Avançar nas mudanças com
valorização do trabalho. Esse é o tema do 3º Congresso Nacional da Central dos
Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), que será realizado entre esta quinta-feira
(22) e sábado (24), no Palácio de Convenções do Anhembi, em São Paulo (SP).
“O tema do nosso congresso é
focado no que mais acreditamos para fortalecer a base dos trabalhadores, que
deve ser a unidade da luta sindical”, declarou ao Portal Vermelho o
presidente da entidade, Wagner Gomes.
“O nosso terceiro congresso é o coroamento de uma proposta sindical que
foi aceita amplamente pelos dirigentes quando propomos a criação da central.
Portanto, é uma data na qual a gente vai comemorar o crescimento da CTB e
avaliar nossas ações, além de preparar uma agenda de luta para os próximos
anos”, completou.
Cerca de 1,5 mil delegados
de todo o país participarão do encontro, que debaterá diversos temas
relacionados ao mundo do trabalho, no contexto nacional e internacional, além
de eleger uma nova diretoria para a próxima gestão (2013-2017).
O ex-presidente da CTB-BA e
dirigente nacional da entidade Adilson Araújo é o mais cotado para assumir a
CTB Nacional. Em entrevista ao Vermelho, Adilson falou da importância do
fortalecimento da central nos estados, como uma nova etapa a ser seguida, tendo
em vista que a primeira, de consolidação da central, foi extremamente
vitoriosa.
Para ele, esse esforço nos
estados deve ter “olhar criterioso na busca de construir intervenção sindical”
para ampliar as bases “de forma nuclear à central, mantendo essa sintonia com
tudo o que vem sendo construído, a partir da orientação da direção nacional”.
“A CTB vai defender o
fortalecimento nos estados porque observamos que há um balanço extremamente
positivo destes primeiros anos. A central fundou-se em 2007, em meio a uma
crise econômica mundial e o Brasil já estava em um novo curso, desde o primeiro
governo Lula. Há uma nova perspectiva, um novo olhar que permite aos
trabalhadores continuar o ciclo em que mais de 90% dos trabalhadores
conquistaram aumento real de salário, além da reposição. E nos sentimos
responsáveis por esse feito”, comemorou o dirigente baiano.
Como Wagner Gomes, Adilson
Araújo também acredita que é o momento da Central se impor no cenário sindical
como protagonista de debates fundamentais para a construção de uma nova
sociedade, a partir da visão do trabalhador, como as questões referentes às
grandes cidades contempladas na proposta de reforma urbana dos movimentos de
moradia, além, claro, das pautas históricas dos sindicatos de redução da
jornada de trabalho para 40 horas semanais, fim da terceirização, fim do fator
previdenciário, reforma agrária, 10% do Produto Interno para a Educação, entre
outros.
Para ele, é imperativo que
neste congresso seja apresentada uma agenda de lutas voltada a exercer pressão
sobre o governo para que o mesmo tenha um olhar mais próximo das demandas da
população.
“Devemos ter um
posicionamento mais audacioso, disputar a hegemonia do sindicalismo brasileiro
e contribuir com a classe trabalhadora, com a luta por um novo tipo de sociedade,
livre das mazelas, com perspectiva para o socialismo”, declarou Adilson Araújo.
Fonte: Portal Vermelho.
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