Páginas

9 de abr. de 2019

As milícias e a esquerda que esquece


Por Élder Pacheco - Militante da CTB-MG

O que coloquei em meio a estas coisas trágicas, dentre muitas, é para rirmos das ditaduras, como fez Chico Anísio.

Não era poderíamos dizer, um humorista de esquerda, mas gravitava em alguns círculos e alfinetava os de cima.

Falar da ditadura pode ser enfadonho, se não soubermos lidar com as gerações que não conviveram com os banhos de sangue promovidos pelas forças de repressão.

Para muitos e muitas jovens, vivemos uma idílica democracia, onde tudo se permite.

Uma mídia alienante, uma vida de falso fausto, um holocausto diário e transformado em espetáculo, um desinteresse pela realidade, uma percepção de que toda a política é pura vomitação do mesmo (doutrina dos EUA prevalente nas décadas de 70/80 diante no mundo inteiro adotada, oriundas fundamentalmente do Nazi-fascismo ), uma indústria bélica cada vez mais potente com novas tecnologias surreais, uma juventude com mal de “waithsapp” mergulhada num nada de coisa alguma, o fake news conduzindo comportamentos e condutas anti-humanas, desqualificação das gerações precedentes, a banalização da violência gratuita, etc.

Mas a História pode se repetir, se não soubermos avaliar as forças que nela atuam em todos os lados. 

O silêncio ensurdecedor de nossos antepassados (sempre descrevendo suas lições em cada momento histórico que viveram) obriga-nos a uma permanente vigilância do que é capaz as forças burguesas, contra quaisquer ameaças dos daqui de baixo, o proletariado.

A luta de classes, em nível mundial, está cada vez mais exacerbada, com uma esquerda ainda sob nocaute das derrotas do final dos anos vinte, até os dias atuais. 

O Marxismo não é estático nem pode ser copiado de um país para outro, de forma mecânica.

Muitas catástrofes sofreram as lutas operárias, por erros desta transposição não dialética dos processos históricos e as realidades nacionais de cada lugar.

Os Comunistas necessitam se unificar na estratégia, mesmo com táticas diferenciadas em suas concepções.

Mas a Unidade só se dá quando, os coletivos ombrarem-se e se desfizerem, momentaneamente de suas diferenças entre a tática a ser formulada e executada (e, é claro, obedecendo princípios da Lealdade Revolucionária) e se mesclando como elementos do povo e oriundos do Povo, mesmo sendo da pequena burguesia.

Contudo, cabe em primeira instância, lidar e buscar as principais lideranças, principalmente em seus locais de moradia, com reuniões permanentes (mesmo as festivas, que ninguém é de ferro rssssss),  para que nos ensinem como Educandos/Educadores essa constante troca de experiências e realidades cotidianas, até para compreender as aptidões de cada um/a nas tarefas preparatórias de cada passo neste Processo Histórico.

Vejam tudo, se puderem...


Nenhum comentário:

Postar um comentário