o país participarão do encontro, que debaterá diversos temas relacionados ao mundo do trabalho, no contexto nacional e internacional, além de eleger uma nova diretoria para a próxima gestão (2013-2017).
O ex-presidente da CTB-BA e dirigente nacional da entidade Adilson Araújo é o mais cotado para assumir a CTB Nacional. Em entrevista ao Vermelho, Adilson falou da importância do fortalecimento da central nos estados, como uma nova etapa a ser seguida, tendo em vista que a primeira, de consolidação da central, foi extremamente vitoriosa.
Para ele, esse esforço nos estados deve ter “olhar criterioso na busca de construir intervenção sindical” para ampliar as bases “de forma nuclear à central, mantendo essa sintonia com tudo o que vem sendo construído, a partir da orientação da direção nacional”.
“A CTB vai defender o fortalecimento nos estados porque observamos que há um balanço extremamente positivo destes primeiros anos. A central fundou-se em 2007, em meio a uma crise econômica mundial e o Brasil já estava em um novo curso, desde o primeiro governo Lula. Há uma nova perspectiva, um novo olhar que permite aos trabalhadores continuar o ciclo em que mais de 90% dos trabalhadores conquistaram aumento real de salário, além da reposição. E nos sentimos responsáveis por esse feito”, comemorou o dirigente baiano.
Como Wagner Gomes, Adilson Araújo também acredita que é o momento da Central se impor no cenário sindical como protagonista de debates fundamentais para a construção de uma nova sociedade, a partir da visão do trabalhador, como as questões referentes às grandes cidades contempladas na proposta de reforma urbana dos movimentos de moradia, além, claro, das pautas históricas dos sindicatos de redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais, fim da terceirização, fim do fator previdenciário, reforma agrária, 10% do Produto Interno para a Educação, entre outros.
Para ele, é imperativo que neste congresso seja apresentada uma agenda de lutas voltada a exercer pressão sobre o governo para que o mesmo tenha um olhar mais próximo das demandas da população.
“Devemos ter um posicionamento mais audacioso, disputar a hegemonia do sindicalismo brasileiro e contribuir com a classe trabalhadora, com a luta por um novo tipo de sociedade, livre das mazelas, com perspectiva para o socialismo”, declarou Adilson Araújo.

Fonte: Portal Vermelho.

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