Ou
melhor dizendo os coturnos e o futuro do Brasil.
Contornos
de um golpe milimetricamente calculado, imobilizando um lado e outro.
A
esquerda, sem ação concreta e coletiva. E pior, altamente institucionaliada e,
portanto, dividida.
A
extrema direita, colocada na reserva, pois era apenas gandula e não gandola.
As
milícias em treinamento explícito, circunstancial, para quando precisarem ser
convocadas.
As
mídias, vociferando e babando qual cachorro hidrófobo.
O
judasciário, de cabeça baixa e o coturno no pescoço.
Os
cãesgressistas dizendo amém.
A
outra direita, articulando, se mexendo, colocando cada peça em seu lugar, no
tabuleiro.
Foi assim
Floriano em 1889.
Getúlio
em 1930 e depois 1937.
A
tentativa de impedir a posse de Juscelino, pós "suicídio" de Vargas
1955;
O
golpe que depôs Jango em 1964.
A
"morte" de Costa e Silva e a ascensão da Junta Militar (golpe dentro
do golpe) 1969.
E a
História se repetindo... 2016/2019
Os
movimentos sociais fragmentados e atirando a esmo em suas lutas pontuais.
Uma
insatisfação e indignação generalizada aqui, no andar de baixo da população
pauperizada e com um aumento sem precedentes da precarização do trabalho.
Os
fundamentalistas capitaneando estes sentimentos e anestesiando
o
Povo, com profecias de salvação (charlatanismo puro, com raríssimas exceções de
igrejas mobilizadoras das lutas terrenas).
Uma
pequena burguesia assustada com os altos índices de desemprego que antes não a
afetava (e ela pouco se ligando quando atingia seus iguais de baixo).
O
próximo round?
Fechar
as cortinas...
Hélder
Pacheco – Militante da CTB
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