Carta de Belo Horizonte foi discutida, aprovada e lançada,
na capital mineira.
A Conferência Nacional Popular em
Educação (Conape) 2018, realizada entre os dias 24 e 26 de maio, foi marcada
por intensos debates sobre os rumos do país. Mais de sete mil pessoas se reuniram
no Expominas, em Belo Horizonte, para definir os rumos da educação no país. Na
última plenária da Conferência foi aprovada, por ampla maioria, a questão de
ordem que apresenta o título "Lula Livre" para a Conape 2018.
“Vivemos um momento muito delicado
para a democracia, mas as educadoras e educadores brasileiros estão atentos e
firmes na resistência”, diz Marilene Betros, secretária de Políticas
Educacionais da CTB. De acordo com ela, para a CTB, a educação joga um papel
fundamental para o desenvolvimento de uma nação. “A realização da Conape neste
momento é essencial para construirmos caminhos inovadores para o país, com
democracia e uma educação inclusiva”.
Já Gilson Reis, coordenador-geral
da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino
(Contee), afirma que as mais de 70 entidades nacionais e as centenas de
entidades estaduais e municipais do movimento educacional se reuniram “nesta
conferência para confrontar a posição financista e privatista do governo
federal na educação”.
Ele ressalta a importância da
Carta de Minas ao contrapor a síntese do desmonte promovido na educação pelo
governo golpista de Michel Temer e das propostas das educadoras e educadores.
“A nossa luta é para resgatar o Plano Nacional de Educação para a construção de
um conhecimento amplo, geral, sem tabus e com liberdade”.
Marilene reafirma a necessidade
de união das forças progressistas e democráticas em defesa de um projeto
nacional de desenvolvimento soberano e independente. “Não temos outro caminho
que não seja o da unidade da classe trabalhadora com os movimentos sociais, os
estudantes, artistas e intelectuais que defendem a democracia”, diz.
“Não podemos perder a perspectiva
de união de todas e todos pelo Brasil”, acentua. E “uma educação democrática,
laica e inclusiva é essencial para esse avanço civilizacional, com liberdade de
cátedra e valorização dos profissionais dessa área fundamental para o nosso
desenvolvimento”.
Para isso, a Conape deve pedir a
revogação da Emenda Constitucional 95, que congela por 20 anos os salários e os
investimentos nas áreas sociais, prejudicando os serviços públicos de uma forma
geral, principalmente a educação e a saúde. Tanto Betros quanto Reis defendem
mais investimentos na educação em todos os níveis e são contra os cortes
orçamentários no Ministério da Educação. Eles defendem avanços nas
universidades federais com mais pesquisas de extensão e mais verbas para as
ciências.
Porque “a academia joga papel
importante no processo educativo”, explica Betros. “Precisamos levar esse
debate para toda a sociedade e mostrar que são necessários investimentos desde
a educação infantil até o ensino superior para termos uma educação realmente
inclusiva e antenada com os interesses da nação”, complementa Reis.
A CTB participa ativamente da
Conape 2018 com proposições avançadas sempre “na defesa da democracia, da
liberdade e da construção de uma sociedade mais justa e mais igual”, define
Celina Arêas, secretária da Mulher Trabalhadora da CTB. O encerramento da
Conape 2018 ocorreu neste sábado (26) após o lançamento da Carta de Minas com
propostas para tirar a educação das garras dos donos de escolas, que só pensam
em lucro.
Bárbara Batista – CTB Minas e Marcos Aurélio Ruy – Portal
CTB
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