As Centrais Sindicais abaixo
assinadas, reunidas em 11 de setembro, em São Paulo, decidiram manifestar
apoio à manutenção do veto presidencial ao Projeto de Lei Complementar nº 200,
de 2012, que extingue a multa de 10% sobre o saldo do Fundo de
Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) dos trabalhadores.
Consideramos que os recursos
do FGTS vêm cumprindo, além das finalidades específicas de proteção ao
trabalhador, a função social e econômica maior de apoiar e financiar políticas
públicas fundamentais, como as de habitação e saneamento, além de hoje
contribuir com os investimentos em infraestrutura.
Os impactos macroeconômicos sobre o emprego, a produção, o crescimento e a distribuição de renda devem ser considerados, em especial no atual contexto em que os empresários e as atividades produtivas já têm sido objeto de amplas políticas de desoneração tributária.
Colocamos ainda, na pauta de negociação nacional apresentada pelas Centrais Sindicais, o grave problema da rotatividade dos postos de trabalho no Brasil.
Consideramos que essa questão deve ser abordada no quadro de uma política ampla de proteção ao emprego da qual o FGTS faz parte. Por isso, consideramos que mudanças desse tipo, que alteram a base de financiamento de políticas públicas, especialmente aquelas que apoiam o investimento produtivo e social e a proteção laboral, devem ser objeto de análise cuidadosa e de escolhas construídas no espaço do diálogo social.
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