16 de mar. de 2017

Em BH, milhares repudiam desmonte da previdência em manifestação histórica




Em uma das maiores manifestações da história recente de Belo Horizonte, cerca de 150 mil mineiros se somaram aos protestos nacionais que marcaram o Dia de Luta contra o desmonte da previdência nesta quarta-feira  (15). Os protestos ocorrem no dia em que a Câmara dos Deputados instala a Comissão Especial da Reforma da Previdência. Além de BH, os protestos com grande coro Fora Temer aconteceram no interior de Minas. Contra as reformas dos golpistas, os mineiros e mineiras ocuparam as ruas de Uberaba, Governador Valadares, Betim, Lavras, Varginha, Itajubá, Santo Antonio do Monte, dentre outras cidades.


O número recorde de manifestantes percorreu também um trajeto extenso e bem maior que os protestos que marcaram o último periódo. As informações compartilhadas pelos(as) manifestantes durante a passeata davam conta que enquanto as últimas pessoas ainda saíam da Praça Sete,  o início da manifestação chegava próximo à Praça da Assembleia, na avenida Olegário Maciel,  uma diferença de mais de 2km. 




A perversidade da proposta do governo ilegítimo de Temer justifica a grande adesão dos brasileiros e brasileiras aos protestos. Se a chamada PEC da Morte passar no Congresso, levará a grande maioria dos(as) brasileiros(as) a na prática não ter direito a aposentadoria. 

Professores e professoras, uma das categoria que sofrerá grande impacto, estiveram em peso na manifestação desta quarta. As principais escolas particulares de Belo Horizonte aderiram a paralisação nacional. A presidenta do Sindicato dos Professores do Estado de Minas Gerais (Sinpro-Minas), Valéria Morato, foi uma das lideranças que conduziram o ato. Valéria chamou atenção da população belo-horizontina para ir à luta em defesa do presente e do futuro enquanto ainda dá tempo. Morato afirmou que a PEC não tem condições de ser melhorada, que a luta é para barrar a proposta por completo.



Ex-ministro lista outras medidas que governo golpista ignora 

Já na Assembleia Legislativa de Minas Gerais, a multidão participou do que os parlamentares chamaram de audiência popular. No pátio da ALMG, o ato contou também com a presença do ex-ministro da Previdência Social Carlos Eduardo Gabas. 

Gabas rechaçou a PEC da reforma na Previdência e apontou que existem saídas que não têm como caminho a retirada de direitos. Segundo ele, uma das medidas deveria ser a cobrança de devedores da previdência. De acordo com dados da Procuradoria-Geral da Fazenda, mais de 500 empresas e instituições devem a previdência R$426,07 bilhões. A dívida fica em mais de R$ 1 bilhão por ano. 



Como estratégia para barrar a PEC da Morte, a pressão nas bancadas dos deputados e deputadas do Estado foi reforçada. Uma reunião institucional entre parlamentares estaduais e federais deve acontecer. Além disso, as lideranças sindicais orientaram as pessoas a entrarem em contato com os deputados federais para exigir posicionamento contrário ao desmonte da previdência proposto pelo governo de Temer.  













No interior de Minas Gerais, o grito contra a reforma e contra o governo Temer:  



Em Uberaba, a manifestação ocupou a Câmara dos Vereadores


Transporte público parou em Governador Valadares


Em Betim, região metropolitana de BH, também teve passeata pela cidade contra o desmonte da previdência


Em Lavras, o protesto foi em frente ao INSS


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