30 de nov. de 2016

Estudantes denunciam excessiva violência policial em Brasília contra jovens desarmados



Movimentos sociais, partidos políticos, centrais sindicais e movimento estudantil repudiam a excessiva violência da Polícia Militar do Distrito Federal, sob as ordens do governador Rodrigo Rollemberg (PSB) contra os manifestantes desta terça-feira (29, em Brasília, contra a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 55, que congela o orçamento da educação e saúde públicas por 20 anos.
No vídeo do Mídia Ninja, cinco policiais armados espancam um rapaz, inclusive já imobilizado. O policial grita com parlamentares que o comandante da operação está mandando avançar sobre os manifestantes. 
A secretária da Mulher da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil no Rio de Janeiro (CTB-RJ), Kátia Branco conta que o aparato policial transformou Brasília numa praça de guerra. “Estava tudo ocorrendo com muita tranquilidade até que os policiais partiram para cima dos manifestantes e de maneira ostensiva, aí a correria foi geral”, denuncia.
Portal CTB – Marcos Aurélio Ruy. Foto: Isabella Lanave


"Até a vitória sempre", diz Raúl Castro em ato de homenagem à Fidel



“Fidel consagrou toda sua vida à solidariedade e encabeçou uma Revolução socialista “dos humildes, pelos humildes e para os humildes”, disse o presidente cubano Raúl Castro, na última terça-feira (29), durante homenagem ao líder da Revolução Cubana, Fidel Castro. 

Mais de 2 milhões de pessoas compareceram à praça da Revolução, em Havana, nesta manifestação que faz parte dos nove dias de luto pela morte de Fidel e acompanharam o discurso de chefes de Estado de todos os continentes. 
O secretário-geral da Federação Sindical Mundial (FSM), George Mavrikos, e o vice-presidente da entidade sindical internacional, João Batista Lemos irão participar das atividades que se encerrarão no próximo sábado (3).   

CTB-MG terá participação no Conselho Estadual da Mulher



Representando a sociedade civil através da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil em Minas (CTB-MG), Terezinha Aguiar, irá compor a nova gestão do Conselho Estadual de Mulheres (CEM).  A secretária de comunicação da CTB-MG, Marilda Silva, também participa do Conselho como suplente. Vinculado a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social de Minas Gerais, o Conselho é responsável por propor e avaliar as políticas públicas voltadas para a promoção das mulheres. O CEM é composto de forma paritária. Terezinha faz parte das 10 conselheiras da sociedade civil. Para tomar posse na gestão que vai até 2018, o Conselho aguarda as indicações das secretarias de governo que devem ocorrer até dezembro.

Segundo Terezinha, ocupar esses espaços é fundamental para fortalecer a trincheira de resistência contra os retrocessos que querem atingir exatamente as mulheres trabalhadoras. “A presença e  representação da nossa Central no Conselho  tem o objetivo de incluir a pauta da mulher trabalhadora. Sabemos que só através da emancipação, do trabalho digno e da luta conseguiremos romper com a opressão, ampliar e  defender o nosso leque de conquistas diante do atual retrocesso” avalia Terezinha Aguiar. 


O Conselho Estadual da Mulher em Minas Gerais tem 25 anos de existência. É composto pela presidenta, vice-presidenta e 20 conselheiras, sendo 10 representantes da Sociedade Civil e as outras 10 representantes do Poder Público Estadual. Os nomes das representantes da sociedade civil foram publicados no Diário Oficial durante o mês de novembro. Para concluir a composição da nova gestão, faltam 4 das 10 conselheiras da cota governamental.

29 de nov. de 2016

3ª Plenária da Juventude Rural da Contag começa nesta terça-feira com transmissão ao vivo




"Juventude na luta por sucessão rural: nenhum direito a menos" é o lema da 3ª Plenária Nacional de Jovens Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais, que acontece de 29 de novembro a 2 de dezembro de 2016, em Brasília. A atividade pretende reunir mais de 400 jovens, entre dirigentes sindicais, membros das Comissões Estaduais de Jovens, participantes do Programa Jovem Saber e dos itinerários formativos da Escola Nacional de Formação da Contag (Enfoc).
O 1º painel sobre a Conjuntura atual: desafios e perspectivas para a luta da juventude trabalhadora rural será tramsitido ao vivo pelo Mídia Ninja, a partir das 14h.
Com caráter propositivo, avaliativo, formativo e organizativo, a plenária visa organizar a participação da juventude nas etapas preparatórias para o 12º Congresso Nacional de Trabalhadores Rurais Agricultores e Agricultoras Familiares (12º CNTTR), que acontecerá em março de 2017. Portanto, durante quatro dias, a Plenária terá como objetivos centrais fazer com que os(as) jovens debatam temas estratégicos, diante da conjuntura nacional e dos desafios para a agricultura familiar, a partir da perspectiva da juventude trabalhadora rural brasileira e do fortalecimento das lutas do MSTTR; orientar e qualificar a participação dos(as) jovens nos processos de preparação e realização do 12º CNTTR; propor estratégias de fortalecimento da organização juvenil no MSTTR e das lutas sindicais; e definir agenda estratégica em defesa das políticas públicas para a juventude e sucessão rural.
Além disso, a programação conta com momentos de análise de conjuntura, apresentação de experiências protagonizadas pela juventude rural nos estados, e painéis sobre sucessão rural, trajetória e novos desafios na organização juvenil no sindicalismo. Todos esses debates convergem para fortalecer a organização e luta da juventude rural em defesa dos direitos conquistados pela classe trabalhadora. Como afirma a secretária de Jovens da CONTAG, Mazé Morais: “defendemos um campo com jovens, com qualidade de vida para a promoção de sucessão rural. Repudiamos o atual cenário de retrocessos que vem sendo imposto pelo Executivo e Legislativo nacional, que afetará as camadas populares, em especial das populações do campo. Por isso, a nossa Plenária lança o grito de: nenhum direito a menos!”
Estão previstos o lançamento do livro “Juventude rural e sua caminhada na Contag” -que traz a trajetória de lutas e conquistas dos jovens trabalhadores e trabalhadoras rurais do MSTTTR-, e uma exposição fotográfica para celebrar os 15 anos da Comissão Nacional de Jovens Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais (CNJTTR).
A realização da Plenária Nacional de Jovens está sendo antecedida pelas etapas estaduais, que já estão dando o tom do que a juventude irá propor e lutar no Congresso da CONTAG, que ocorrerá em março de 2017.
Portal CTB com Contag

CTB: Os povos de todo o mundo estão de luto



O mundo amanheceu de luto neste sábado, 26, com a notícia da morte do líder revolucionário e ex-presidente de Cuba, Fidel Castro, aos 90 anos, na noite de sexta-feira em Havana. A Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) manifesta seu profundo pesar diante deste acontecimento, ao mesmo tempo em que reitera seu apoio e irrestrita solidariedade ao governo, à revolução cubana e aos trabalhadores e trabalhadoras da Ilha socialista, representados pela Central dos Trabalhadores Cubanos (CTC).
Fidel Castro viverá para sempre na memória dos povos da América Latina, da África e de todo o mundo, como um herói da humanidade na luta contra a opressão imperialista e pelos elevados ideais de soberania nacional, justiça social e socialismo. Ao lado de Che Guevara, Raul Castro e outros líderes do Partido Comunista de Cuba, Fidel comandou a revolução que, em 1959, resgatou Cuba do jugo dos EUA e de seu testa de ferro no país, o ditador Fulgêncio Batista, e proclamou o objetivo de construir o socialismo naquela pequena ilha caribenha.
Há décadas a revolução resiste às pressões do mais poderoso e sanguinário império da história humana, construído pelos EUA, o que inclui a fracassada invasão da baía dos porcos em abril de 1961, um criminoso bloqueio econômico, a prisão em Guantánamo. Enfrenta e enfrentou inúmeras dificuldades, inclusive um período especial de dificuldades após a queda da União Soviética, sem abrir mão de suas conquistas, bem como de seu propósito e caráter socialista. Apesar de relativamente pobre, Cuba garante alimentação, saúde e educação para todo o povo e não há notícias de crianças dormindo nas ruas de Havana ou qualquer outra cidade do país.
Homens e mulheres, por mais importante que sejam, passam pela história e são levados inapelavelmente pela morte. Mas as ideias revolucionárias não morrem tão cedo. Elas ficam, como sabia e dizia o comandante Fidel Castro. O exemplo e o pensamento do grande líder cubano estão vivos e têm a vocação de iluminar ainda por muitos e muitos anos os caminhos da revolução, da liberdade, do socialismo.
Salve Fidel!
Viva Cuba, viva a revolução, viva o socialismo!

Adilson Araújo
Presidente Nacional da CTB

Divanilton Pereira
Secretário de Relações Internacionais da CTB

25 de nov. de 2016

Manifestação das centrais sindicais fecha Praça Sete contra PEC da Morte




O coração de Belo Horizonte foi ocupado novamente na manhã desta sexta-feira (25/11) para dizer não à PEC 55, antiga 241, proposta pelo governo golpista que pretende congelar os investimentos públicos no Brasil. Às vésperas da votação da chamada PEC da Morte no Senado, as Centrais Sindicais organizaram novos atos em todo o Brasil. Em Belo Horizonte, a CTB-MG, UGT, Nova Central, Conlutas, Força Sindical, Intersindical e o movimento das ocupações estudantis pararam o centro da capital mineira por quase duas horas. 

O eixo do protesto das centrais sindicais se direciona em defesa da saúde e educação, contra a PEC 55 e reforma do ensino médio; em defesa da aposentadoria - contra a reforma da previdência; em defesa dos direitos e contra a reforma trabalhista; em defesa do emprego e pela redução da jornada de trabalho sem redução salarial. 

Para o vice-presidente da CTB-MG, José Antônio de Lacerda - o Jota - o saldo da manifestação foi positivo. “Cumprimos um desafio importante. Ampliar o movimento nos ajuda neste momento. Essa é  uma tática acertada da CTB” avalia. O ato recebeu muito apoio popular. Com o fechamento das pistas da Avenida Afonso Pena e Amazonas, a polícia militar ensaiou uma ação repressiva, mas a negociação com as centrais garantiu a continuidade do protesto. As pistas ficaram fechadas até às 13h40. 

O ato também serviu como um preparativo para uma grande resistência em Brasília no dia 29 de novembro, data da votação da PEC da Morte  em Plenário do Senado. O movimento sindical e social de Belo Horizonte levará à capital federal uma caravana com cerca de 40 ônibus. Outras caravanas também sairão do interior do Estado.    




    

22 de nov. de 2016


Representantes do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), sindicalistas e parlamentares lamentaram, em reunião da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), que, mesmo após quase 13 anos da chamada “chacina de Unaí”, os assassinos continuam em liberdade. A reunião sobre o tema aconteceu na manhã desta segunda-feira (21/11/16), a pedido do deputado Rogério Correia (PT).
Três auditores fiscais e um motorista foram mortos a tiros quando faziam uma fiscalização de rotina na zona rural de Unaí (Noroeste do Estado) em janeiro de 2004. Os acusados de participação no crime já foram julgados e condenados. Mas os mandantes (os irmãos Antério e Norberto Mânica) e os intermediários (Hugo Pimenta e José de Castro) aguardam em liberdade o julgamento de recurso no Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1), em Brasília
O auditor fiscal do trabalho Athos Vasconcelos disse que o não cumprimento da pena pelos responsáveis pelo crime demonstra impunidade. Segundo ele, a chacina foi um ataque aos servidores e ao Estado. “Estamos às vésperas de se completar 13 anos da chacina, em um tempo em que o governo busca reduzir ou retirar direitos dos trabalhadores. Há um movimento de enfraquecimento da Justiça do Trabalho. Os mandantes do crime foram condenados, mas continuam em liberdade. Queremos que essa condenação se efetive o quanto antes”, pediu.
A também auditora fiscal do trabalho Alessandra Parreira Ribeiro reforçou que a categoria deseja mostrar sua indignação com o não cumprimento da condenação dos assassinos. Ela ressaltou, ainda, que se observa, no Brasil, uma agenda de precarização das classes trabalhadoras. “Não se trata de ameaças, e sim ataques frontais ao que foi conquistado ao longo das últimas décadas. Projetos de lei federais que ampliam a terceirização e retiram direitos avançam no Congresso”, alertou.
Deputados querem agilidade no cumprimento das penas
A deputada federal Jô Moraes (PCdoB-MG) disse que sua sensação é de impotência, uma vez que há uma negação da Justiça 13 anos após a chacina de Unaí. Mesmo assim, ela entende que a classe trabalhadora não pode desistir da luta. Diante disso, sugeriu que comissão solicite à presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Carmen Lúcia, que exija o cumprimento da condenação dos criminosos.

O deputado Rogério Correia lembrou que os trabalhadores prestavam serviços relevantes ao Estado em uma região que historicamente tem denúncias de trabalho escravo. Ele pretende aprovar requerimentos ao STF e ao TRF1 para pedir celeridade no julgamento dos recursos dos condenados pelo crime. Além disso, quer agendar uma visita ao TRF1 para pressionar o órgão no sentido de dar imediato andamento ao processo.


Fonte: ALMG



Prefeitura de Unaí começa a pagar servidores, mas clima ainda é de alerta para salários futuros




Há 27 dias em estado de greve, os servidores públicos de Unaí receberam nesta terça-feira (22/11) o primeiro sinal de recuo da prefeitura após pressão do funcionalismo. Os trabalhadores da educação receberam o salário que estava atrasado desde outubro. Mesmo com o pagamento de uma categoria, a presidenta do Sindicato dos Servidores Públicos de Unaí (SINDSMAIU), Rosalda Campos alerta que a mobilização deve manter-se forte.

Rosalda avalia que além de outras categorias não ter recebido os salários atrasados, a prefeitura não garantiu a normatização dos pagamentos e ainda não deu perspectiva para o 13º salário. Sem nenhuma garantia, a promessa da secretaria de Fazenda é que em novembro o salário de outubro seja pago a todos. Com um mês de atraso e sem saber sobre os recebimentos seguintes, o clima ainda é de tensão na cidade.

O Sindicato ainda contesta a transparência da prefeitura nos repasses dos recursos Fundeb para a educação municipal. Uma solicitação de reunião foi feita à Câmara de Vereadores para que os dados se tornem públicos. Os servidores municipais devem aguardar o resultado das reuniões já agendadas para definir sobre os rumos do movimento reivindicatório na cidade.

Mobilização

O Estado de greve por tempo indeterminado foi definido pela categoria em assembleia no dia 26 de outubro. O atraso de salário pegou de surpresa os quase 1.500 servidores da cidade. Com apoio da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) em Minas Gerais, o SNDSMAIU promoveu junto com os servidores uma manifestação que chamou a atenção da população de Unaí, percorreu as ruas da cidade denunciando o descaso com o funcionalismo.  

Sindicalistas criticam plano de reestruturação que desmonta o Banco do Brasil


"Proposta de desmonte do Banco do Brasil irá afetar, sobretudo, pequenos municípios", externou o presidente do Sindicato dos Bancários da Bahia e membro do Comando Nacional dos Bancários, Augusto Vasconcelos, ao comentar o Plano de Reestruturação do Banco do Brasil, noticiado pela imprensa neste domingo (20).
Vasconcelos criticou anúncio do Conselho de Administração do Banco do Brasil de que agências serão transformadas em postos de atendimento, isso sem falar das desativadas.  "O fechamento de agências do BB pode comprometer a realização de políticas sociais e o próprio desenvolvimento. Esse banco, por exemplo, é o principal responsável pelo crédito rural, sobretudo o destinado à agricultura familiar".
E emendou: "O fechamento de unidades, principalmente no interior, irá agravar a crise nos pequenos municípios. Trata-se de uma instituição pública e a lógica da maximização do lucro não pode ser a única perspectiva. Os bancos públicos devem ter compromisso com o país”. 

Seis secretarias da CTB se encontram para empoderar mulheres, jovens, negros e LGBTs



As secretarias da Mulher Trabalhadora, Juventude Trabalhadora, Igualdade Racial, Políticas Sociais, Formação e Cultura e Comunicação realizaram o Encontro Nacional da CTB: Visão Classista sobre a Diversidade Social para planejar as campanhas sobre a igualdade entre os gêneros, as gerações e as cores deste país, de ampla diversidade.

Os 100 participantes inscritos dividiram-se em quatro grupos: igualdade racial, mulheres, juventude e políticas sociais e cidadania. Cada grupo encaminhou as suas propostas específicas levadas à plenária final.

Veja na matéria de Marcos Aurélio Ruy para o Portal da CTB os debates e os encaminhamentos apresentados no encontro: 

Seis secretarias da CTB se encontram para empoderar mulheres, jovens, negros e LGBTs

PEC 55 e reformas da previdência e trabalhista sabotam futuro do país, afirma presidente da CTB



"A complexa conjuntura exige de nós [movimento sindical e social] contundente resposta. Propostas como a PEC 55 - Proposta de Emenda à Constituição - e as reformas da Previdência e Trabalhista são ataques que podem enterrar conquistas e os sonhos de milhões de brasileiros e brasileiras", externou o presidente da CTB, Adilson Araújo, durante participação do Seminário Contrarreformas Neoliberais de Temer e os Novos Caminhos da Esquerda, realizado pela Fundação Maurício Grabois, nesta segunda-feira (21).

Na oportunidade Araújo alertou sobre o desmonte do Estado e indicou que propostas como "a PEC 55 liquidará os direitos constitucionais até 2018. E para recuperá-las precisaremos de pelo menos um século". E emendou: "E para completar o pacote, o presidente sem voto, Michel Temer, oferta ao país as reformas da Previdência e Trabalhista". 

Veja na matéria do portal da CTB os dados da Anfip [Associação Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil] trazidos por Adilson Araújo que comprovam que a Previdência Social é o maior programa de distribuição de renda da América Latina: 

19 de nov. de 2016

CTB-MG repudia ação violenta da polícia na UFMG




Com bombas, balas de borracha e invasão da UFMG,  a Polícia Militar de Minas Gerais protagonizou mais uma ação de brutal agressão gratuita a uma manifestação em Belo Horizonte. O caso aconteceu nesta sexta-feira (18) na portaria central do campus Pampulha da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Em um protesto pacífico, estudantes que ocupam a Universidade, fecharam s pista da Avenida Antonio Carlos sentido centro para denunciar o ataque aos brasileiros que representa a PEC 55, em tramitação no Senado, e a Medida Provisória de reforma do ensino médio proposta pelo governo golpista de Temer. A reação da PM foi inexplicável e desproporcional. Vídeos mostram a truculência dos policiais que no final da manifestação estudantil disparam um arsenal de bombas de gás lacrimogêneo, gás de pimenta e tiros de balas de borracha. A dispersão dos estudantes foi imediata e, ainda assim, a PM invade a UFMG, território nacional, para continuar as agressões. A CTB-MG repudia o abuso da força policial, o descumprimento constitucional que ameaça gravemente nossa democracia e exige do governo mineiro punição imediata para conter a onda de excessos que a PM vem comentando. 

Essa não é a primeira vez que a PMMG utiliza do aparato policial para intimidar e agredir mobilizações populares. A agressão na UFMG deixou estudantes feridos que foram levados para hospitais da região. A UFMG já tem 18 prédios ocupados em protestos às medidas do governo golpista.  Professores e técnicos iniciaram movimento grevista. A PEC 55, conhecida como PEC da Morte, pretende congelar os investimentos públicos no Brasil nos próximos 20 anos. Na prática, esse é o projeto de estrangulamento das escolas públicas, do SUS e das políticas sociais. É contra o sucateamento do Brasil que essas ocupações, os movimentos sindical, estudantil e social lutam e resistem.

Veja vídeos de alguns dos momentos da violência policial:  



18 de nov. de 2016

Centrais Sindicais se reúnem para organizar o dia 25 em BH




Representantes de Centrais Sindicais em Minas se reuniram nesta quinta-feira (16) na sede da CTB-MG para discutir as mobilizações e paralisações do dia 25 de novembro, Dia Nacional de Lutas. A data faz parte do Novembro de Lutas contra o pacote de maldades do governo golpista. Em Belo Horizonte, o protesto terá concentração na Praça Sete, às 10 horas. Diversas categorias convocam paralisações. Além da classe trabalhadora, o movimento social e estudantil também se mobilizam para participar do grande ato. 

A manifestação acontece na véspera da votação da PEC 55 no Senado. A previsão é que a chamada PEC do Fim do Mundo, que congela os investimentos públicos por 20 anos no Brasil, entre na pauta do Plenário no dia 29. A CTB-MG conclama os ctbistas para intensificar a mobilização junto à classe trabalhadora. Diversas cidades do interior de Minas também se preparam para onda de protestos para dar o recado aos senadores. 



A reunião das centrais também fez um balanço das mobilizações do dia 11 de novembro. 


Em jantar, Temer oferece como prato principal direitos sociais e trabalhistas



Em jantar oferecido a congressistas no Palácio da Alvorada, na noite desta quarta-feira (16), o presidente sem voto Michel Temer serviu como prato principal os direitos sociais e trabalhistas. Para Temer, a "recessão profunda" que vive o Brasil precisa de "medidas amargas" para retomar o crescimento.
Lembremos que a conjuntura política e econômica que o Brasil está mergulhado é fruto de uma das maiores crises do sistema capitalista e da crise política que o grupo de Temer instaurou para construir as condições para o impeachment, sem crime, da presidenta Dilma Rousseff.
"Não vamos ter ilusão que se combate a recessão com medidas doces", afirmou o presidente biônico. Na opinião dele a conta deve ser paga pela classe trabalhadora com a retirada dos direitos sociais e trabalhistas, já que o jantar teve o objetivo de consolidar o apoio à PEC do corte dos investimentos (PEC 55, antiga PEC 241) que tramita nesse momento no Senado.
De acordo com informações do Senado, a votação em primeiro turno está prevista para o dia 29 e o segundo turno será no dia 13 de dezembro. O governo precisa de 49 votos dos 81 senadores para aprovar a medida.
As centrais já anunciaram que irão resistir. "O que está posto é uma severa agenda de ataques contra a classe trabalhadora e a resposta unitária para esta conjuntura bastante adversa é resistir a todo custo", afirmou o presidente da CTB, Adilson Araújo, ao sinalizar que as centrais farão ato, no Senado, do dia da PEC 55, também conhecida como PEC da Morte.
Ainda durante o jantar, o presidente sem voto, voltou a defender a aprovação de uma reforma trabalhista e lembrou que o Supremo Tribunal Federal já deu o pontapé inicial com a anulação do direito de greve por parte dos Servidores Públicos e a desaposentação.
Pelas redes sociais, Araújo comentou o discurso e destacou que "o doce amargo proposto pelo ilegítimo governo Temer está recheado de desprezo, ódio e rancor contra o nosso povo. É fato que a política de congelamento dos investimentos públicos – com o arrocho salarial, desemprego em alta escala e aposentadoria post-mortem – não salvará o país da profunda crise política, econômica e social que mergulhamos pós o golpe".
E emendou: "Como um maître e com o país afundando, Michel segue servindo seus jantares no Palácio do Planalto".
Portal CTB - Joanne Mota, com informações do Palácio do Planalto

16 de nov. de 2016

CLT na mira do Supremo Tribunal Federal



As centrais sindicais e movimentos sociais pressionaram os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), durante vigília em Brasília, a não deferirem um recurso que, na prática, libera a terceirização no mercado de trabalho de forma irrestrita. Ao final do dia, a corte decidiu peloadiamento.
“O STF não pode legislar pelos interesses do rentismo, do grande capital e do mercado”, diz Adilson Araújo, presidente da CTB. O dirigente lembra decisões recentes que afetam direitos da classe trabalhadora.
“Já foi sacramentado pelo STF o fim da desaposentação, deliberado um prenúncio à prevalência do negociado sobre o legislado e se pôs fim ao direito de greve no funcionalismo
público”. A Suprema Corte autorizou no final de outubro o desconto dos dias parados dos salários de servidores em greve.

De Brasília, Ruth Souza 
Foto: Divulgação

*Texto originalmente publicado Jornal Olho Crítico 

Interior de Minas também se mobilizou contra PEC da Morte

Além das manifestações nas capitais brasileiras ocorrida na última sexta (11/11) contra a PEC 55 (antiga 241), o Dia Nacional de Paralisações também aconteceu em diversas cidades no interior de Minas Gerais. Os protestos contra a chamada PEC da Morte, que pretende congelar os investimentos públicos por 20 anos, fazem parte de uma convocação nacional que une a classe trabalhadora no Brasil. Veja algumas fotos dos atos nas cidades de Uberaba, Poços de Caldas e Montes Claros.















Além dessas cidades, a CTB esteve presente em manifestações em outros municípios como Governador Valadares,  Uberlândia, Lavras, Juiz de Fora e Barbacena.

11 de nov. de 2016

Pressão aumenta e milhares de trabalhadores e estudantes tomam as ruas de Belo Horizonte


                                                     Foto: Jornal O Tempo

O suor da luta, da resistência e do sol forte em Belo Horizonte voltou a cair dos rostos dos trabalhadores e estudantes mineiros nesta sexta-feira (11), Dia Nacional de Paralisações para construir a greve geral no Brasil. A manifestação começou de manhã e reuniu as centrais sindicais, trabalhadores(as) de diversas categorias, movimento estudantil e social que marchou pelas ruas da capital mineira ao  som  uníssono contra o governo golpista e as medidas que atacam o povo brasileiro. 

A unidade das centrais sindicais é contra as reformas golpistas que pretendem congelar os investimentos públicos, mexer na previdência e nos direitos trabalhistas. Cartazes, gritos, músicas e falas dos dirigentes sindicais  mostraram à população o que representa a PEC 55 (antiga 241 na Câmara) também conhecida como PEC do FIM do MUNDO e as medidas de retrocessos bombardeadas pelo governo golpista de Temer. Integrantes das ocupações estudantis também tiveram forte presença no ato e reafirmaram que não vai ter recuo com os golpistas. 


O encontro entre as centrais e diversos movimentos que fizeram concentrações em pontos distintos da cidade ocorreu na Praça Sete, coração de Belo Horizonte. De lá, milhares de manifestantes seguiram para a Assembleia Legislativa (ALMG), onde ocuparam uma audiência pública, que tratava da terceirização, para denunciar que o golpe está sendo contra o povo brasileiro. 


O presidente da CTB-Minas, Marcelino da Rocha, convocou a população para somar na luta contra a retirada de direitos e insistiu na necessidade de uma onda de resistência unificada, ampla e democrática. 






Pressão aumenta e milhares de trabalhadores e estudantes tomam as ruas de Belo Horizonte


                                                     Foto: Jornal O Tempo

O suor da luta, da resistência e do sol forte em Belo Horizonte voltou a cair dos rostos dos trabalhadores e estudantes mineiros nesta sexta-feira (11), Dia Nacional de Paralisações para construir a greve geral no Brasil. A manifestação começou de manhã e reuniu as centrais sindicais, trabalhadores(as) de diversas categorias, movimento estudantil e social que marchou pelas ruas da capital mineira ao  som  uníssono contra o governo golpista e as medidas que atacam o povo brasileiro. 

A unidade das centrais sindicais é contra as reformas golpistas que pretendem congelar os investimentos públicos, mexer na previdência e nos direitos trabalhistas. Cartazes, gritos, músicas e falas dos dirigentes sindicais  mostraram à população o que representa a PEC 55 (antiga 241 na Câmara) também conhecida como PEC do FIM do MUNDO e as medidas de retrocessos bombardeadas pelo governo golpista de Temer. Integrantes das ocupações estudantis também tiveram forte presença no ato e reafirmaram que não vai ter recuo com os golpistas. 


O encontro entre as centrais e diversos movimentos que fizeram concentrações em pontos distintos da cidade ocorreu na Praça Sete, coração de Belo Horizonte. De lá, milhares de manifestantes seguiram para a Assembleia Legislativa (ALMG), onde ocuparam uma audiência pública, que tratava da terceirização, para denunciar que o golpe está sendo contra o povo brasileiro. 


O presidente da CTB-Minas, Marcelino da Rocha, convocou a população para somar na luta contra a retirada de direitos e insistiu na necessidade de uma onda de resistência unificada, ampla e democrática. 

Pressão aumenta e milhares de trabalhadores e estudantes tomam as ruas de Belo Horizonte


                                                     Foto: Jornal O Tempo

O suor da luta, da resistência e do sol forte em Belo Horizonte voltou a cair dos rostos dos trabalhadores e estudantes mineiros nesta sexta-feira (11), Dia Nacional de Paralisações para construir a greve geral no Brasil. A manifestação começou de manhã e reuniu as centrais sindicais, trabalhadores(as) de diversas categorias, movimento estudantil e social que marchou pelas ruas da capital mineira ao  som  uníssono contra o governo golpista e as medidas que atacam o povo brasileiro. 

A unidade das centrais sindicais é contra as reformas golpistas que pretendem congelar os investimentos públicos, mexer na previdência e nos direitos trabalhistas. Cartazes, gritos, músicas e falas dos dirigentes sindicais  mostraram à população o que representa a PEC 55 (antiga 241 na Câmara) também conhecida como PEC do FIM do MUNDO e as medidas de retrocessos bombardeadas pelo governo golpista de Temer. Integrantes das ocupações estudantis também tiveram forte presença no ato e reafirmaram que não vai ter recuo com os golpistas. 


O encontro entre as centrais e diversos movimentos que fizeram concentrações em pontos distintos da cidade ocorreu na Praça Sete, coração de Belo Horizonte. De lá, milhares de manifestantes seguiram para a Assembleia Legislativa (ALMG), onde ocuparam uma audiência pública, que tratava da terceirização, para denunciar que o golpe está sendo contra o povo brasileiro. 


O presidente da CTB-Minas, Marcelino da Rocha, convocou a população para somar na luta contra a retirada de direitos e insistiu na necessidade de uma onda de resistência unificada, ampla e democrática. 

“É preciso caminhar juntos” diz Adilson em encontro na CTB-MG






O presidente da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Adilson Araújo esteve em Belo Horizonte para participar da reunião da executiva da CTB-Minas nessa quinta-feira (10). O encontro debateu a conjuntura nacional e as ações de enfrentamento do movimento sindical contra a onda de retrocesso protagonizada pelo governo golpista, com apoio do parlamento. Adilson Araújo chamou atenção para necessidade de unificar os setores progressistas e as centrais sindicais em uma única frente ampla. O encontro aconteceu na sede do Sindicato dos Vigilantes com presença maciça dos ctbistas das várias regiões de Minas. 


Entre as ações táticas para construir essa unidade, Adilson destacou a necessidade de realizar Plenárias Regionais com a participação de todo movimento de resistência ao golpe. Em sua analise de conjuntura, o presidente nacional da CTB reafirmou que a ordem do dia é resistir e ampliar as alianças com as centrais e movimento sociais.  Além disso, Adilson Araújo apontou a importância de acompanhar e atuar na disputa no parlamento. 

“Temos que garantir que teremos o espaço para fazer política, de exercitar o direito de contestar, porque se não for assim, nós ficamos mais frágeis. Na Comissão de Trabalho da Câmara dos Deputados tem muitos projetos que nos dizem respeito. Só neste último período temos o projeto que trata do custeio das entidades sindicais, mas também temos o projeto para acabar com o imposto sindical.” 

Adilson fez um balanço do risco de retrocesso nas políticas sociais com as ações iniciadas pelo governo golpista de Temer. “Os Ministérios vinculados às pastas sociais praticamente foram extintos. As questões agrárias foram entregues ao Ministro do Planejamento. A PEC 241,que agora é PEC 55, congela investimentos e não aponta perspectiva de retomada de crescimento” contesta.

Os(as) ctbistas mineiros discutiram e propuseram ações de enfrentamento no estado. Para o vice-presidente da CTB-Minas, José Antonio de Lacerda, o Jota, é importante reafirmar a construção de de encontros regionais em uma frente ampla e democrática. 


O secretario de finanças  da CTB-Minas Leonardo Freitas destacou os desafios jurídicos que a CTB enfrenta e as formas de financiar a luta. O presidente do Sindicato dos Vigilantes Romualdo Alves relembrou o enfrentamento nas negociações coletivas com o ataque da regra do negociado sobre o legislado. A secretária de comunicação da CTB Marilda Silva sinalizou para importância de unir as massas.  


9 de nov. de 2016

CTB-MG reforça Dia Nacional de Paralisação nesta sexta 11


Neste último período nunca sofremos tantos ataques como temos sofrido”, declarou o presidente da CTB-MG, Marcelino Rocha, ao referir-se as políticas do governo golpista de Michel Temer que vão contra os direitos da classe trabalhadora.
Para defender os direitos sociais e trabalhistas as centrais sindicais realizarão nesta sexta-feira (11) o Dia Nacional de Paralisação. Em Belo Horizonte, o ato será a partir das 11h na Praça Sete de Setembro.



Entre o ódio e o preconceito, surge o próximo presidente dos EUA: Donald J. Trump



Na madrugada desta quarta-feira, o impensável aconteceu.
Donald J. Trump, o papa do ódio norte-americano, tornou-se o 45º presidente dos Estados Unidos.
Trump venceu uma corrida apertada contra a ex-secretária de Estado e primeira-dama Hillary Clinton, ultrapassando a marca dos 270 delegados para formar a maioria do Colégio Eleitoral. O empresário, apesar de não ter carreira nenhuma na política nem qualquer qualificação que o colocasse à altura do cargo, viu sua pontuação subir gradativamente ao longo da noite, com a margem de vitória lentamente virando a seu favor. Os resultados dos estados sem preferências foi o fator determinante da vitória.
A polarização americana se mostrou mais presente do que nunca. Enquanto os estados costeiros dos dois lados votaram majoritariamente no Partido Democrata, de Hillary Clinton, o interior do país uniu-se a Trump em peso. A população rural, especificamente, contribuiu para virar estados que no passado eram dominados por correntes progressistas, mas um segundo grupo demonstrou uma preferência inusitada pelo candidato excêntrico: a classe trabalhadora dos estados mais pobres. Mesmo com o apoio pesado dos afro-americanos e mulheres estadunidenses, o Partido Democrata não conseguiu reverter a rejeição às velhas práticas políticas de Washington - representadas, sem dúvida, pela sua candidata, uma figura atuante há muitas décadas no jogo de poder.
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NO GRÁFICO: probabilidade de vitória ao longo da noite. O que era uma vitória certa para Hillary Clinton mudou de forma repentina, quando se abriram as urnas das zonas rurais do centro do país (Fonte: New York Times)
O resultado vem ao final de uma campanha recheada de insultos e mentiras, em que os dois lados trocaram ataques como jamais se viu em uma disputa política naquelas terras. A disputa infectou o eleitorado, provocando manifestações de ódio ao longo da noite. Trump, um bilionário racista e misógino, construiu uma campanha centrada na xenofobia e na criminalização de sua oponente, que nas últimas semanas teve que enfrentar um escândalo diretamente ligado ao FBI. Isso criou uma onda de rejeição extremamente perceptível contra Hillary. Nos debates, Trump se portou com uma falta de educação inédita para um candidato ao cargo, que só pode ser compreendida como um sintoma do ódio profundamente arraigado no eleitorado norte-americano.
Hillary, por outro lado, dedicou sua campanha para denunciar o comportamento abertamente fascista de Trump, mas falhou em separar sua imagem dos magnatas da indústria armamentista e do mercado financeiro. Ao final, focou seu poder de fogo em uma suposta cumplicidade entre seu rival e o presidente russo, Vladimir Putin, insinuando interferência do governo daquele país no processo eleitoral.
Conforme foi se tornando claro que um vitória de Trump seria inevitável, as reações do mercado financeiro ao redor do mundo foram se tornando cada vez mais agitadas. As bolsas de valores asiáticos, que estavam abertas durante a apuração, sofreram forte queda, e as bolsas americanas acordaram com movimentações apavoradas de investidores internacionais.
Um dos dados mais relevantes conseguidos pelas pesquisas do jornal New York Times foi o dos motivos para a eleição de Trump: a maioria dos eleitores que escolheram o republicano disseram tê-lo feito na expectativa de “levar mudança a Washington e dar um basta na corrupção - um discurso muito similar ao da campanha de Aécio Neves em 2014, aqui no Brasil. Quase todos os eleitores, no entanto, expressaram desalento com o clima extremamente negativo das campanhas.
A vitória de Trump não é apenas uma bofetada no Partido Democrata, mas em grande parte da elite política e financeira norte-americana. O bilionário começou sua trajetória de campanha como uma piada interna do Partido Republicano, sem ser levado a sério nem mesmo por seus oponentes internos. Sua imensa fortuna pessoal, no entanto, facilitou a estabilização de sua candidatura, ao libertá-lo das exigências ideológicas que normalmente são impostas aos candidatos dos grandes doadores. Sem as amarras da política tradicional, Trump tornou-se uma espécie de avatar da anti-política nos Estados Unidos, desrespeitando tudo e todos diante de uma audiência de milhões. Tivesse sido seu oponente um ator igualmente afastado do controle das elites, como o senador progressista Bernie Sanders, talvez o tiro saísse pela culatra. Contra Hillary, porém, o discurso a atingiu em cheio.
Tal qual um Jair Bolsonaro que fala inglês, Trump acabou se tornando a incorporação do protesto da população contra uma prática política cada vez mais desconectada do mundo real. Também lá, chegou a hora de a esquerda fazer a auto-crítica.
Por Renato Bazan - Portal CTB