Mais de 6 mil pessoas demonstraram sua indignação contra a reforma.
A voz de milhares de trabalhadores e trabalhadoras rurais mobilizados pela Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado de Minas Gerais (Fetaemg) ecoou nas ruas de Belo Horizonte na manhã dessa segunda feira (11). Mais de 6 mil pessoas de todas as regiões do estado vieram a capital mineira para manifestar e mostrar sua indignação contra a reforma da previdência social e todos os desmontes propostos pelo presidente Temer e sua equipe.
A presidenta da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) Minas esteve presente nesse grande ato e falou com os manifestantes sobre a importância de se manterem firmes nessa luta contra a reforma da Previdência.
O ato público, idealizado pelo presidente da Fetaemg, Vilson Luiz da Silva, sua diretoria e as lideranças sindicais, começou por volta das 6h da manhã, com concentração na Praça da Estação. Em seguida os manifestantes seguiram para a agência do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) onde o presidente Vilson , junto a diretora da políticas sociais da Fetaemg, Maria Alves, protocolaram um documento que será entregue ao superintendente do órgão. Este documento é dirigido ao presidente Temer e o Congresso Nacional, e seu conteúdo representa a indignação da classe trabalhadora com vários pontos da reforma previdenciária. A Fetaemg há 50 anos luta pelos trabalhadores e trabalhadoras rurais de Minas Gerais e jamais desistirá da luta. São quase 600 sindicados que sabem que tem uma representação forte e pode contar com a Fetaemg.
“Vamos lutar enquanto é tempo. A previdência social é um patrimônio dos trabalhadores do campo e da cidade, todos nós contribuímos. Se o governo quer cobrar, que seja dos banqueiros e dos grandes empresários que estão devendo, e não dos mais pobres. O governo não quer reformar a previdência e sim acabar com ela, para atender aos interesses de uma minoria. Nós, puxadores de enxada, não vamos aceitar essa reforma. Enquanto houverem trabalhadores e sindicatos fortes e organizados, vamos lutar para que este governo ilegítimo e impopular não retire mais nenhum direito nosso”, afirmou o presidente durante a caminhada.
Vilson reforça que a manifestação não é somente em defesa da previdência social, mas também para resgatar bandeiras de lutas históricas que estão paradas no país. “Hoje estamos aqui também para defender a reforma agrária, o crédito fundiário. Vamos lutar pelo nosso direito de ir e vir, pela democracia e pelo Brasil”, disse. O presidente ainda alerta para que todos observem bem os deputados federais mineiros que estão votando a favor do governo, para que nas próximas eleições sejam eleitos somente aqueles que de fato representam a classe trabalhadora.
A diretora da pasta de previdência social da Fetaemg, Maria Alves, destaca a grandiosidade do ato público promovido pela Federação. “ Hoje Minas Gerais ouve nossa voz, e damos aqui a certeza de que existem trabalhadores que querem viver no campo e acreditam que viver com dignidade é um direito. Por isso vamos continuar nos organizando, fortalecendo nossos sindicatos e continuando em marcha, até que todos os nossos direitos sejam mantidos”, falou.
Fonte: Fetaemg
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