Contraproposta feita pelos patrões foi considerada um retrocesso nos direitos da categoria.
Após 14 rodadas de negociações da Campanha Salarial Unificada dos Vigilantes de Minas Gerais 2018, a patronal continua insistindo em retirar uma série de direitos dos trabalhadores e trabalhadoras, assegurados na Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) da categoria. Não bastasse, os patrões também não abrem mão de oficializar, na Convenção, diversos prejuízos estabelecidos pela reforma trabalhista imposta pelo governo golpista e ilegítimo de Michel Temer (MDB).
Na reunião realizada na Superintendência do Trabalho e Emprego em Minas Gerais (SRTE-MG), em Belo Horizonte, no dia 19 de março, a pedido das entidades representativas dos vigilantes no Estado, a representação patronal pediu para realizar mais uma rodada de negociações diretamente com os sindicatos dos trabalhadores, nesta terça-feira (27), alegando que pretendia apresentar uma nova contraprosta à pauta de reivindicações dos vigilantes. Mas, a nova proposta foi considerada ainda pior do que a anterior.
"A nova contraproposta feita pelos patrões é indecente e inaceitável, pois acaba com direitos históricos da categoria, como a homologação no Sindicato e o adicional noturno. Além disso, é prejudicial no que diz respeito à compensação de horas, banco de horas de um ano e nas horas extras após a jornada de 12 horas", critica o presidente do Sindicato dos Vigilantes de Minas Gerais, Edilson Silva (foto).
Para ele, essa ofensiva da patronal, que tem dificultado ainda mais as negociações deste ano, é reflexo da reforma trabalhista. "Apoiados na reforma de Temer, os patrões nunca demonstraram tanta disposição em acabar com os direitos da categoria. Mas, não podemos aceitar que coloquem a faca no nosso pescoço. Temos que resisitir e reagir à essa investida", ressalta.
Novas reuniões
Segundo o presidente do Sindicato, a data-base da categoria, que é o mês de janeiro, está assegurada até 20 de abril. "Praticamente, já estamos entrando no mês de abril sem obtermos uma contraprosta às nossas reivindicações que seja possível de ser apresentada aos trabalhadores e trabalhadoras. Mas, com a garra da diretoria, juntamente com o conjunto dos vigilantes, é possível mudar essa situação. Para tanto, não podemos abrir a guarda. Temos que intensificar nossa união e mobilização para quebrar a intransigência patronal", orienta.
Mais duas reuniões entre as partes estão previstas para as próximas semanas, uma entre as entidades representantivas dos vigilantes e os patrões, no dia 6 de abril, e outra com a intermediação do Ministério do Trabalho, no dia 11 de abril, na SRTE.
"Chegamos a um momento crucial da Campanha Salarial, que exige de cada um de nós, sindicalistas e trabalhadores, muita mobilização e união para não perdermos direitos. Tão importante quanto lutarmos pela melhoria dos salários, benefícios e condições de trabalho, é defendermos nossos direitos garantidos na Convenção Coletiva de Trabalho (CCT). Por isso, contamos com o apoio de todos e todas para, se preciso, fazermos uma grande manifestação no Estado em protesto contra essa intransigência patronal e até mesmo cruzarmos os braços", reforça Silva, que lembra que a categoria no Estado está em "estado de greve" desde 27 de fevereiro.
Fonte: Imprensa do Sindicato dos Vigilantes de Minas Gerais.
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