O Dia Internacional de Ação,
idealizado pela Federação Sindical Mundial (FSM) há 68 anos, foi marcado em
Minas Gerais, nesta terça-feira (3), com a realização de um ato público no
início da manhã na portaria da metalúrgica Vallourec Tubos do Brasil, em Belo
Horizonte.
Com bandeiras da Central e
da FSM, dirigentes da CTB e de sindicatos filiados entregaram aos
trabalhadores, durante a troca de turnos da empresa, um panfleto produzido especialmente
para a data, com informações sobre o Dia Internacional de Ação e as bandeiras
de lutas propostas pela Federação Sindical Mundial para este ano.
“Escolhemos esta fábrica por
se tratar de uma multinacional de grande representatividade no contexto da
globalização, símbolo do capitalismo e de suas contradições. Além disso, os
trabalhadores da Vallourec têm tradição de luta e sempre apoiaram as atividades
sindicais aqui realizadas, num exemplo de combatividade para a classe
trabalhadora”, disse o vice-presidente da CTB Minas José Antônio de Lacerda, o
“Jota”.
Fundada em 1997 e com
dezenas de plantas industriais e negócios em países como Brasil, Alemanha, França,
Estados Unidos e China, a Vallourec é uma holding de capital francês. Em Belo
Horizonte, a empresa ocupa uma área de cerca de 3 milhões de metros quadrados,
onde produz tubos de aço sem costura.
Luta por direitos
Este ano, a Federação
Sindical Mundial, entidade à qual a CTB é filiada, propôs, numa corrente
mundial de resistência, que dirigentes de sindicais e trabalhadores saíssem às
ruas em todos os países por um mundo sem pobreza, guerras imperialistas, torturas
ou exploração capitalista.
Segundo a nota divulgada
pela FSM, devemos unimos nossas vozes e mostramos nossa determinação na ação
conjunta com nossos irmãos e companheiros em todo o mundo, marchando com
entusiasmo por alimentos, água, saúde, livros, moradia e trabalho para todos.
Para a Federação Sindical
Mundial, “uma vida digna pressupõe que todas estas demandas dos trabalhadores
sejam resolvidas, que as massas populares tenham trabalho estável, um bom
salário, boas aposentadorias, seguridade social pública, educação pública e
gratuita”.
“Exigimos a satisfação das necessidades
básicas modernas da população. Uma demanda realista e aplicável, baseada nas
habilidades produtivas da força de trabalho qualificada, nos recursos
produtores de riqueza, na riqueza natural e mineral e no desenvolvimento
científico e tecnológico que se amplia constantemente”, acrescenta a nota.
Para a FSM, não há razão
alguma para que exista pobreza, guerras imperialistas, destruição, tortura, exploração
capitalista, privatização dos bens e recursos públicos, dos hospitais e do
sistema educacional, além da voracidade cruel dos poucos capitalistas, com a
finalidade de lucro e os mecanismos e estados que apoiam tudo isso, causando sofrimento,
escassez, altos preços e contaminação ambiental.
Os altos lucros seguem
existindo e sobem durante a crise internacional capitalista, além da concorrência
entre os capitalistas individuais ou de grupos, as fusões, o fechamento de
empresas e indústrias, a transferência da produção para outros países com
salários mais baixos ou direitos trabalhistas inexistentes, a maior exploração
dos diversos setores da classe trabalhadora e o desemprego extremo em muitas
partes do mundo.
“É nosso futuro contra seus
lucros! Marchemos com entusiasmo também por educação pública e gratuita de
qualidade para todos, seguridade social pública, medicamentos, saneamento
básico e melhores salários para todos; contra a terceirização (PL 4.330) e o
leilão de libra e em defesa dos recursos naturais. Todos e toda nas lutas pelos
nossos direitos”.
Fontes: CTB Minas e FSM.
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