Garantir a assistência às vítimas
e familiares dos(as) trabalhadores(as) que estavam na usina da Gerdau quando explodiu na última terça-feira (15/08).
Foi com esse objetivo que a Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil
em Minas Gerais (CTB-MG) e a Federação Intermunicipal dos Metalúrgicos
(Fitmetal) acompanharam a visita da Comissão de Trabalho da Câmara dos
Deputados na cidade de Ouro Branco na manhã de hoje (21). A deputada federal Jô
Moraes (PCdoB) representou os parlamentares da comissão. A explosão matou dois
trabalhadores e feriu 12. No ano passado outro “acidente” provocou cinco
mortes.
A exposição dos(as) trabalhadores(as)
ao risco de morte durante o exercício do trabalho preocupa. O grupo de
sindicalista e a deputada Jô Moraes se reuniram com a direção do Sindicato dos Metalúrgicos
de Ouro Branco e estiveram na Câmara dos Vereadores da cidade. Uma audiência
pública está agendada para o dia 4 de setembro.
Os(as) sindicalistas cobram a
definição de medidas que responsabilize a
Gerdau e estabeleça a prevenção da saúde e segurança dos(as) trabalhadores(as).
O presidente da Fitmetal Marcelino Rocha afirma que um documento que envolve
diferentes entidades está sendo articulado nacionalmente para exigir “da
Gerdau plano de ação para minorar os acidentes de trabalho e evitar mortes como
tem ocorrido nesses 12 meses”, enfatiza.
Já a presidenta da CTB-MG Valéria
Morato reforça que com o histórico de acidentes na planta da usina, essa última
explosão se torna um crime que expõe a vida do trabalhador. “Isso demonstra o descompromisso da Gerdau com
a saúde e segurança dos(as) trabalhadores(as)”.
Valéria também chama atenção para
o grave momento político do Brasil e o impacto deste crime com a devastação dos
direitos trabalhistas. A reforma trabalhista expõe ainda mais a situação da
classe trabalhadora com a perda de direitos como a pensão por morte. “A vida do
trabalhador é medida pelo seu salário, diferenciando e estabelecendo cada vez
mais a divisão de classes em nosso país” explica Valéria.
Até o momento a Gerdau não
apresentou nenhuma resposta e o sindicato não teve sequer autorização para
visitar o local da explosão. Uma das reivindicações dos dirigentes do sindicato
é criar um comitê de emergência para evitar essas fatalidades.
Essas medidas também estão sendo
cobradas pela deputada Jô Moraes. “Em nome da Comissão do Trabalho estamos aqui
acompanhando esta proposta para que a Gerdau garanta um plano de ação
emergencial de prevenção do acidente de trabalho. Não queremos mais vítimas.
Queremos além do emprego, também as vidas”, afirmou Jô em uma transmissão ao
vivo que fez pelo Facebook.
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