Por Élder Pacheco - Militante da CTB-MG
O que coloquei em
meio a estas coisas trágicas, dentre muitas, é para rirmos das ditaduras, como
fez Chico Anísio.
Não era poderíamos
dizer, um humorista de esquerda, mas gravitava em alguns círculos e alfinetava
os de cima.
Falar da ditadura
pode ser enfadonho, se não soubermos lidar com as gerações que não conviveram
com os banhos de sangue promovidos pelas forças de repressão.
Para muitos e
muitas jovens, vivemos uma idílica democracia, onde tudo se permite.
Uma mídia
alienante, uma vida de falso fausto, um holocausto diário e transformado em
espetáculo, um desinteresse pela realidade, uma percepção de que toda a política
é pura vomitação do mesmo (doutrina dos EUA prevalente nas décadas de 70/80 diante
no mundo inteiro adotada, oriundas fundamentalmente do Nazi-fascismo ), uma
indústria bélica cada vez mais potente com novas tecnologias surreais, uma
juventude com mal de “waithsapp” mergulhada num nada de coisa alguma, o fake
news conduzindo comportamentos e condutas anti-humanas, desqualificação das
gerações precedentes, a banalização da violência gratuita, etc.
Mas a História pode
se repetir, se não soubermos avaliar as forças que nela atuam em todos os
lados.
O silêncio
ensurdecedor de nossos antepassados (sempre descrevendo suas lições em cada
momento histórico que viveram) obriga-nos a uma permanente vigilância do que é
capaz as forças burguesas, contra quaisquer ameaças dos daqui de baixo, o
proletariado.
A luta de classes,
em nível mundial, está cada vez mais exacerbada, com uma esquerda ainda sob
nocaute das derrotas do final dos anos vinte, até os dias atuais.
O Marxismo não é
estático nem pode ser copiado de um país para outro, de forma mecânica.
Muitas catástrofes
sofreram as lutas operárias, por erros desta transposição não dialética dos
processos históricos e as realidades nacionais de cada lugar.
Os Comunistas
necessitam se unificar na estratégia, mesmo com táticas diferenciadas em suas
concepções.
Mas a Unidade só se
dá quando, os coletivos ombrarem-se e se desfizerem, momentaneamente de suas
diferenças entre a tática a ser formulada e executada (e, é claro, obedecendo
princípios da Lealdade Revolucionária) e se mesclando como elementos do povo e
oriundos do Povo, mesmo sendo da pequena burguesia.
Contudo, cabe em
primeira instância, lidar e buscar as principais lideranças, principalmente em
seus locais de moradia, com reuniões permanentes (mesmo as festivas, que
ninguém é de ferro rssssss), para que nos ensinem como
Educandos/Educadores essa constante troca de experiências e realidades
cotidianas, até para compreender as aptidões de cada um/a nas tarefas
preparatórias de cada passo neste Processo Histórico.
Vejam tudo, se
puderem...
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