15 de mar. de 2019

Audiência sobre a Reforma da Previdência em Varginha reúne dezenas de trabalhadores


A Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil em Minas Gerais (CTB-MG) realizou nessa quinta-feira (14/03), na Câmara dos Vereadores de Varginha, no sul do Estado, mais uma audiência pública sobre a “reforma” da Previdência. O encontro reuniu professores da rede pública e particular de ensino, comerciários e servidores públicos.

Participaram a presidenta da CTB-MG, Valéria Morato; a diretora do Sindicato dos Professores (Sinpro-MG), Mônica Junqueira, o vereador Zacarias Piva e a advogada regional do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação (Sind-UTE), Mara Aline Oliveira.

A “reforma” da previdência, classificada por muitos como um verdadeiro “desmonte”, se aprovada, vai penalizar todos os trabalhadores. No caso dos professores da rede particular, por exemplo, muitos não conseguirão aposentar-se. Quem explica é a diretora do Sinpro-MG, Mônica Junqueira.

“Tomemos como exemplo uma professora da educação básica que poderia aposentar-se após 25 anos de contribuição e 50 anos de idade. Se a reforma passar, ela só vai se aposentar com 62 anos de idade. Já um professor que se aposentaria com 55 anos de idade, só conseguirá a sua aposentaria com 65 anos. Muitos profissionais serão demitidos antes de alcançar essa idade, pois a escolas não mantêm professores acima de 50 anos nessas salas de aula. Os pais também não aceitam”, afirma ela.

A professora Mônica Junqueira lembra também que a “reforma” da Previdência não leva em conta a tripla jornada das mulheres. Para ela, ao invés de penalizar os trabalhadores com essa “reforma”, o governo deveria cobrar das grandes empresas que devem a previdência. Entre elas, a mineradora Vale e os bancos Itaú e Bradesco.

Relatório final da CPI da Previdência revelou que nos últimos 15 anos, a Previdência deixou de arrecadar mais de R$ 4,7 trilhões com desvios, sonegações e dívidas das grandes empresas. “Por que os trabalhadores é que devem pagar essa conta?”, questiona ela.

Ao final da audiência, os participantes fizeram um minuto de silêncio em homenagem a ex-vereadora do Rio de Janeiro, Marielle Franco (PSOL), assassinada há um ano.

Foto: CTB-MG


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