22 de ago. de 2017

CTB-MG acompanha em Ouro Branco providencias para responsabilização de mortes de metalúrgicos




Garantir a assistência às vítimas e familiares dos(as) trabalhadores(as) que estavam na usina da Gerdau  quando explodiu na última terça-feira (15/08). Foi com esse objetivo que a Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil em Minas Gerais (CTB-MG) e a Federação Intermunicipal dos Metalúrgicos (Fitmetal) acompanharam a visita da Comissão de Trabalho da Câmara dos Deputados na cidade de Ouro Branco na manhã de hoje (21). A deputada federal Jô Moraes (PCdoB) representou os parlamentares da comissão. A explosão matou dois trabalhadores e feriu 12. No ano passado outro “acidente” provocou cinco mortes.

A exposição dos(as) trabalhadores(as) ao risco de morte durante o exercício do trabalho preocupa. O grupo de sindicalista e a deputada Jô Moraes se reuniram com a direção do Sindicato dos Metalúrgicos de Ouro Branco e estiveram na Câmara dos Vereadores da cidade. Uma audiência pública está agendada para o dia 4 de setembro.

Os(as) sindicalistas cobram a definição de medidas  que responsabilize a Gerdau e estabeleça a prevenção da saúde e segurança dos(as) trabalhadores(as). O presidente da Fitmetal Marcelino Rocha afirma que um documento que envolve diferentes entidades está sendo articulado nacionalmente para   exigir “da Gerdau plano de ação para minorar os acidentes de trabalho e evitar mortes como tem ocorrido nesses 12 meses”, enfatiza.

Já a presidenta da CTB-MG Valéria Morato reforça que com o histórico de acidentes na planta da usina, essa última explosão se torna um crime que expõe a vida do trabalhador.  “Isso demonstra o descompromisso da Gerdau com a saúde e segurança dos(as) trabalhadores(as)”.

Valéria também chama atenção para o grave momento político do Brasil e o impacto deste crime com a devastação dos direitos trabalhistas. A reforma trabalhista expõe ainda mais a situação da classe trabalhadora com a perda de direitos como a pensão por morte. “A vida do trabalhador é medida pelo seu salário, diferenciando e estabelecendo cada vez mais a divisão de classes em nosso país” explica Valéria.


Até o momento a Gerdau não apresentou nenhuma resposta e o sindicato não teve sequer autorização para visitar o local da explosão. Uma das reivindicações dos dirigentes do sindicato é criar um comitê de emergência para evitar essas fatalidades.


Essas medidas também estão sendo cobradas pela deputada Jô Moraes. “Em nome da Comissão do Trabalho estamos aqui acompanhando esta proposta para que a Gerdau garanta um plano de ação emergencial de prevenção do acidente de trabalho. Não queremos mais vítimas. Queremos além do emprego, também as vidas”, afirmou Jô em uma transmissão ao vivo que fez pelo Facebook.  


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