18 de nov. de 2016

Em jantar, Temer oferece como prato principal direitos sociais e trabalhistas



Em jantar oferecido a congressistas no Palácio da Alvorada, na noite desta quarta-feira (16), o presidente sem voto Michel Temer serviu como prato principal os direitos sociais e trabalhistas. Para Temer, a "recessão profunda" que vive o Brasil precisa de "medidas amargas" para retomar o crescimento.
Lembremos que a conjuntura política e econômica que o Brasil está mergulhado é fruto de uma das maiores crises do sistema capitalista e da crise política que o grupo de Temer instaurou para construir as condições para o impeachment, sem crime, da presidenta Dilma Rousseff.
"Não vamos ter ilusão que se combate a recessão com medidas doces", afirmou o presidente biônico. Na opinião dele a conta deve ser paga pela classe trabalhadora com a retirada dos direitos sociais e trabalhistas, já que o jantar teve o objetivo de consolidar o apoio à PEC do corte dos investimentos (PEC 55, antiga PEC 241) que tramita nesse momento no Senado.
De acordo com informações do Senado, a votação em primeiro turno está prevista para o dia 29 e o segundo turno será no dia 13 de dezembro. O governo precisa de 49 votos dos 81 senadores para aprovar a medida.
As centrais já anunciaram que irão resistir. "O que está posto é uma severa agenda de ataques contra a classe trabalhadora e a resposta unitária para esta conjuntura bastante adversa é resistir a todo custo", afirmou o presidente da CTB, Adilson Araújo, ao sinalizar que as centrais farão ato, no Senado, do dia da PEC 55, também conhecida como PEC da Morte.
Ainda durante o jantar, o presidente sem voto, voltou a defender a aprovação de uma reforma trabalhista e lembrou que o Supremo Tribunal Federal já deu o pontapé inicial com a anulação do direito de greve por parte dos Servidores Públicos e a desaposentação.
Pelas redes sociais, Araújo comentou o discurso e destacou que "o doce amargo proposto pelo ilegítimo governo Temer está recheado de desprezo, ódio e rancor contra o nosso povo. É fato que a política de congelamento dos investimentos públicos – com o arrocho salarial, desemprego em alta escala e aposentadoria post-mortem – não salvará o país da profunda crise política, econômica e social que mergulhamos pós o golpe".
E emendou: "Como um maître e com o país afundando, Michel segue servindo seus jantares no Palácio do Planalto".
Portal CTB - Joanne Mota, com informações do Palácio do Planalto

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