A Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras
do Brasil em Minas Gerais (CTB-MG) realizou nessa quinta-feira (14/03), na
Câmara dos Vereadores de Varginha, no sul do Estado, mais uma audiência pública
sobre a “reforma” da Previdência. O encontro reuniu professores da rede pública
e particular de ensino, comerciários e servidores públicos.
Participaram a presidenta da
CTB-MG, Valéria Morato; a diretora do Sindicato dos Professores (Sinpro-MG),
Mônica Junqueira, o vereador Zacarias Piva e a advogada regional do Sindicato
Único dos Trabalhadores em Educação (Sind-UTE), Mara Aline Oliveira.
A “reforma” da previdência,
classificada por muitos como um verdadeiro “desmonte”, se aprovada, vai
penalizar todos os trabalhadores. No caso dos professores da rede particular,
por exemplo, muitos não conseguirão aposentar-se. Quem explica é a diretora do
Sinpro-MG, Mônica Junqueira.
“Tomemos como exemplo uma
professora da educação básica que poderia aposentar-se após 25 anos de
contribuição e 50 anos de idade. Se a reforma passar, ela só vai se aposentar
com 62 anos de idade. Já um professor que se aposentaria com 55 anos de idade,
só conseguirá a sua aposentaria com 65 anos. Muitos profissionais serão
demitidos antes de alcançar essa idade, pois a escolas não mantêm professores
acima de 50 anos nessas salas de aula. Os pais também não aceitam”, afirma ela.
A professora Mônica Junqueira
lembra também que a “reforma” da Previdência não leva em conta a tripla jornada
das mulheres. Para ela, ao invés de penalizar os trabalhadores com essa
“reforma”, o governo deveria cobrar das grandes empresas que devem a
previdência. Entre elas, a mineradora Vale e os bancos Itaú e Bradesco.
Relatório final da CPI da
Previdência revelou que nos últimos 15 anos, a Previdência deixou de arrecadar
mais de R$ 4,7 trilhões com desvios, sonegações e dívidas das grandes empresas.
“Por que os trabalhadores é que devem pagar essa conta?”, questiona ela.
Ao final da audiência, os participantes fizeram um minuto de
silêncio em homenagem a ex-vereadora do Rio de Janeiro, Marielle Franco (PSOL),
assassinada há um ano.
Foto: CTB-MG
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