Em uma das maiores manifestações da história recente de Belo Horizonte, cerca de 150 mil mineiros se somaram aos protestos nacionais que marcaram o Dia de Luta contra o desmonte da previdência nesta quarta-feira (15). Os protestos ocorrem no dia em que a Câmara dos Deputados instala a Comissão Especial da Reforma da Previdência. Além de BH, os protestos com grande coro Fora Temer aconteceram no interior de Minas. Contra as reformas dos golpistas, os mineiros e mineiras ocuparam as ruas de Uberaba, Governador Valadares, Betim, Lavras, Varginha, Itajubá, Santo Antonio do Monte, dentre outras cidades.
O número recorde de manifestantes percorreu também um trajeto extenso e bem maior que os protestos que marcaram o último periódo. As informações compartilhadas pelos(as) manifestantes durante a passeata davam conta que enquanto as últimas pessoas ainda saíam da Praça Sete, o início da manifestação chegava próximo à Praça da Assembleia, na avenida Olegário Maciel, uma diferença de mais de 2km.
A perversidade da proposta do governo ilegítimo de Temer justifica a grande adesão dos brasileiros e brasileiras aos protestos. Se a chamada PEC da Morte passar no Congresso, levará a grande maioria dos(as) brasileiros(as) a na prática não ter direito a aposentadoria.
Professores e professoras, uma das categoria que sofrerá grande impacto, estiveram em peso na manifestação desta quarta. As principais escolas particulares de Belo Horizonte aderiram a paralisação nacional. A presidenta do Sindicato dos Professores do Estado de Minas Gerais (Sinpro-Minas), Valéria Morato, foi uma das lideranças que conduziram o ato. Valéria chamou atenção da população belo-horizontina para ir à luta em defesa do presente e do futuro enquanto ainda dá tempo. Morato afirmou que a PEC não tem condições de ser melhorada, que a luta é para barrar a proposta por completo.
Ex-ministro lista outras medidas que governo golpista ignora
Já na Assembleia Legislativa de Minas Gerais, a multidão participou do que os parlamentares chamaram de audiência popular. No pátio da ALMG, o ato contou também com a presença do ex-ministro da Previdência Social Carlos Eduardo Gabas.
Gabas rechaçou a PEC da reforma na Previdência e apontou que existem saídas que não têm como caminho a retirada de direitos. Segundo ele, uma das medidas deveria ser a cobrança de devedores da previdência. De acordo com dados da Procuradoria-Geral da Fazenda, mais de 500 empresas e instituições devem a previdência R$426,07 bilhões. A dívida fica em mais de R$ 1 bilhão por ano.
Como estratégia para barrar a PEC da Morte, a pressão nas bancadas dos deputados e deputadas do Estado foi reforçada. Uma reunião institucional entre parlamentares estaduais e federais deve acontecer. Além disso, as lideranças sindicais orientaram as pessoas a entrarem em contato com os deputados federais para exigir posicionamento contrário ao desmonte da previdência proposto pelo governo de Temer.
No interior de Minas Gerais, o grito contra a reforma e contra o governo Temer:
Em Uberaba, a manifestação ocupou a Câmara dos Vereadores
Transporte público parou em Governador Valadares
Em Betim, região metropolitana de BH, também teve passeata pela cidade contra o desmonte da previdência
Em Lavras, o protesto foi em frente ao INSS
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