O centro da capital mineira parou na tarde desta quarta-feira (15/04)
para dizer não ao Projeto de Lei 4.330, que pretende implementar a
terceirização sem limites no Brasil. Centrais Sindicais e movimentos sociais
convocaram a classe trabalhadora para protestos unificados em todo o país com
objetivo de pressionar os deputados a retirar da pauta o projeto que representa
a precarização do trabalho e afronta a legislação trabalhista. Em Minas Gerais,
o protesto começou cedo. Por volta das 5 horas, metalúrgicos, petroleiros,
professores, refratários, servidores públicos, químicos, rodoviários e demais
categorias, paralisaram as atividades, fecharam a BR-381 em Contagem e protestaram
em frente à refinaria Grabriel Passos (Regap), em Betim. Já no período da
tarde, os trabalhadores mineiros se concentraram na Praça Afonso Arinos e
seguiram em passeata até a Praça Sete, coração de Belo Horizonte.
A pressão das ruas, das redes sociais e da sociedade civil organizada
conseguiu que a votação do projeto que tramita em caráter de urgência fosse
adiado. Após os protestos que ocorreram em pelo menos 18 estados, o presidente
da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, que empurra a discussão do projeto para
o dia 22 de abril. A data para as manifestações deste dia 15 de abril foi
escolhida porque os deputados que representam o loby dos empresários
pretendiam votar a terceirização sem limites também nesta quarta. Agora, o
projeto volta a pauta na semana que vem e a classe trabalhadora organiza novo
movimento contra o PL 4.330.
Para o presidente da CTB-Minas, Marcelino Rocha, a mobilização dos
trabalhadores demonstra que a sociedade brasileira não aceita ataques aos
direitos trabalhistas. “A suspensão da continuidade do debate na Câmara, mesmo
com a aprovação da semana passada, é fruto das manifestações e das denuncias
que o movimento sindical e social e as centrais estão fazendo aos deputados que
querem rasgar a CLT.”
Além das centrais sindicais e movimentos sociais, se manifestam contra o
PL 4.330 a Associação de Magistrados, o Tribunal Superior do Trabalho e
diversos juízes da área trabalhista.
Nenhum comentário:
Postar um comentário